sexta-feira, 21 de outubro de 2022

AS ARMAS

 



São operários que fazem as armas que matam na guerra militares e civis, que destroem edifícios e viaturas, cidades e fábricas, hospitais, museus, escolas e creches, redes de água e de electricidade, árvores e flores, que contaminam solos e aquíferos e empestam o ar com a sua química mortífera.

Os nazis no desespero da guerra usaram judeus, prisioneiros políticos e populações derrotadas militarmente para multiplicar escravos obrigados a trabalhos forçados em condições e ritmos brutais.

Os operários na Alemanha, nos EUA, em França, na Rússia, em Inglaterra e nos demais países produtores de armamento trocam pela segurança de um salário a destruição e a morte onde essas armas operam, seja na Líbia, na Síria ou na Ucrânia.

É esse o drama do modo de produção burguês e da economia capitalista: quando quem trabalha não troca por vontade própria a sua força de trabalho pela alienação do produto tem de fazê-lo debaixo da violência armada às mãos de quem troca o pão de cada dia pelo crime regulamentado.

Recusemos a chantagem, recusemos o logro, recusemos o crime, recusemos a cobardia de não lutar contra a inumanidade de quem abusa, explora e oprime.

Não alienemos o produto do trabalho: nem a Putines, nem a Zelenskys, nem a Costas nem a Bidens, nem a quaisquer outros títeres.

São operários que fazem as armas e operários são os soldados que a burguesia mobiliza e obriga a fazerem a guerra, destruírem edifícios, carros, cidades, fábricas, hospitais, museus, escolas, creches, redes de água e de electricidade, árvores e flores, contaminando solos e aquíferos e empestando o ar com a sua química mortífera!

Armas?
Só para quem as faz!
E contra quem com elas quer matar!

Pedro Pacheco

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