quarta-feira, 29 de junho de 2022

Macron bebe o veneno da sua própria taça. O seu projecto de uma coligação ao estilo alemão é um logro...

 


 29 de Junho de 2022  Robert Bibeau  


Por Brigitte Bouzonnie.

 

Apesar do seu discurso no último domingo. Apesar das suas repetidas afirmações de que veríamos o que veríamos, Macron falhou miseravelmente em formar um governo de coligação ao estilo alemão. O seu projecto de aliança com outros partidos políticos, para obter a maioria dos 289 assentos, é miseravelmente psshhitt….!

No domingo passado, Olivier Renault do website Arrêt sur images escreveu orgulhosamente: "A derrota de Emmanuel Macron na segunda volta das eleições legislativas francesas de 2022 levou o presidente francês do topo do Eliseu a exigir um "contrato de coligação" aos vários partidos políticos representados na Assembleia Nacional, convidando-os para o seu gabinete (...) Um punho de ferro numa luva de veludo" (sic).

Ora, o projecto de “contrato de coligação” com os outros partidos políticos “exigidos” por Macron acaba de fracassar miseravelmente. Mal estamos lá, na macronie, procurando uma linha flutuação, para usar o título lúcido do artigo do Le Figaro de 26 de junho de 2022 intitulado: “Emmanuel Macron em busca de uma linha de flutuação”.

O grandioso projecto de uma grande coligação ao estilo alemão acabou! Coligação que exige certa coerência ideológica, prática historicamente comprovada há cinquenta anos, como escrevemos ontem: tantas condições cruelmente ausentes no sonho de Macron/Perrette e do pote de leite!

E o artigo do Le Figaro acrescentou com franqueza: “agora está excluído o caminho para uma coligação ao estilo alemão, estamos a caminhar para acordos caso a caso”.

 Jadot garante que os Verdes estão prontos para governar.

Roussel diz que está "pronto para participar" (sic)/

Jean Mattner, presidente da LD da Região Granc Est, garante que teremos de aprender a trabalhar com Macron.

Christelle Morançais, presidente da região pays de Loire, prefere a mão estendida com o punho levantado.

Philippe Juvin, LR, está de olho no Ministério da Saúde.

Macron vê bóias a flutuar à direita e à esquerda, que vão gerar a maioria das ideias nos textos.

O seu projecto de aliança com outros partidos políticos, para obter a maioria de 289 assentos, é lamentável psshhitt....! Na realidade, estes projetos de aliança são nado-mortos. Cada traidor representa-se apenas a si próprio.

-Assim, Jadot assegura que o grupo EELV está por trás dele, pronto a trair em cadência os eleitores, que o acabam de designar. A realidade é muito mais matizada. Como explica Mathilde Panot, o grupo EELV votará contra o discurso de tomada de posse de Elisabeth Borne. Jadot, o criminoso, está isolado no seu projecto de traição.

Por seu lado, Roussel anuncia que o grupo comunista está pronto para participar numa coligação com Macron. LAS, o grupo comunista acaba de publicar um comunicado domingo à tarde, no qual, afirmou a sua impossibilidade de trabalhar com Macron, por causa do projecto de reforma da pensão aos 65 anos (sic)s.

Como escreve o nosso camarada da RPC Christophe Saulière com lucidez: "Fabien Roussel, porque não dizer mais claramente, como verdadeiro comunista, que nunca participaremos num governo burguês neo-colonial e atlântico em que todos os partidários do capital se encontram, onde a direita se senta em massa ao lado de desertores e oportunistas que traíram a ideia da esquerda, um ex-defensor da Action française e um apoiante do estado policial? (sic).

-Macron conseguiu assediar três zigs da LR: Philippe Juvin, Christelle Morançais, Jean Mattner: piores do que segundas facas: dois presidentes da Região e um deputado independente: mas para onde se passaram Christian Jacobs, Gérard Larcher, Xavier Bertrand, ocupando ainda assim a linha de cima?!

Balanço da corrida. Patético. Patético. Patético. O seu projecto de aliança com outros partidos políticos, a fim de obter a maioria dos 289 assentos, é miseravelmente psshhitt… Se os jornalistas e os chamados políticos da oposição tivessem c., rir-se-iam a bandeiras despregadas desse desastre político sem apelo, triste Bérézina sofrido pelo ex-Júpiter / Macron.

Em vez disso, ninguém vacila. Os dirigentes da FI/NUPES preferem falar da inclusão na Constituição do direito ao aborto, enquanto o direito ao aborto não é de forma alguma questionado em França, como escreve Jacques Cotta. Inscricção na Constituição do direito ao aborto: assunto mais ocupacional, para não falar das grandes falhas encontradas por Macron o perdedor, para ter a maioria, morre!

 

Fonte: Macron boit la tasse. Son projet de coalition à l’Allemande fait lamentablement boulshit… – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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