A única voz que a classe operária e os escravos
assalariados em geral possuíam em Portugal – o Luta Popular online - foi
silenciada. Fruto de um processo político, assente numa intensa luta de classes
entre a burguesia e o proletariado, que se trava no seio do PCTP/MRPP, o
Partido do comunista Arnaldo Matos, foi tomado por uma clique revisionista e
social-fascista que assegurou a machadada final liquidacionista que divorciou,
de forma ainda mais patente, o Partido das massas e das suas lutas.
Nos últimos cerca de 9 meses, o Luta Popular e o Partido
de que é o Órgão Central – o PCTP/MRPP -, abandonaram os operários e restantes
escravos assalariados à sua sorte. Demitiram-se do seu papel de vanguarda - que
se foi tornando progressivamente inexistente e irrelevante – e remeteram-se ao
mais ruidoso dos silêncios, desaparecendo do terreno da luta.
A dupla de burocratas revisionistas e social-fascistas
que domina, hoje, a direcção do Partido, o seu Comité Central, – a Cidália Guerreiro
e o João Pinto -, é a mesma que “encerrou” a redacção do Luta Popular online
que hoje, não tem qualquer préstimo para a luta e a direcção da mesma, mas que
os operários e restantes escravos assalariados, ainda assim, não se demitiram
de travar quotidianamente.
O revisionista, burocrata e social-fascista João Pinto,
que aparece no rodapé do Luta Popular online como Director do Órgão Central do
PCTP/MRPP está “desaparecido em combate” – o que foi sempre recorrente neste
imbecil armado ao pingarelho intelectualóide. Não escreve uma linha e, no
entanto, pasme-se, arroga-se como “director” do jornal que, supostamente,
deveria reflectir a estratégia do Partido, cada vez mais supostamente
Comunista. Na prática, o silêncio e a deserção do Órgão Central passaram a ser
o seu mote e, simultaneamente, o reflexo do estado em que o Partido se
encontra.
Onde está a esquerda do Partido?! Está a fazer óó?! Está
de férias?! Demitiu-se em definitivo?! É que, se assim for, então melhor será
que a classe operária comece, desde já, a trabalhar para construir o seu
Partido Operário Comunista, um Partido que interprete os seus anseios, trace a
estratégia e a táctica revolucionárias que a hão-de levar à vitória e assegure
a direcção das suas lutas, dos levantamentos populares à revolução que irá
destruir, de vez, o modo de produção capitalista para, em seu lugar, construir
o modo de produção comunista.
Onde está a esquerda do Partido que, nestes últimos 9
meses, não manifestou qualquer reacção a uma realidade destas? Nenhum camarada,
nenhum comunista – se é que ainda existe algum no seio da “bela adormecida” em
que se transformou o PCTP/MRPP – se indignou pelo facto de o Partido não ter
uma palavra a dizer sobre:
1. A
chamada “bazuca” financeira e o famigerado Plano de Resiliência e Recuperação
ditado por Angela Merkel, via Bruxelas
2. A
situação na TAP onde, pelos vistos, foi aceite a tese neo-revisionista que
impera na Organização Sindical do Partido – LUTA, UNIDADE, VITÓRIA! – de que
não existe classe operária naquela empresa, pelo que, os comunistas não devem
tentar sequer dirigir qualquer luta contra o Plano de Recuperação fascista que
o governo de Costa reserva para aquela companhia de bandeira, devendo facilitar
o domínio do espaço aéreo da Península Ibérica pelos interesses da burguesia e
do grande capital de Espanha.
3. Como
nada diz, ou disse, sobre as dezenas de lutas que, diariamente – e apesar da
traição miserável dos sindicatos revisionistas e reformistas da CGTP/IN e da
UGT – os operários e restantes escravos assalariados se empenham em travar
4. O
imperialismo americano e a sua coligação ocidental são miseravelmente
derrotados no Afeganistão – como já o haviam sido no Vietname – e os
comunistas, através do seu Órgão Central – o Luta Popular online – nada têm
para dizer. Nem uma poucas linhas de regozijo?!!!
5. A
guerra inter-imperialista que opõe, de forma cada vez mais aberta, o “Bloco
Atlântico” – constituído pelos EUA, UE e Reino Unido – ao “Bloco Asiático” (ou
Aliança de Xangai), constituído pela China, Rússia e Irão, uma guerra iminente
à qual a classe operária e os seus aliados têm de dar a sua resposta autónoma,
transformando-a em Guerra Civil Revolucionária, não mereceu sequer, e até à
data, qualquer análise ou mera observação por parte do Partido e do seu Órgão
Central – o Luta Popular online
6. A
mascarada eleitoral autárquica está no terreno, em pleno, e o único “facto
político” que é “anunciado”, é a apresentação de candidaturas do Partido em 2
concelhos – Aveiro e Loures?!!! Nem uma palavra para explicar porque é que, ao
arrepio do que houvera sido decidido, por unanimidade, no I Congresso
Extraordinário do PCTP/MRPP, a direcção actual do Partido decidiu apresentar
candidaturas a estes 2 concelhos. Quanto ao Carnaval das promessas e ilusões
dos candidatos da burguesia – da extrema-direita à auto-proclamada extrema-esquerda,
passando pelo partido de direita PS e pelos revisionistas do PCP – nem uma
palavra.
7. A
redacção do Luta Popular e a direcção do Partido demitiram-se, de forma
oportunista e miserável, da denúncia e do combate ao terrorismo sanitário que o
governo de Costa, directamente ou através das instituições que tutela, estão a
impor às populações. Uma ditadura sanitária, fascista, que passa por uma
vacinação obrigatória – apesar de escamoteada essa obrigatoriedade – e tende a
terminar com a imposição do famigerado passe sanitário.
8. E
muitos outros temas que seria exaustivo estar, aqui e agora, a elencar.
Onde está a esquerda do Partido que aprovou no já citado
I Congresso Extraordinário do PCTP/MRPP, ocorrido em Lisboa, durante os
passados dias 18 e 19 de Setembro de 2020 – precisamente quando se comemoravam
50 anos da fundação do Partido – um Plano de Acção onde as principais Linhas
Programáticas afirmavam que a estratégia do Partido teria de ser a preparação
da classe operária e restantes escravos assalariados para transformar a Guerra
Imperialista em curso em Guerra Civil Revolucionária, que abrisse os horizontes
à Revolução Comunista Internacional, e que a táctica teria de ser o estudo do
marxismo, para elevar a consciência operária, transformando-a de uma classe “em
si”, numa classe “para si”?
Se existir, esta esquerda do Partido deve retratar-se
imediatamente e demonstrar, com humildade revolucionária, a vergonha que sente
por, por um lado, não ter mexido uma palha para que o estudo do marxismo se
massificasse no seio do Partido e, por outro, que uma direcção burocrata,
revisionista e social-fascista o tenha tomado de assalto.
Se o fizer, terá percorrido metade do caminho que a
levará a reconquistar a direcção do Partido para o comunismo, para o espírito e
os ensinamentos históricos do camarada Arnaldo Matos, terá criado as condições
para que a classe operária e os restantes escravos assalariados voltem a contar
com a sua vanguarda, a direcção esclarecida e motivadora dos verdadeiros
comunistas!
Se o fizerem terão dado, ainda, um sinal de grande
maturidade por, ao contrário da clique revisionista, burocrata e social-fascista
que se apoderou a golpe da sua direcção, não se terem deixado endrominar pelo
autêntico assassinato de carácter que levaram a cabo contra militantes e
dirigentes do Partido, com base em critérios “moralistas” burgueses, direcção
anti-marxista que tenta impor uma visão empírica e oportunista de privilegiar o
acessório em detrimento do essencial, de
impor a visão anti-dialéctica que privilegia a forma em detrimento do conteúdo.
Viva a Revolução Comunista!
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