quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Da resistência popular passiva à resistência consciente activa

 

 29 de Setembro de 2021  Robert Bibeau  

Um político famoso escreveu: "O IMPERIALISMO É A GUERRA." A prova de que ele tinha razão é que desde que escreveu esta carta a guerra nunca cessou nem a expansão imperialista... hoje chamada de "mundialização". Assim, duas grandes guerras imperialistas para a partilha de mercados foram impostas aos povos de todo o mundo desde esta declaração.

Obviamente, nós, os de baixo, não temos poder, nem mesmo eleitoral, para influenciar o rumo das guerras locais – regionais – continentais ou mundiais. Um pateta que acusa a população de militarismo bélico faria bem em reconsiderar... aqueles que comandam as guerras não são aqueles que morrem nelas.

O meu propósito – como o dos combatentes da resistência que apelam à guerra popular contra a guerra reaccionária – visa simplesmente compreender o lado reverso das cartadas económicas – políticas – ideológicas – sociais que são manipuladas e apresentadas em desordem (os nossos detractores apreciam a teoria do CAOS, uma variante da teoria da CONSPIRAÇÃO) pelos meios de comunicação mentirosos e outros escribas a soldo.

É dever da resistência mostrar e demonstrar que as leis e as forças inerentes – contingentes – guiam a história da humanidade, independentemente das figuras políticas – empresários – elitistas – oligarquicos – que estão a enganar o público ou a cena mediática.

Só o conhecimento destas leis económicas ou políticas e a sua aplicação, de acordo com os princípios do materialismo científico, permite compreender o que a burguesia impotente e conspiratória esconde e confunde à vontade.

A guerra não é o objectivo do desenvolvimento do modo de produção capitalista... cujo objectivo e propósito são bem diferentes. A guerra, seja numa escala local – regional – continental – mundial – é um meio final que o sistema desesperado "usa" – "provoca" – "gera" – apesar de destruir meios de produção e forças produtivas, quando todos os outros meios de manutenção da produtividade e dos lucros falharam.

A indústria de armamento e da guerra não é a matriz do sistema capitalista. Esta indústria é um epifenómeno parasita que tenta recuperar a actividade de guerra destrutiva de valor excedentário para enriquecer (acumulação) um grupo de capitalistas parasitas. Não se pode compreender o funcionamento global do sistema capitalista observando apenas esta actividade não produtiva dissociada de todas as actividades de produção – comercialização – financeiraização do modo de produção capitalista.

Para concluir, queremos chamar a atenção da Resistência para os perigos iminentes da Guerra Mundial, para os quais voltaremos a servir de carne para canhão. Só nós podemos contrariar este perigo.

Pouco importa se é a ala dos falcões ferozes ou a ala das pombas-pacifistas dos capitalistas que controlam os estados burgueses- patetas... são todos iguais, todos correm atrás do lucro máximo. As inexoráveis leis do capital levar-nos-ão a todos à guerra, como demonstra a saga da histeria pandémica do COVID-19... dos quais já estão a preparar a segunda fase. https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2021/09/os-preparativos-de-guerra-das-potencias.html

Todos eles, de direitistas-fascistas-centristas-esquerdistas-socialistas-comunistas-sindicalistas, uivaram com os lobos do totalitarismo da saúde e abandonaram os pobres e os trabalhadores na sua miséria. Estas pessoas miseráveis até se preparam para atacar as nossas crianças em "vacinódromos" improvisados. No entanto, é bom que assim seja – a burguesia mostra a sua verdadeira face e deixa-nos o caminho livre para mobilizar os trabalhadores. Seremos capazes de o aproveitar para nos organizarmos e resistirmos?

Assim como no levantamento dos "Coletes Amarelos", mais uma vez na sua resistência ao totalitarismo estatal, a população a população deu porta-vozes que sairam das suas fileiras,  https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2021/09/tributo-aos-resistentes.html  e repudiou a velha guarda reformista, oportunista, populista, de direita ou de esquerda. Desta vez, porém, a Resistência varre toda a Terra confrontando o capital mundializado do Afeganistão até à Austrália.  https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2021/09/facamos-guerra-contra-guerra-pandemica.html

Resistentes, estamos a preparar-nos para atravessar o Rubicon em todo o mundo. Quando espontaneamente e maciçamente a nossa resistência popular passiva for transformada em resistência proletária activa, poderemos proclamar que passámos da consciência de classe "em si mesma" para a consciência de classe "por si mesma" – uma condição da revolução social.

Até lá, juntos, façamos a guerra do povo contra a guerra reaccionária em preparação.

Robert Bibeau

 

Fonte: De la Résistance populaire passive à la Résistance consciente active – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




 

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