Apesar de já há muito estar em preparação, na última semana assistimos a uma miserável provocação à memória e à luta levada a cabo pelo estudante marxista, comunista, revolucionário, Ribeiro Santos, assassinado pela PIDE a 12 de Outubro de 1972.
Primeiro foi uma autêntica “frente” de revisionistas, trotskistas, neo-revionistas, alcandorados na Universidade NOVA, em Lisboa, e comandados pelo arqui-inimigo do comunismo revolucionário, Garcia Pereira a preparar uma “Conferência Internacional” sobre alguém que nunca compactuou com a propostas oportunistas, derrotistas e liquidacionistas que esta gente sempre abraçou.
Recorde-se – para os que andam mais “distraídos” -, que Garcia Pereira é um miserável anti-comunista primário que julga que, por ter sido contemporâneo de Ribeiro Santos, teria sido, como ele, influenciado por Marx e Engels e, sobretudo, pelos ensinamentos que este retirou da sua ligação às massas e às suas lutas.
Agora, são os revisionistas do P”C”P a terem o desplante de proporem um “espectáculo” para evocar “a memória e a história do estudante António José Ribeiro dos Santos”, escondendo, por um lado, a sua condição de militante comunista e revolucionário, a integrar as fileiras do MRPP e, por outro o facto de, sendo certo que foi a PIDE que o assassinou naquela tarde de 12 de Outubro de 1972, não menos certo foi que, quem apontou o alvo aos esbirros que o assassinaram, foram os dirigentes da Associação de Estudantes do então ISCEF (hoje ISEG), ao Quelhas, em Lisboa, notórios militantes daquela organização revisionista e traidora dos interesses da classe operária.
Esta provocação miserável decorre, por um lado, do facto te estarmos confrontados com o "desaparecimento em combate" do PCTP/MRPP – recordo que o MRPP, antes de Abril de 1974, era o movimento em que Ribeiro Santos militava -, fruto da linha anti-comunista que se apoderou, a golpe, da sua direcção, e, por outro, precisamente em razão dessa deserção, por toda a sorte de oportunistas - desde revisionistas a trotskistas, passando por neo-revisionistas - se sentirem, agora, à vontade para cuspir sobre a memória da acção revolucionária e comunista de Ribeiro Santos.
Como referia em artigo que publiquei no meu blogue a 29 de Setembro do corrente - https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2022/09/a-mulher-de-cesar.html -, tem sido a deserção miserável da direcção do PCTP/MRPP- que em tempos contou com a militância generosa e revolucionária de Ribeiro Santos - que tem permitido, por um lado, que se esvazie a noção primeira do marxismo - que a luta de classes é o motor da história - a favor de expressões híbridas como "estudante", "democracia" ou "liberdade", sem nunca questionar a favor de que classes e interesses de classe se destinam os conceitos que estes oportunistas advogam.
A direcção oportunista, revisionista e social-fascista, que tomou, a golpe, a direcção do PCTP/MRPP, é a principal responsável por permitir que aqueles que apontaram Ribeiro Santos como alvo para os esbirros da PIDE o assassinarem, venham agora "branquear" a história e tentar apropriar-se da sua memória – lavando as suas mãos sujas com o seu sangue - , inscrita a sangue no movimento revolucionário, uma história de vida e de luta de um comunista, marxista, como foi o nosso camarada Ribeiro Santos.
Morte ao revisionismo e aos revisionistas!
Luis Júdice
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