quinta-feira, 16 de junho de 2022

França: mascarada eleitoral. Mais de 52 por cento de abstenção!

 


 16 de Junho de 2022  Robert Bibeau  


Por Brigitte Bouzonnie.

52,8%: abstenção recorde às 8.m. de acordo com a ELABE!

Não me surpreende muito esta desafeição dos franceses no que se refere ao sufrágio universal manipulado. Antecipado pelo Sr. Macron e seus amigos do CAC40. Um Macron necessariamente futuro "vencedor" desta não-eleição. Sem uma campanha eleitoral digna do nome, graças aos servidores Dominion e a um algoritmo a seu favor.

Como Alain Garrigou muito bem mostra no seu livro: "O Voto e a virtude. Como os franceses se tornaram eleitores, edição Presses de la Fondation Nationale de Sciences Politiques, de 1993: desde 1848, data da sua criação por simples decreto, o voto por sufrágio universal tem sido uma longa história, dominada pela corrupção e pela fraude. E especialmente o longo desinteresse dos franceses face a essa designação de notáveis isolados da vida real. Funcionários reais e esforçados. Nem mesmo tendo o privilégio de ter representantes a expor os seus problemas, já que o desemprego e a pobreza em massa foram excluídos do impensado debate político.  

Longo desinteresse dos franceses por uma votação que lhes foi dada hipocritamente, com a condição de que voltassem para casa. Entregue a arma das suas revoltas passadas. Como disse Victor Hugo: "demos o voto em troca da arma".

"O voto ou a arma": este tem sido o dilema de qualquer activista de esquerda durante décadas. Agora que, desde 2017 com Macron, a votação é sistematicamente manipulada, a questão já não se coloca. Só há uma luta de rua para fazer ouvir as nossas ideias.

Votar por sufrágio universal está morto. O capitalo parlamentarismo (1º também: quer dizer, um capitalismo apoiado por um parlamentarismo burguês, como tem havido no Reino Unido desde Cromwell). O parlamentarismo, que apesar das suas opiniões moderadas e estabelecidas, tornou-se uma concessão insuportável para o campo mundialista, incapaz de fazer a menor aliança de classes possível com a pequena burguesia política.

Viva a Revolução Permanente! Viva a demonstração de rua, o único que nos faz ouvir este poder criminoso!

Como disseram nos anos 70:

TEMOS RAZÃO EM NOS REVOLTARMOS!

(1)-O termo "capitalo parlementarismo" é uma ideia de Alain Badiou. O filósofo mostra com lucidez como o capitalismo é inseparável do parlamentarismo, que surgiu na mesma época. Permitiu-lhe diferenciar-se da Realeza e do Antigo Regime (Ancien Régime), fazendo acreditar num vago poder do povo. O capitalismo e o parlamentarismo sempre andaram de mãos dadas. Esta pausa de hoje não é auto-evidente. Mostra que o capitalismo está a morrer, não hesitando em atirar o seu melhor irmão de armas para o mar!

 

Fonte: France: mascarade électorale. Plus de 52 pour cent d’abstention! – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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