segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Quando a media francesa se torna a quinta coluna do Estado fascista israelita

 


 30 de Outubro de 2023  Robert Bibeau  

 


Por Khider Mesloub.

De um modo geral, do ponto de vista do capital, em França como nos países capitalistas desenvolvidos, os meios de comunicação social "produzem" e comercializam uma mercadoria singular: a informação. O objetivo é gerar receitas e lucros para as empresas multinacionais de comunicação, mas também, e sobretudo, lucros ideológicos através da difusão do pensamento dominante, um pensamento inteiramente moldado pela ideologia atlantista e sionista... a ideologia da hegemonia imperialista ocidental.

A corporação mediática francesa faz parte desta superestrutura e a sua função é regular o funcionamento deste sistema de doutrinação ideológica atlantista e sionista. Para estes escribas da informação, trata-se também de formatar a opinião pública para assegurar a sua submissão, tentar desarmar as recriminações políticas e aniquilar os impulsos subversivos populares.

Se a devoção servil dos grandes meios de comunicação social franceses às potências criminosas atlantistas e às máfias estatais e financeiras sionistas serve de exemplo, a cobertura da guerra russo-ucraniana ilustra perfeitamente esta servidão jornalística. Desde a eclosão da guerra na Ucrânia, apesar de a França não ser o país atacado, nem estar vinculada a qualquer tratado de defesa mútua com o regime ucraniano, os meios de comunicação social tornaram-se verdadeiros propagandistas da narrativa militarista atlantista. Em França, assiste-se à militarização da informação. A "raison d'Etat" reclamou os seus direitos sobre a informação, que é agora caporalizada, arregimentada e mobilizada ao serviço da guerra entre Estados (e da guerra social, que o Governo Macron trava contra o seu povo, que é levado ao empobrecimento).


Esta total subserviência dos meios de comunicação franceses aos poderosos e ao sionismo é evidente desde o início da guerra de extermínio conduzida pelo Estado nazi de Israel contra o povo palestiniano.

Logicamente, a deontologia e a ética de todos os jornalistas exigem que eles se abstenham de qualquer apologia ou retórica a favor da guerra, de qualquer incitamento ao rearmamento, de qualquer ódio e discriminação, de qualquer estigmatização e racismo, e mais ainda de qualquer apoio a uma operação militar genocida ou de limpeza étnica, levada a cabo por um país estrangeiro, neste caso Israel.

Desde a guerra russo-ucraniana e a guerra de extermínio levada a cabo pela entidade sionista contra o povo de Gaza, estes princípios de neutralidade foram vergonhosamente espezinhados por todos os jornalistas franceses, que foram alistados ao serviço das forças atlantistas e sionistas para manipular a opinião pública, propagar o ódio anti-russo, atiçar as chamas do conflito militar e apoiar a limpeza étnica levada a cabo em Gaza pelo Tsahal, o genocídio dos palestinianos. Esta cobertura mediática parcial e unilateral da actual guerra tem consequências graves para a forma como o conflito é percebido pela opinião pública.


Há quase dois anos, certos canais de informação 24 horas, nomeadamente a LCI, tornaram-se abertamente o quartel-general da NATO, transmitindo uma retórica belicista anti-russa em canais de televisão onde os generais estão permanentemente no ar ao lado de jornalistas histéricos anti-guerra. Na LCI, alguns deles chegaram mesmo a evocar a possibilidade de eliminar fisicamente o Presidente Putin, sem que isso tenha suscitado a menor indignação por parte da profissão jornalística francesa, habitualmente pronta a denunciar a mais pequena violação da ética, ou a incitar ao mais pequeno processo pelas autoridades por incitamento ao assassínio.

Do mesmo modo, desde o início da guerra de extermínio levada a cabo contra os palestinianos pelas forças armadas israelitas, todos os meios de comunicação social franceses têm transmitido a narrativa informativa do Estado-Maior do Tsahal, e todos os jornalistas têm alinhado com a linha editorial belicista e genocida ditada por Israel. Em todo o caso, em França, o tratamento mediático do conflito colonial israelo-palestiniano obedeceu sempre a um dispositivo narrativo imutável: a vitimização de Israel, apresentado como o país agredido. Assim, segundo os media franceses, é legítimo que Israel utilize todos os meios "para se defender", incluindo uma guerra assimétrica de extermínio.

Esta cobertura mediática unilateral da actual guerra na Palestina ocupada, descrita através de argumentos simplistas, amálgamas e simplificações factuais, visa moldar a percepção do conflito pela opinião pública, a fim de a mobilizar para o Estado nazi de Israel. Em particular, através da propagação de visões essencialistas do factor cultural e religioso, também conhecido como "civilização". Ao denominar e "culturalizar" o conflito, a dimensão colonial da ocupação é obscurecida. Segundo o paradigma francês dominante, estamos perante um "confronto simultaneamente civilizacional, cultural e confessional". Não um confronto colonial e imperialista.

“O jornalismo, escreveu Honoré de Balzac, "é um inferno, um abismo de iniquidade, de mentiras e de traições".  No caso dos jornalistas franceses, eles não traíram nada. Limitaram-se a revelar a sua verdadeira face hedionda e odiosa, cheia de mentiras e de uma moral purulenta e venal. O seu racismo anti-árabe e anti-muçulmano. A sua lendária desumanidade. A sua barbárie genocida.

 

Esta instituição jornalística mafiosa vagabunda (que só deve a sua sobrevivência aos subsídios generosamente atribuídos pelo seu patrocinador, o Estado imperialista francês) não é um quarto poder, mas a quinta coluna do capital, do imperialismo ocidental e do Estado terrorista de Israel, ou seja, do atlantismo e do sionismo.

De um modo geral, esta postura obsequiosa dos media oficiais franceses revela a total subserviência do aparelho ideológico ao capital e à ideologia sionista da morte. Desde a escola, passando pelo cinema e pela literatura, até aos meios audiovisuais, à Internet e às redes sociais digitais, todos estes instrumentos conceptuais de formação das mentes são totalmente monopolizados pelo capital (ou pelo Estado), para servirem de instrumentos de propaganda e de condicionamento das mentalidades.

Em França, como na maior parte dos países ocidentais, a maioria dos meios de comunicação social é propriedade de um pequeno número de grandes grupos financeiros inteiramente comprometidos com a ideologia sionista totalitária, dominadora e genocida.

A corporação francesa dos media, seguidora devota da ideologia da liberdade de informação, tende a explicar a corrupção e a subjugação dos jornalistas pela concentração das empresas de comunicação social.

No entanto, como demonstraremos, não é a monopolização dos meios de comunicação social por alguns grupos capitalistas que explica a lendária submissão dos jornalistas obsequiosos dos meios de comunicação social oficiais franceses, nunca desprovidos de ideias complacentes para se venderem a quem lhes dá mais, nem desprovidos de flexibilidade profissional cortesã para se curvarem perante os poderosos e o Estado nazi israelita, nem desprovidos de ignomínia para se entregarem regularmente a campanhas de difamação contra a Argélia.

Na verdade, os meios de comunicação franceses funcionam abertamente como órgãos do poder financeiro e do Estado, em particular do Estado nazi de Israel, a quem servem de caixa de ressonância, de quinta coluna.

Em França, país conhecido pela sua propensão atávica para cultivar instintivamente a Colaboração, é de notar que este comportamento dos servis funcionários dos media franceses não é minimamente controlado a partir de cima, do proprietário bilionário, do patrão governamental, do patrocinador sionista de Israel ou do banal chefe de serviço jornalístico, de acordo com o provérbio inglês que diz: "Quem paga ao flautista é que manda". Em França, passa-se o contrário: os jornalistas cantam a canção colonial e supremacista dos seus patrões sionistas sem serem solicitados nem pagarem nada.

Este comportamento é obra de clérigos totalmente empenhados na defesa da ordem dominante e do sionismo.

Para conseguir um emprego numa destas grandes empresas que fabricam mercadorias informativas chulas e falsificadas, mesmo que seja apenas como freelancer, é preciso ter o perfil certo para o trabalho: é preciso ser um democrata capitalista prostrado, acreditar nas manobras eleitorais, partilhar os valores liberais burgueses e sionistas, ter um traço nacionalista beligerante, ou seja, uma fé inabalável na política imperialista do seu Estado, e um sionismo nu sob a forma de subserviência servil a Israel. Em suma, ter uma personalidade servil e uma alma vil, tal como o corpo pútrido do jornalismo francês, que transborda com milhares desta plumitiva cria ou voz do seu mestre a poluir as redacções ou os estúdios de televisão.

Assim, seguros de que estão a recrutar agentes moldados de acordo com estes valores burgueses liberais e sionistas dominantes, que necessidade teria o bilionário (ou o Estado francês ou israelita) proprietário dos meios de comunicação social de manobrar os seus jornalistas? Eles são-lhe instintivamente devotados. Muitas vezes com um zelo fanático e um zelo de corte sem paralelo.


Além disso, pouco interessa saber que dez bilionários (Bouygues, Bolloré, Drahi, Niel, Arnault e companhia) controlam 80% dos meios de informação-propaganda-alienação em França
(como noutros países ocidentais). Se fossem cinquenta, o resultado seria o mesmo. E nada mudaria em termos da auto-censura que estes jornalistas e redactores impõem a si próprios para manterem os seus empregos e servirem obsequiosamente os seus patrões, os capitalistas e os sionistas.

Seja como for, com a revolta dos "Gilets jaunes", tal como durante o período da pandemia de Covid-19 politicamente instrumentalizada pelos meios de comunicação social franceses arregimentados pela Big Pharma e, mais ainda, actualmente, na sequência da guerra de extermínio conduzida pelo Estado nazi de Israel contra o povo palestiniano, onde os chefes de redacção já não se escondem para ir ao Palácio do Eliseu (ou a Telavive) receber ordens informativas do seu chulo (Macron) para transmitir a narrativa militarista sionista, as últimas ilusões sobre a chamada liberdade de imprensa foram desfeitas. E os jornalistas que foram definitivamente salpicados, com as suas bocas nauseabundamente mentirosas a pingar sangue palestiniano e a sua mão editorial criminosa cúmplice do genocídio, são testemunhas disso. Os franceses já não acreditam nestes mentirosos profissionais, nestes criminosos de guerra do jornalismo, cúmplices do genocídio do povo palestiniano. Os próprios media tomaram consciência deste descrédito, desta desqualificação, deste descalabro ético e deontológico. Mas continuam a servir os seus senhores, porque estão reféns dos poderosos terroristas sionistas de França e de Israel.

Khider MESLOUB

 

Fonte: Quand les médias français deviennent la cinquième colonne de l’État fasciste israélien – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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