À mulher de César não basta ser séria ... tem de o parecer.
Apesar de já nada ter a ver com as causas que o militante estudantil revolucionário RIBEIRO SANTOS acolheu, e pelas quais se bateu, e que por isso foi assassinado pela polícia política do regime fascista de Salazar e Caetano . a 12 de Outubro de 1972, numa Assembleia Geral de Estudantes na Faculdade de Economia, ao Quelhas, em Lisboa, ainda assim, esperar-se-ía um arremedo de “indignação”, por parte da actual direcção revisionista e social-fascista do PCTP/MRPP, à realização de uma anunciada “Conferência Internacional”, a ocorrer no Auditório do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, entre os dias 10 e 11 de Outubro de 2022.
Quando confrontados com a lista de “convidados”, “proeminências”, “oradores” e, sobretudo, com os temas propostos para “debate”, compreende-se a atitude de não denúncia, e mesmo repúdio, por parte da actual direcção revisionista e social-fascista do PCTP/MRPP. É que as “personalidades” estão todas identificadas como “compagnons de route” da revolução, trânsfugas, anti-comunistas primários que, naqueles dias, se dedicarão a cuspir na memória do revolucionário e comunista RIBEIRO SANTOS. Só não estarão lá aqueles que a morte, atempadamente, levou.
O que é que esta gente pode ter para dizer sobre o legado de RIBEIRO SANTOS? Gente que, nem de perto, nem de longe, compreenderá alguma vez a bondade, a disponibilidade, a resiliência de um revolucionário comunista como ele. Gente que, pelo contrário, se bandeou para o campo da burguesia, se dispôs a dormir na cama com o inimigo de classe que ele denodadamente combatia. Gente sem princípios nem moral, nem estatura, para, agora, se atrever a “evocá-lo”, a fim de esvaziar de conteúdo TUDO aquilo que ele sempre representou – e ainda representa.
As acções definem a natureza e o carácter de quem as pratica. Esta gente esteve décadas na obscuridade e silêncio. Só após a morte do meu saudoso camarada ARNALDO MATOS, que eles temiam como o diabo teme a cruz e o gato de água fria tem medo, é que se atrevem em colocar a cabeça de fora e emergem da sua “clandestinidade” contra-revolucionária.
Por isso, nunca é demais retomar o conceito que o meu saudoso e falecido camarada ARNALDO MATOS gravou, para sempre, na pedra ... Isto é que vai aqui um Putedo!
Luis Júdice
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