21 de Setembro de 2021 Robert Bibeau
Pelo Le Monde com a AFP.
(O terror do COVID mal se está esbater e já o terror da dívida – da inflacção – da desvalorização cambial – da quebra financeira – é brandida pela máfia financeira. Preparem-se "cidadãos", depois do coronavírus, é a queda da bolsa e o desemprego catastrófico que está debaixo dos vossos narizes. Robert Bibeau. Editor).
A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, apelou vigorosamente no domingo, 19 de Setembro, ao Congresso para aumentar o tecto da dívida, correndo o risco de provocar "uma crise financeira histórica". Num artigo publicado no Wall Street Journal,Mme Yellen avisa: "O incumprimento pode desencadear um aumento das taxas de juro, uma queda acentuada dos preços das acções e outras turbulências financeiras",escreve a ministra das Finanças de Joe Biden.
O tecto da dívida, que só o Congresso tem a prerrogativa de aumentar, entrou em vigor em 1 de Agosto. Proíbe os Estados Unidos de emitirem novos empréstimos para se financiarem se o limite actual de 28,4 biliões de dólares não for aumentado.
Este aumento é regularmente objecto de um braço de ferro político no
Congresso. Desde a década de 1960, o tecto da dívida foi aumentado ou suspenso cerca
de 80 vezes.
Leia também braço de ferro entre democratas e republicanos sobre o tecto da dívida dos EUA
O espectro de
"milhões de americanos sem dinheiro"
Na semana passada, o Tesouro anunciou que os EUA ficariam sem dinheiro "durante o mês de Outubro".
Janet Yellen descreve da sua tribuna uma cascata de desastres financeiros se a capacidade de empréstimo dos Estados Unidos, a fim de poder cumprir os seus vencimentos, não for aumentada. "Numa questão de dias, milhões de americanos ficariam sem dinheiro... . Cerca de 50 milhões de idosos deixariam de receber os seus cheques de reforma e os soldados deixariam de ser pagos", escreveu. "Nós saíriamos desta crise uma nação permanentemente enfraquecida",disse a Secretária do Tesouro.
Mesmo
que os EUA nunca tivessem falhado – "nem uma vez",insiste Mme Yellen – recorda o episódio de 2011, "que levou a América à beira da
crise". Sob a administração Obama, o impasse
político no Congresso levou a agência de rating Standard and Poor's a retirar a
classificação "AAA" da dívida dos EUA, causando uma onda de choque
nos mercados.
"Atrasar
mais" para aumentar a capacidade da dívida
dos Estados Unidos "não
é tolerável",acrescenta Mme Yellen. "Os últimos 17 meses testaram a
força económica do nosso país. Acabamos de sair da crise. Não devemos mergulhar
numa situação completamente evitável",conclui.
Fonte: Janet Yellen met en garde contre le risque de «crise financière historique»
– les 7 du quebec
Este
artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário