27 de Outubro de 2022 Robert Bibeau
Desde o início da guerra na Ucrânia que confronta o Império Ocidental (Estados Unidos-NATO) com o Império Oriental (Rússia-China) tínhamos sentido que esta guerra era a extensão da guerra sanitária covidiana e que corria o risco de dar mais um passo no confronto entre estes dois impérios... A fase nuclear num envolvimento mundial e global que porá em risco a sobrevivência da humanidade. As populações nacionais do mundo não parecem apreciar a gravidade extrema da situação geo-política mundial. Neste relatório tendencioso da Radio-Canadá – órgão não oficial do Estado canadiano – Vladimir Putin alerta para a Aliança Atlântica da determinação da Aliança do Pacífico em desafiar a hegemonia dos EUA sobre a economia mundial.
O mundo está a entrar
na sua década "mais perigosa" desde a Segunda Guerra Mundial, alertou
quinta-feira o Presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que o conflito na Ucrânia foi uma ilustração
da luta contra o domínio ocidental.
O líder russo dirigiu-se ao fórum de discussão de
Valdai, em Moscovo. © Sergei Karpukhin/AFP
Estamos num momento histórico. Estamos provavelmente perante a década mais
perigosa, a mais importante, a mais imprevisível" desde 1945, disse o
líder russo ao fórum de discussão de Valdai, em Moscovo.
O Ocidente, sem uma unidade clara, não é capaz de liderar o mundo, mas está
a tentar desesperadamente, e a maioria dos povos do mundo não pode
aceitá-lo", disse, considerando desde logo o planeta numa situação
revolucionária.
Segundo ele, o ataque à Ucrânia faz parte desta mudança tectónica em toda a
ordem mundial." A Rússia não suportará jamais o diktat do Ocidente
agressivo e neo-colonial", acrescentou, referindo-se às mudanças
inevitáveis "na ordem mundial".
Pouco tempo antes, ele tinha descrito o seu confronto com o Ocidente,
especialmente no contexto da ofensiva contra a Ucrânia, como uma luta pela
própria sobrevivência da Rússia.
Ele também acusou os americanos e outros ocidentais de quererem destruir,
apagar [a Rússia] do mapa" numa nova acusação aos seus rivais geo-políticos
que apoiam e armam a Ucrânia contra soldados russos.
Em relação às acusações russas de que Kiev está a
desenvolver uma "bomba nuclear suja", o mestre do Kremlin
pediu à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que visitasse a Ucrânia
o mais rapidamente possível.
A AIEA quer vir (...). Somos a favor, o mais rapidamente possível e da
forma mais ampla possível, porque sabemos que as autoridades de Kiev estão a
fazer tudo para cobrir os trilhos destes preparativos", disse. "Até
sabemos onde [na Ucrânia] isto é feito aproximadamente."
Segundo ele, Kiev quer
usar uma arma
radioactiva para poder dizer mais tarde que foi a Rússia que levou a cabo um
ataque nuclear", disse Putin, sublinhando que ele próprio tinha pedido ao
seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que informasse os seus homólogos
ocidentais.
Este último tem-se reunido nos últimos dias com os ministros da Defesa
norte-americano, chinês, francês, turco e britânico, trocas de intensidade sem
precedentes – ao longo de algumas horas – desde o início da ofensiva russa na
Ucrânia, em 24 de Fevereiro.
Putin relativiza os seus comentários passados
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais condenaram amplamente as alegações,
obviamente falsas, da Rússia. Vladimir Putin também relativizou os seus
comentários anteriores sobre a possibilidade de usar armas atómicas,
acreditando que só tinha respondido às ameaças dos seus adversários.
Nunca falámos da possibilidade de usar armas nucleares. Só fizemos alusões
em resposta a declarações de outros países", disse Putin.
Segundo ele, a Ucrânia e o Ocidente afirmam que Moscovo está a fazer uma
escalada nuclear para influenciar países neutros a dizer-lhes: "Olhem para
a Rússia! Não cooperes com ela! »»
O único país do mundo que usou armas nucleares contra um Estado não nuclear
são os Estados Unidos", acusou Putin.
Falando da situação económica do seu país, disse que o pico das
dificuldades "económicas" tinha passado. Segundo ele, a economia
russa adaptou-se (...) O que está a acontecer é, em última análise, benéfico
para a Rússia e para o seu futuro (...) incluindo na esfera económica."
Fonte: Le monde entre dans sa décennie « la plus dangereuse », prévient Poutine – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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