27 de Abril de
2023 Robert Bibeau
Pela revolução ou pela guerra. Sobre http://www.igcl.org/Workers-Struggles-and
Lutas operárias e intervenção dos revolucionários
Desde a Primavera
passada, em ligação não só com a crise mas também com a guerra na Ucrânia e as
suas consequências, directas ou indirectas, nas condições de vida do
proletariado internacional, uma dinâmica de retoma das lutas operárias tende,
embora lentamente, a afirmar-se e a desenvolver-se. É no Reino Unido que esta
dinâmica mais se tem manifestado. Não podemos explicar aqui porquê, sem ignorar
ou subestimar outras lutas operárias e revoltas sociais a nível internacional,[1] consideramos que o
proletariado britânico esteve e continua a estar na vanguarda do renascimento
operário, por mais modesto que seja em si mesmo. Trata-se, portanto, de uma
primeira experiência, no período aberto pela guerra, para as forças
revolucionárias, tanto do ponto de vista da compreensão da dinâmica do
confronto entre as classes, como da intervenção que devem propor para melhor
assumirem o papel para o qual o proletariado as produz: o de direcção política.
É por isso que publicamos abaixo o comunicado que colocámos no nosso site e que enviámos aos nossos contactos e grupos do campo proletário. Tem a data de 9 de Setembro. Se está desactualizado em relação ao curso dos acontecimentos e dos factos, parece-nos que continua a ser um momento desta mobilização operária - a intervenção dos grupos comunistas, mesmo que limitada, é parte integrante das lutas operárias. Recordamos que, na Primavera e no Verão, se assistiu a uma série de greves selvagens no Reino Unido, primeiro esmagando os sindicatos, depois obrigando-os a organizar greves sectoriais legais de emergência com uma duração de 24-48 horas, numa tentativa de canalizar e controlar a crescente combatividade dos trabalhadores. Em Agosto publicámos um folheto,, Por aumentos salariais, greve em todos os lugares e sem demora! apelando a todos os trabalhadores do país para que façam greve sem demora. Em particular, sem esperar pelo chamado "Outono quente" que os sindicatos apresentaram como alternativa à entrada imediata na luta de massas. Essa orientação provocou algumas críticas, incluindo que "os trabalhadores [não] precisam ser instruídos a fazer greve porque a situação será desastrosa, mas saber que a greve é apenas o começo". Respondemos a isso então em resposta a algumas "mensagens" críticas sobre tentando apresentar a nossa concepção e o nosso método de intervenção nas lutas operárias. Basicamente, considerou-se que esperar pelo Outono deixava o campo livre para a burguesia e os seus sindicatos se prepararem e prepararem o terreno com um planeamento antecipado de dias de acção sindical distribuídos por sector e corporação e no tempo - por greves de 24 ou 48 horas; e assim quebrar definitivamente a dinâmica de greve de massas anunciada pelas greves selvagens do Verão.
E depois... morreu a Rainha Isabel II. Era evidente para nós que este acontecimento, independente do confronto de classes em curso, como pura contingência, só podia quebrar a dinâmica em curso. É este o objecto do comunicado que se segue, que era a nossa responsabilidade política, "responsabilidade de partido", a assumir até ao fim, uma vez que tínhamos convocado uma greve a 20 de Agosto. Desde então, por convocação e sob o controlo dos sindicatos, as greves - legais - recomeçaram na Grã-Bretanha, nomeadamente no período do Natal e do Ano Novo. Afectam muitos sectores, saúde, caminhos-de-ferro, correios, educação, que são chamados à greve uns atrás dos outros. Obviamente, é todo o aparelho de Estado, o governo, os partidos políticos, os sindicatos, os meios de comunicação social, incluindo o aparelho repressivo, que estão prontos a tornar impotente e a sabotar qualquer resposta generalizada e unida dos operários. Assim, o proletariado na Grã-Bretanha perdeu a iniciativa para a burguesia e só poderia recuperá-la hoje à custa de um confronto aberto e frontal com os sindicatos e com o risco de uma repressão maciça - o governo não está já a ameaçar declarar ilegais as greves em certos sectores? [2] Infelizmente, é pouco provável que o possa fazer no futuro imediato - não temos qualquer indicação ou factos materiais que sugiram o contrário.
O que faríamos se tivéssemos um ramo ou activistas no Reino Unido? Não apelávamos a uma greve em massa com um folheto, como fizemos em Agosto. Nos locais onde ainda existe combatividade, principalmente por detrás dos sindicatos e dos seus dias de acção, participaríamos naturalmente nas greves e tentaríamos reunir os operários mais combativos e mais conscientes do trabalho de sabotagem dos sindicatos, para que se juntassem, interviessem junto dos seus colegas de trabalho e agissem no sentido de propor alternativas particulares - mesmo locais - aos dias de acção dos sindicatos; em particular, defendendo qualquer acção concreta, incluindo greves e manifestações de rua, destinada a ultrapassar as divisões corporativistas.
Fonte: Luttes ouvrières et intervention des révolutionnaires – les 7 du quebec
Este artigo
foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
S classe operária lsterbir not will unite and will pace same step together
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