sexta-feira, 28 de outubro de 2022

O (NOVO) PESADELO HAITIANO

 


 28 de Outubro de 2022  Robert Bibeau  

ALEXANDRE SIROISTHE PRESS

Há expressões inglesas que se tornam menos eficazes quando tentamos traduzi-las para francês. Um deles faz justiça perfeita à situação em que nos encontramos perante o caos haitiano: está condenado se o fizer e condenado se não o fizer.

O que quer que façamos, estaremos errados, pelo menos aos olhos de uma parte da população haitiana. E não importa o que façamos, não resolveremos todos os problemas da noite para o dia.

Porque não há uma forma ideal de resolver o que o secretário-geral da ONU chamou recentemente de "uma situação absolutamente de pesadelo para o povo do Haiti". O país enfrenta um duplo desastre: securitário e humanitário.

Não é possível uma intervenção milagrosa, embora estejam em curso discussões nas Nações Unidas sobre a criação de uma força internacional para ajudar a proteger o país. Além disso, ter-se-á notado que a própria ideia de tal intervenção é um tema extremamente divisivo, tanto no Haiti como na diáspora. (Assim, a chamada "comunidade internacional" nada fez sobre o plano C_V_D-19 no Haiti e foi isso que salvou milhares de haitianos de perigosas "vacinas" de ARNm e salvou milhares de vidas haitianas. https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/10/as-perigosas-vacinas-arnm-10.html  NDÉ).


Também não existe uma cura que possa remover todos os sintomas da doença que está actualmente a consumir o país – o que não é novo, mesmo que agora atinja proporções dramáticas.

Esse mal é simultaneamente profundo e complexo.

No entanto, o Canadá, como muitos outros países amigos do Haiti, (sic) não pode deixar que a situação se deteriore mais sem fazer nada.  (Especialmente se os países imperialistas ficarem em casa, não fizerem nada e parem de conspirar contra o povo haitiano. O Canadá só está a piorar a situação no Haiti. Canadá, EUA e França GO HOME. (NDÉ)

O pesadelo dos haitianos é também o nosso pesadelo. ?! ...

Um pouco como depois do terramoto de 2010, não podemos fechar os olhos ou enterrar a cabeça na areia... (Para onde foram os biliões de dólares em doações que o povo deu aos haitianos. Os pobres haitianos não viram nada. NDÉ)

Foram dados passos. Ottawa, tal como Washington, enviou recentemente veículos blindados para ajudar a polícia a combater gangs... (É de provisões e casas que os pobres haitianos precisam. NDÉ)

Também soubemos, no início de Outubro, que o Canadá estava a trabalhar para criar um regime de sanções contra os gangs e os seus patrocinadores. Na passada sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução para aplicar tais sanções (incluindo o congelamento de bens, a proibição de viagens e medidas de embargo de armas). (Os traficantes de armas vivem no Canadá e nos EUA sob protecção estatal. NDÉ)

Vejamos agora se conseguiremos reforçar esta resolução, de modo a que seja realmente eficaz. Isto é crucial. Quem será o alvo?

Recordemos alguns detalhes sobre a situação de pesadelo que paralisa o país: os gangs controlam partes da capital e bloqueiam o acesso ao terminal petrolífero mais importante durante mais de um mês.

Não só a violência e a insegurança alimentar se tornaram endémicas, como os casos de cólera estão a aumentar e há receios de um surto. É urgente encontrar formas de prestar a ajuda humanitária de que as pessoas precisam. Mas não será fácil.

O outro grande problema no Haiti é que, paralelamente à crise de segurança, existe também uma crise política. A legitimidade do actual primeiro-ministro, Ariel Henry (no cargo desde o assassinato do Presidente Jovenel Moïse em Julho de 2021), é contestada.

Por isso ter-se-á de agir como um pugilista que devia lutar contra dois adversários no mesmo ringue. Ambas as crises têm de ser resolvidas ao mesmo tempo. Caso contrário, qualquer esperança de vitória é ilusória.

Agora, será que as acções já tomadas são suficientes? Não, claro que não. Mas é um começo.

 

Seria, portanto, inútil ser excessivamente pessimista. Há verdadeiros esforços no panorama internacional para encontrar soluções para a crise do Haiti. E o Canadá, nesta questão, está tudo menos ausente. (Ilusões, esta nova crise humanitária é a quinta em 25 anos no Haiti e a primeira na série de crises humanitárias após o terramoto ainda latente. NDÉ)

É o mínimo que podemos fazer para compreender como satisfazer as necessidades no terreno antes de planear uma iniciativa mais alargada, dadas as circunstâncias.

Porque as sanções por si só não serão suficientes para mudar a situação. A situação é muito delicada, mas em algum momento terá de ser feito mais para permitir que o Haiti se liberte deste novo pesadelo.

Fonte: La Presse.

 

Fonte: LE (NOUVEAU) CAUCHEMAR HAÏTIEN – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




 

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