quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Ocupação sionista em Lisboa!

 


Que os chamados órgãos de comunicação social em Portugal como, em geral em todo o mundo, estão ao serviço do grande capital e do imperialismo, já não suscita qualquer dúvida ou espanto.

Sucedem-se os exemplos na cobertura que os media estão a levar a cabo sobre a guerra que o governo fascista e sionista de Israel leva a cabo, há mais de 70 anos – e não apenas de agora – contra o povo palestiniano, o seu direito à auto-determinação e à constituição de um Estado independente e soberano.

Basta observarmos a forma cândida e imbecil com que alguns dos jornalistas de merda que pululam nas redacções dos principais “meisos de comunicação” em Portugal, aceitam realizar “directos” junto à Embaixada de Israel em Lisboa, não em frente às instalações das mesmas, mas em lugar mais afastado e, ainda assim, com a obrigatoriedade de se sujeitarem a ser identificados e monitorizados por elementos da segurança privada da dita embaixada.

A embaixada de Israel em Portugal situa-se na Rua António Enes, nº 16-4º, em Lisboa.

Apesar de o pano de fundo desta nota ser sobre a ocupação terrorista e fascista que este país impõe à Palestina e sobre os assassinatos que pratica de palestinianos patriotas cujo único crime é lutarem pelo direito a ter uma pátria independente, impõem-se  questionarmos o governo de Costa e a Câmara Municipal de Lisboa - incluindo o seu actual presidente, Carlos Moedas - quem lhes delegou o direito de abdicar de parte do território nacional a favor da Embaixada de Israel.

É que, a dita embaixada, alegando questões de segurança, ocupou parte da Rua António Enes, precisamente o troço que liga a Rua Filipe Folque à Avenida Luís Bívar, tendo sido autorizada a colocar duas cancelas na dita rua para impedir a circulação de viaturas naquele segmento da via, replicando, em Portugal, as práticas de ocupante de território palestiniano.

Ou seja, existe em Lisboa uma rua pública cujo uso foi delegado a interesses privados, sem que para tal tenham sido os lisboetas - e os portugueses em geral - para isso tido nem achados, passando, na prática, a ser território ocupado por Israel.

Todos os democratas e patriotas, independentemente da sua filiação partidária, ou mesmo não estando filiados em qualquer partido, devem exigir explicações ao governo e ao executivo camarário lisboeta, bem como a remoção imediata desses autênticos símbolos de ocupação sionista em território português.

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