sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Dois pesos e duas medidas

 


Ainda hoje, nos dias que correm, a indignação é geral quando se recorda  a retaliação a que os nazis recorriam quando numa aldeia, bairro ou cidade ocupada pelas suas tropas, um dos seus soldados era liquidado pela resistência à ocupação fascista.

Mas, pelos vistos, a insensibilidade impera perante o genocídio que os imperialistas americanos e seus aliados praticam e impõem em nome da “guerra contra o terrorismo”.

No dia 11 de Setembro de 2001 – há 20 anos – o presidente fascista norte-americano, George W. Bush junior, face a um ataque às Torres Gémeas do World Trade Center em Nova Iorque, que tirou a vida a cerca de 3 mil inocentes, decidiu uma “guerra contra o terror” que já contabiliza cerca de 1 milhão de vítimas mortais, levando à ocupação, pelo auto-proclamado “polícia do mundo” do Afeganistão e do Iraque, e às guerras por procuração na Líbia, na Síria e na Somália, entre muitos outros exemplos.

Aonde está a empatia, a sensibilidade, a noção de justiça que alimentou a indignação daqueles que se opuseram às práticas nazis e salomónicas do “olho por olho, dente por dente” nazis, mas que aplaudem ou se remetem ao mais cúmplice dos silêncios perante o vergonhoso e criminoso genocídio do imperialismo americano e seus aliados um pouco por todo o mundo?

Porque razão se exigiu um Tribunal Internacional em Nuremberga para julgar e condenar os crimes de guerra nazis e se permite o bloqueio e a paralisia do TPI face aos manifestos crimes de guerra, aos autênticos crimes de genocídio e contra a humanidade, praticados pela Aliança Imperialista Ocidental – protagonizada pelos EUA?

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