25 de Dezembro de
2023 Olivier Cabanel
OLIVIER CABANEL — Cientistas americanos da Academia Americana de Medicina
Ambiental (AAEM) pedem uma moratória sobre os OGM
Isso está de acordo com um longo artigo no Sentient Times.
Jeffrey M. Smith, da AAEM, afirma que "os alimentos geneticamente
modificados não foram devidamente testados e representam sérios riscos para
a saúde" e acrescenta: "Há mais do que apenas uma associação
coincidente entre alimentos geneticamente modificados e efeitos adversos para a
saúde. Há um nexo de causalidade."
É também director do IRT (Institute for
Responsible Technology) e publicou um livro traduzido
para francês que aborda a questão extensivamente (Semence de tromperie
/ édition myoho)
Em Maio passado, a AAEM foi mais longe, apelando aos médicos para
aconselharem os seus pacientes, a comunidade médica e o público a evitarem ao
máximo os alimentos geneticamente modificados.
Apresentaram argumentos informativos sobre o risco que os OGM representam
para a nossa saúde.
A AAEM afirma que vários estudos em animais mostram sérios riscos para a saúde
associados ao consumo de OGMs: infertilidade, envelhecimento acelerado e
alteração dos principais órgãos e do sistema gastrointestinal.
De acordo com o Dr. Arpad Pusztai, especialista em segurança de OGM, "as
alterações na condição imunitária dos animais são uma característica constante
em todos os estudos sobre OGM".
A Dra. Amy Dean e o alergista de Ohio John Boyles aconselham os seus
pacientes a evitar comer alimentos transgénicos.
Manuela
Malatesta, que faz parte de uma equipa italiana, publicou um
estudo instrutivo no European Journal of Histochemistry que encontrou problemas
imunitários em ratinhos alimentados com milho transgénico bt.
Quando os ratos são alimentados exclusivamente com soja transgénica, a
maioria dos seus descendentes morre no prazo de três semanas, enquanto a taxa
de mortalidade é de 10% quando o grupo de controlo é alimentado com soja
natural.
Outras observações foram feitas em ratos e ratazanas: a cor de seus
testículos muda de rosa natural para azul escuro, e os seus espermatozoides são
alterados.
Um estudo de longo prazo conduzido pela Deccan
Development Society provou que todos os ovinos
alimentados com plantas de algodão GM (Bt) morreram dentro de 30 dias.
Numa pequena aldeia em Andhra Pradesh, búfalos alimentavam-se de plantações
de algodão sem problemas. Em 3 de Janeiro de 2008, 13 deles pastavam em
plantações de milho GM (Bt), e todos morreram em 3 dias.
No domingo na Índia, foi relatado que "com base em registros
médicos, o número de vítimas de comixão aumentou enormemente na agricultura
relacionada com o algodão GM (Bt)"
Logo após a introdução da soja transgénica, as alergias à soja dispararam
50%.
Mesmo em França, o ministério não hesita em mencionar uma possível ligação entre
os OGM e as alergias.
Um estudo realizado pelo
Ministério Federal da Saúde, da Família e da Juventude, realizado pela
Universidade Veterinária de Viena, Áustria, mostra que os ratinhos alimentados
com milho geneticamente modificado tinham menos ratinhos e que estes eram mais
pequenos do que o normal.
Nos Estados Unidos, duas dúzias de agricultores relataram que milhares de
porcos se tornaram inférteis depois de consumirem certas variedades de milho
geneticamente modificado.
O Dr. David Schubert observa que os
reguladores se baseiam quase exclusivamente em informações fornecidas por
empresas de biotecnologia e que esses dados não são publicados em nenhuma
revista científica, nem estão sujeitos a perícia científica.
É claro que a Monsanto foi condenada em Dezembro de
2006 por vender sementes de soja geneticamente poluídas.
No entanto, a pressão pró-OGM continua inabalável desde que a Europa
aprovou o milho transgénico e, em 22 de Julho, os Estados Unidos, o Canadá e a
Argentina retiraram as suas queixas contra a antiga moratória europeia.
Por outro lado, estamos a organizar-nos: em
4 de Julho, foi criada em Millau, durante o festival "les pieds sur terre", a associação de municípios sem OGM »
Uma sondagem da CSA encomendada pela Greenpeace mostra que 58% dos franceses pedem uma moratória.
Mas não será esta mais uma vez a luta da panela de ferro contra a panela de
barro?
Porque como dizia um velho amigo africano:
"Quem quiser mostrar as lágrimas não entra na
chuva ».
Fonte: OGM: l’Amérique s’inquiète – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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