12 de dezembro de
2023 Robert Bibeau Sem comentários
Por Xavier Azalbert, France-Soir,
sobre o conflito no
Médio Oriente ou a guerra do gás em Gaza? | FranceSoir
EDITORIAL– Quem pode negar que a gigantesca jazida de gás no Mediterrâneo, ao largo da costa da Palestina, está no centro da guerra que opõe Israel ao Hamas?
Uma rápida recordação dos factos.
Esta é a situação algumas semanas antes dos assassinatos de 7 de Outubro de 2023, seguidos das represálias do Tsahal (ainda em curso), também seguidas de retaliações do Hamas, o que significa que hoje podemos falar de uma "guerra" neste conflito no Médio Oriente, que dura há 75 anos.
Gaza Marine é o nome dado ao campo de petróleo descoberto em 1999 nas águas territoriais palestinianas. Pensa-se que contenha mais de 30 mil milhões de metros cúbicos de gás natural.
A exploração da marina de Gaza poderia gerar receitas anuais entre 700 milhões e 800 milhões de dólares, de acordo com o site Middle East Eye.
Sete meses antes do reacendimento do conflito no Médio Oriente, Israel e a Autoridade Palestiniana tinham retomado as conversações sobre o funcionamento da marina de Gaza. E o Egipto tinha-se oferecido para desempenhar um papel central.
Além disso, a exploração da Gaza Marine faz parte integrante de conversações políticas e de segurança mais alargadas entre as duas partes. Estas negociações foram retomadas sob pressão dos Estados Unidos em duas cimeiras regionais, em Fevereiro em Aqaba (Jordânia) e em Março em Sharm el-Sheikh (Egipto).
É evidente que estas negociações fracassaram.
A evacuação dos palestinianos da Faixa de Gaza seria, de facto, o objectivo de Israel para a resolução definitiva da "questão palestiniana" na sua totalidade, quer em termos de controlo total (político e militar) do Estado hebreu sobre os territórios ocupados, quer em termos de exploração da marina de Gaza, que reverteria então para Israel. No entanto, em termos de direito marítimo e de direito internacional, uma vez que a Gaza Marine se encontra em águas territoriais palestinianas, a sua exploração é da responsabilidade da Autoridade Palestiniana. A Autoridade Palestiniana precisa ainda de obter o estatuto de Estado... que Israel se recusa a reconhecer, por qualquer razão...
O Estado hebreu é liderado por Benjamin Netanyahu, um Primeiro-Ministro que, através de um conflito no Médio Oriente, perfidamente alimentado desde a sua chegada ao poder, poderá arrastar a humanidade para uma terceira guerra mundial.
Em benefício e em detrimento de quem? Sempre os mesmos.
Em benefício dos industriais globalistas e da alta finança e em detrimento dos povos do mundo, nomeadamente dos judeus: eternos escudos e bodes expiatórios. Os adoradores do "portador da luz" que, paradoxalmente, actuam na sombra.
Viva os judeus, os cristãos, os ateus e os muçulmanos que trabalham pela paz no Médio Oriente! E bravo para aqueles que, em prol da paz em todo o mundo, se unem em torno deste slogan: "Judeus, cristãos, ateus e muçulmanos: todos unidos pela paz!"
O que descrevi num fórum pela paz, justiça e liberdade dos povos, que terminou com estas palavras: «Com uma única escolha possível na minha mira, que deve ser imposta a cada indivíduo e a cada corpo constituído: estar do lado do povo, não do lado daqueles que querem dominá-lo e explorá-lo. É nosso dever."
Fonte: Guerre coloniale du gaz à Gaza? – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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