Que os
chamados órgãos de comunicação social em Portugal como, em geral em todo o
mundo, estão ao serviço do grande capital e do imperialismo, já não suscita
qualquer dúvida ou espanto.
Sucedem-se os
exemplos na cobertura que os media estão a levar a cabo sobre a guerra que o
governo fascista e sionista de Israel leva a cabo, há mais de 70 anos – e não
apenas de agora – contra o povo palestiniano, o seu direito à auto-determinação
e à constituição de um Estado independente e soberano.
Basta
observarmos a forma cândida e imbecil com que alguns dos jornalistas de merda
que pululam nas redacções dos principais “meisos de comunicação” em Portugal,
aceitam realizar “directos” junto à Embaixada de Israel em Lisboa, não em
frente às instalações das mesmas, mas em lugar mais afastado e, ainda assim,
com a obrigatoriedade de se sujeitarem a ser identificados e monitorizados por
elementos da segurança privada da dita embaixada.
A embaixada de
Israel em Portugal situa-se na Rua António Enes, nº 16-4º, em Lisboa.
Apesar de o pano de fundo desta nota ser sobre a
ocupação terrorista e fascista que este país impõe à Palestina e sobre os
assassinatos que pratica de palestinianos patriotas cujo único crime é lutarem
pelo direito a ter uma pátria independente, impõem-se questionarmos o
governo de Costa e a Câmara Municipal de Lisboa - incluindo o seu actual
presidente, Carlos Moedas - quem lhes delegou o direito de abdicar de parte do
território nacional a favor da Embaixada de Israel.
É que, a dita embaixada, alegando questões de segurança,
ocupou parte da Rua António Enes, precisamente o troço que liga a Rua Filipe
Folque à Avenida Luís Bívar, tendo sido autorizada a colocar duas cancelas na
dita rua para impedir a circulação de viaturas naquele segmento da via,
replicando, em Portugal, as práticas de ocupante de território palestiniano.
Ou seja, existe em Lisboa uma rua pública cujo uso
foi delegado a interesses privados, sem que para tal tenham sido os lisboetas -
e os portugueses em geral - para isso tido nem achados, passando, na prática, a
ser território ocupado por Israel.
Todos os democratas e patriotas, independentemente
da sua filiação partidária, ou mesmo não estando filiados em qualquer partido,
devem exigir explicações ao governo e ao executivo camarário lisboeta, bem como
a remoção imediata desses autênticos símbolos de ocupação sionista em
território português.
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