segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

As afinidades electivas e destrutivas entre a máfia e o sionismo

 


 18 de Dezembro de 2023  Robert Bibeau  


Por Khider Mesloub.

Por definição, a máfia é uma entidade criminosa cuja característica essencial é negar a sua própria existência. Negar as suas acções sanguinárias.

Curiosamente, a máfia surgiu ao mesmo tempo que o sionismo. Em todo o caso, a máfia e o sionismo pertencem ao mesmo registo criminal. Fraude financeira para a máfia, fraude histórica para o sionismo. Todo o tipo de fraude memorial para a máfia, fraude memorial para o sionismo. Branqueamento de capitais para a máfia, branqueamento da história da comunidade judaica para o sionismo.


A máfia usa a força para se apoderar das fortunas dos cidadãos ricos, enquanto o sionismo usa as armas para se apoderar das terras dos pobres palestinianos.

 

Pode mesmo dizer-se que máfia e sionismo são sinónimos. Além disso, estas duas entidades predadoras foram geradas pela Europa capitalista, então em plena convulsão política e transformação económica, na sua florescente fase imperialista, colonialista, racista e supremacista.

Os fenómenos mafioso e sionista inscrevem-se num processo de extorsão financeira e territorial realizado através de fraudes estruturais e do uso constante da violência.

A máfia e o sionismo mergulhados numa cultura de morte

Tanto a máfia como o sionismo podem ser definidos como uma empresa tentacular (uma associação de criminosos ou de malfeitores) que usa a violência para exercer o domínio sobre territórios, a fim de acumular poder social e hegemonia financeira.

Enquanto a Máfia baseia o seu poder no crime organizado, o sionismo baseia o seu poder na espoliação assassina sistemática. São ambas entidades sem lei, vilãs. Para ambas as entidades predadoras, a violência é utilizada tanto para se apoderarem da riqueza financeira ou territorial, respectivamente, como para protegerem a sua autoridade vil, nomeadamente através da intimidação ou da guerra. Ambas as entidades recorrem a métodos sanguinários para defender os seus interesses, para tomar o controlo de um território ou de um mercado.

Do mesmo modo, no plano individual, enquanto o mafioso está sujeito a regras estritas baseadas na honra, nomeadamente a de colocar a sua vida inteiramente à disposição da máfia, até ao auto-sacrifício, o sionista está sujeito a uma ideologia de conquista e de espoliação, nomeadamente a do roubo sistemático das terras palestinianas. Mas, ao contrário do mafioso imprudente, o auto-sacrifício do sionista cobarde baseia-se no sacrifício da vida das suas vítimas espoliadas e dominadas. O extermínio de civis palestinianos indefesos ilustra a cobardia e a desumanidade dos sionistas.


Quando um bandido se junta à máfia, torna-se mafioso para o resto da sua vida. Por outro lado, quando um supremacista se converte ao sionismo, permanece sionista até ao extermínio de todos os não-judeus na Palestina ocupada, em nome do conceito de eleitos de Deus.

Uma coisa é certa: a máfia, tal como o sionismo, está imbuída de uma cultura de morte.

Segundo a definição do diccionário, "a máfia, ou sistema mafioso, é uma organização criminosa cujas actividades estão sujeitas a uma gestão colegial e que se apoia numa estratégia de infiltração na sociedade civil e nas instituições. Os seus membros são conhecidos como mafiosos ou membros da máfia. Esta definição aplica-se plenamente ao sionismo, que também se baseia numa "estratégia de infiltração na sociedade civil e nas instituições".

Se os mafiosos são parasitas da sociedade, os sionistas são os flagelos da humanidade.

Se a máfia se baseia num substracto clânico, os famosos clãs, o sionismo baseia-se num substracto tribal, o falso dogma do povo eleito.

Fundamentalmente, a máfia, tal como o sionismo, funciona com base na reciprocidade do vínculo indefectível entre os seus membros. A máfia, e mais ainda o sionismo, protege os seus membros e os seus bens, inclusive através do crime organizado, no caso da máfia, e do genocídio generalizado, no caso do sionismo.

Enquanto a máfia enriquece extorquindo dinheiro, o sionismo assegura a sua prosperidade financeira extorquindo memórias.

Tanto a máfia como o sionismo, que estão implantados em muitos países, consolidam o seu poder através da corrupção dos seus líderes. Tanto a Máfia como o Sionismo desenvolvem actividades financeiras e históricas fraudulentas, respectivamente, mas também actividades legais de lobbying, capazes de influenciar a esfera política, condicionar o voto, manipular a opinião pública e controlar a informação.

Crepúsculo da Invencibilidade do Sionismo

Ambas as entidades predadoras partilham a mesma ambição de procurar e conquistar o poder. Estranhamente, tanto a máfia como o sionismo gozam de um consenso governamental, ao ponto de se tornarem indispensáveis a uma franja de governos que derivam o seu poder do patrocínio de uma destas duas entidades criminosas.

Tal como o assassínio faz parte do modus operandi da Máfia, o assassínio em massa faz parte integrante do modo de governação do sionismo.

Enquanto a Máfia é conhecida pelo seu sadismo - os seus membros torturam sem escrúpulos as suas vítimas - e pela sua propensão para o terror reinante, o sionismo é conhecido pela sua barbárie genocida e pela sua inclinação para governar através do terrorismo de Estado. O actual genocídio de civis palestinianos em Gaza ilustra esta trágica realidade.

A génese e o desenvolvimento da Máfia e do sionismo seguiram padrões históricos que estão agora ultrapassados. Estas duas entidades anacrónicas são vestígios do velho mundo.

Durante muito tempo, a máfia exerceu a sua influência graças ao seu poder e à sua suposta invencibilidade. As pessoas, tal como os políticos, aceitavam a existência da máfia como inevitável, ao ponto de se tornarem vítimas silenciosas ou cúmplices.

Mas o mito da omnipotência e da invencibilidade da máfia foi gradualmente varrido pela história.

Interrogado sobre a possibilidade de um desaparecimento definitivo da máfia, o juiz italiano Falcone respondeu: "A máfia é um fenómeno humano; como todos os fenómenos humanos, tem um início, uma evolução e, consequentemente, terá também um fim".

O sionismo, gémeo siamês da máfia, apesar da sua omnipotência e pretensa invencibilidade, também terá um fim. E esse fim está iminente.

 Khider MESLOUB

 

Fonte: Les affinités électives et destructives entre la mafia et le sionisme – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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