Sete cães a
um osso! Tal a sanha da burguesia pelo controlo da exploração dos povos que a
lógica do capital proporciona e obriga.
Quem tem pão
tem poder na mão!
As potências
militarmente mais agressivas na cena internacional significativamente são
também os maiores produtores de trigo no mundo: os EUA, agora em declínio quer
de produção quer de iniciativa própria militar, e a Rússia e a China em
manifesta expansão tanto na produção do cereal como em iniciativa militar. O
maior produtor mundial de trigo é actualmente a China, seguida da Índia, que
tem o exército mais numeroso do planeta, e depois a Rússia e só a seguir os
EUA, que ainda não há muitos anos era o maior exportador desse cereal no mundo.
A burguesia
russa bate-se na Ucrânia com o seu exército. A burguesia americana usa a carne
para canhão ucraniana para se bater contra os seus concorrentes russos. A
burguesia ucraniana está dividida entre pró-russos e pró-UE/EUA. Para a
burguesia, seja a russa, a americana ou a ucraniana, o que está em causa é o
controlo do cereal produzido por um dos mais massacrados povos europeus.
A classe
operária é que faz as armas, é que produz o grão, é que faz o pão. Pão, grão e
armas alienados em troca de um salário!
A guerra é a resposta burguesa face ao desejo dos povos pelo pão, pela paz
e pela liberdade - pessoal e internacional.
A guerra visa
intimar quem trabalha a aceitar o impossível: é que não há pão, não há paz nem
há liberdade - pessoal e internacional - enquanto o sobre-produto se sobrepuser
ao produto, o possuidor do capital se impuser sobre o possuidor da força de
trabalho e a apropriação se fizer à dimensão do saque.
A guerra é
cada vez mais a guerra entre a burguesia internacional e o internacionalizado
proletariado, entre a revolução operária e a contra-revolução burguesa, entre o
desenvolvimento e o estorvo das forças produtivas.
Pelo pão,
pela paz, pela liberdade!
Viva quem
trabalha!
Opor o
controlo operário ao controlo burguês!
Nenhum apoio à guerra inter-imperialista!
Pedro Pacheco
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