30 de Outubro de
2023 Robert Bibeau
Por Khider Mesloub.
A França oficial parasita está a infectar não só as mentes das pessoas com a sua contagiosa ideologia reaccionária pútrida, mas também os seus corpos, que estão a ser sujeitos a uma exploração intensificada através do prolongamento do horário de trabalho mensal e do prolongamento da duração anual das carreiras profissionais, ou seja, do adiamento da idade legal da reforma.
Doravante, a vil classe dominante francesa vai degradar a vida dos trabalhadores não só no local de trabalho, mas também nas suas casas.
De facto, a burguesia parasitária francesa está actualmente a criar um
terreno fértil para o fascismo, que alberga nos seus órgãos governamentais e
mediáticos, mas também, através da sua má gestão e negligência, permite que os
percevejos infestem as camas dos proletários.
Os governantes parasitas e os patrões poluidores da França estão assim a
infestar e a infectar a existência da população e do proletariado nos locais
onde trabalham e vivem. No trabalho e nas suas casas. De facto, em todos os
espaços. Porque, segundo as notícias, os percevejos não estão apenas a invadir
as casas, estão também a proliferar nos transportes (TGV, metro), nos cinemas e
até nos hospitais. O que não acontecia desde os anos 50 do século passado. Uma
prova de que a França capitalista está em plena degenerescência e putrefacção.
Durante a sessão parlamentar de 3 de Outubro, a deputada do LFI Mathilde
Panot apelou ao governo para que tomasse medidas urgentes. "Os percevejos
estão a proliferar em todas as áreas da vida quotidiana, fazendo com que
milhões dos nossos concidadãos vivam uma provação e isolando-os socialmente.
São um problema de saúde social e vocês não fizeram nada", afirmou.
"Em 2017, havia 200.000 instalações infestadas. Eu avisei, vocês riram-se
na minha cara, não fizeram nada. Em 2019, havia 540 mil locais infestados.
Fizemos manifestações, petições, desinfectámos casas e apresentámos uma
resolução a exigir um plano de emergência, mas vocês riram-se na minha cara e
não fizeram nada", acrescentou a deputada do Val-de-Marne.
Neste momento, os proletários franceses estão a ser atacados não só pelos
agentes tóxicos do governo e dos patrões, mas também pelos seus acólitos
ectoparasitas, os percevejos. Sem esquecer o seu braço armado repressivo e
depressivo, a polícia patológica, uma polícia com raiva de bater, espancar,
arrancar os olhos e matar.
Nesta França capitalista em plena degenerescência e putrefacção, a
população trabalhadora é hoje submetida a maus tratos, violências e torturas
terríveis. Sacrificada pelas sanguessugas do capitalismo. Sofrem todo o peso da
crise económica e das brutalidades da governação de Macron.
Não encontra serenidade no trabalho, transformado num local de humilhação
psicológica e de tortura física. Nem segurança no espaço público, pois é
constantemente atacada por delinquentes e violada pela polícia. E, a partir de
agora, não dorme, uma vez que é invadida e assediada por percevejos, esses
ectoparasitas ressuscitados pelo governo mortificante e pelos dirigentes
municipais, em resultado da sua política de cortes no orçamento destinado à
manutenção e desinsectização dos espaços públicos e das habitações.
Por enquanto, para manter o status quo, ou seja, para não desbloquear
verbas para a erradicação dos percevejos, as autarquias (em Paris) recorrem a expedientes
dilatórios para desviar as culpas, acusando o Estado de ser responsável pela
propagação dos insectos sugadores de sangue. O Estado, por seu lado, fez o
mesmo. Isenta-se de qualquer responsabilidade pela proliferação da infestação e
culpa os municípios.
Pior ainda. Para se exonerarem, estas instituições parasitárias estatais e
municipais convidam os habitantes a dirigirem-se às suas companhias de seguros
para que estas incluam uma cláusula na sua apólice que cubra o "risco
ectoparasita". Por outras palavras, o Estado e as autarquias reconhecem a
existência definitiva de percevejos, ressuscitados pela ausência de tratamentos
de desinfecção e de luta contra os parasitas, e dão instruções às companhias de
seguros para apoiarem e compensarem financeiramente este estado de coisas
parasitário.
Burgueses e hemipteros sugam o sangue do proletariado
A cidade de Paris apela ao governo para que organize rapidamente uma
"conferência de controlo das pragas".
A população trabalhadora da França também deve organizar rapidamente uma
resposta para lutar contra as pragas institucionais da França, esta espécie
parasitária invasora, ou seja, a classe dominante: todos os dirigentes
governamentais, municipais e patronais.
Estes parasitas institucionais e financeiros têm uma coisa em comum com os
percevejos: sugam o sangue humano.
Sanguessugas que devem ser erradicadas politicamente com urgência para
evitar que continuem a fazer mal. Para continuarem a sua empresa macabra de
prejudicar os proletários autóctones que são levados ao empobrecimento e à
patologização, mas também os povos oprimidos de outras nações, ameaçados de
aniquilação pelos objectivos intervencionistas militares e pelos preparativos
de guerra destes belicistas oficiais de uma França em plena ensaística e
rearmamento.
Khider MESLOUB
Fonte: La parasitaire France officielle infecte sa population – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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