11 de Dezembro de
2023 Robert Bibeau
Por Khider Mesloub.
Para quem não sabe, vale a pena recordar que Israel é um Estado teocrático (um Estado pária e marginal). Onde há teocracia, há fanatismo. O fanatismo judaico é encarnado, há mais de um século, pela ideologia sionista.
Embora o sionismo tenha sido originalmente uma ideologia política,
impulsionada por uma ideologia colonialista europeia de conquista, depressa
assumiu um forte espírito religioso judaico em prol de um proselitismo colonial
messiânico. A tal ponto que a corrente ideológica sionista religiosa se tornou
dominante após a derrota do nazismo, seu concorrente.
Desde a criação do Estado de Israel, esse antro de criminosos de guerra
supremacistas, duas sociedades distintas formaram este país colonial: os
fanáticos religiosos e os laicos fanatizados pelo sionismo. No entanto, o traço
de personalidade comum às duas comunidades religiosa e politicamente fanáticas
que constituem a entidade sionista é a sociopatia.
A maioria dos israelitas é sociopata. Sobretudo os sionistas fanáticos. Em
Israel, cujo "ADN é o racismo, o apartheid, o engano e a dominação",
como afirmou o pensador judeu anti-sionista Jacob Cohen, a sociopatia não é uma
perturbação marginal da personalidade, mas um traço de personalidade geral,
sobretudo entre os sionistas fanáticos (ver
o testemunho de Avigail Abarbanel em anexo).
A sociopatia afecta toda a população sionista adulta, tanto homens como
mulheres. A prova é que, em Israel, todos os homens e mulheres passam a maior
parte da sua vida adulta a aprender a matar, a odiar e a servir no exército
colonial genocida.
Israel, um país fundado pela e na ultra-violência, é afectado por uma
síndrome peculiar, a síndrome "sionista", caracterizada pela belicosidade
crónica, pela patologia da guerra, pela confrontação permanente, pelo
terrorismo compulsivo... o fanatismo histérico que cada vez mais fantoches
políticos exibem sem qualquer pudor.
Quando um país inteiro se torna um quartel a céu aberto, com todos os seus
habitantes adultos empunhando permanentemente armas para manter a ordem
colonial sionista genocida, para perpetuar e prolongar indefinidamente o
imperialismo racista e fundamentalista do Estado que proclamaram
"hebreu", nenhuma humanidade resta no coração desses homens e
mulheres sionistas transformados em assassinos juramentados. Por outras
palavras, sociopatas.
Poder-se-ia dizer que o sionismo é sinónimo de psicopatia. Sociopatia. E a
psicopatia predispõe para comportamentos nocivos e mórbidos, ou seja, para
comportamentos criminosos, ilustrados neste momento pelo genocídio que os
sionistas estão a cometer freneticamente e sem remorsos contra os palestinianos
em Gaza. Mais preocupante ainda, a sociopatia é um factor preditivo de
reincidência criminal permanente, porque os sociopatas não partilham o mesmo
sistema de valores morais que o resto da humanidade. Não será esta a característica
sociológica de Israel, marcada pelo colonialismo desumano e pelo desprezo pelas
convenções jurídicas internacionais?
Recorde-se que o sociopata se caracteriza pela frieza emocional, pela falta
de empatia, de remorsos, de moralidade e pelo comportamento desonesto, ou seja,
o engano, a burla, o uso repetido de mentiras e de identidades fictícias (o
sionismo baseia-se em identidades fictícias - Israel é constituído por
populações díspares, com diferenças étnicas e clivagens culturais acentuadas -
e em mitos religiosos fabricados para a causa colonial por europeus
"judeus" ateus).
Os sociopatas são frios, maliciosos e calculistas. Caracterizam-se pela sua
incapacidade de honrar as suas obrigações, pela sua indiferença e pela
racionalização dos seus crimes. Uma incapacidade de assumir a responsabilidade
pelos seus actos. De reconhecer os seus crimes. O psicopata é particularmente
insensível ao carácter dissuasivo do castigo, de qualquer condenação (Israel
sempre desrespeitou todas as resoluções da ONU, incluindo a última adoptada há
alguns dias por 121 países).
Segundo a psicanálise, o psicopata está sujeito a uma "moral
arcaica" todo-poderosa, que o leva a procurar um ambiente marginal mas
coercivo, em conflito com a ordem internacional estabelecida (a comunidade
humana universal, no caso dos sionistas israelitas). O sociopata é vítima de
irritabilidade e agressividade, caracterizada por ataques ou conflitos físicos
(armados) regulares. A característica essencial de Israel não é estar em
conflito permanente?
Os sociopatas caracterizam-se por um ardor destrutivo (o massacre em massa
dos palestinianos em Gaza ilustra a propensão genocida dos sionistas
fanáticos). No entanto, os psicopatas não são psicóticos ou esquizofrénicos
porque estão ligados à realidade e, portanto, conscientes dos seus actos. Os
sionistas israelitas são também responsáveis pelos seus crimes coloniais,
crimes de guerra e crimes de genocídio.
O psicopata, mascarado de normalidade pelos meios de comunicação social, é a própria encarnação do monstro moral capitalista contemporâneo. Não foi o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, que anunciou friamente: "Estamos a impor um cerco total a Gaza. Não há electricidade, não há água, não há gás, está tudo fechado". Referindo-se aos 2,3 milhões de palestinianos de Gaza, não gritou: "Estamos a lutar contra animais humanos e estamos a agir em conformidade"? Como descrever estas declarações do sociopata ministro da Defesa de Israel, senão como medidas para cometer crimes de guerra e genocídio?
Sejamos claros: por razões pedagógicas e doutrinais ligadas a um ambiente colonial sionista, e não genéticas, a maioria dos israelitas tornou-se sociopata. Não é verdade que os alemães também se afundaram na sociopatia durante o regime nazi? No entanto, hoje, mais de 70 anos depois, o povo alemão recuperou a sua normalidade, a sua humanidade (até quando? porque com a actual fascistização da Europa, não há nada que proteja os alemães contra o nazismo, a não ser a Revolução Proletária).
Entretanto, Israel, para além de ser um quartel a céu aberto onde a maioria dos seus habitantes mata permanentemente palestinianos desde 1948, é também um asilo psiquiátrico a céu aberto. Isto porque a loucura assassina rege o comportamento da maioria dos seus habitantes, a paranoia (delírio de perseguição) inspira a sua atitude impulsiva e agressiva e a febre obsidiana gangrena as suas vidas.
Os sionistas de Israel só encontram serenidade na chacina ritual dos palestinianos e só acalmam as suas almas atormentadas aniquilando os corpos palestinianos. Desta forma, alimentam-se da carne palestiniana que sacrificam para satisfazer o seu apetite voraz de domínio colonial e de expansão territorial.
Desde a sua criação, Israel foi escrito com letras de sangue palestiniano. Assim, todos os seus habitantes têm sangue nas mãos e crimes nos dedos.
Em suma, um sociopata, ou seja, um sionista, é um "roughneck", um fora da lei incontrolável. Um Serial Killer nacional. É capaz de cometer massacres em massa, uma e outra vez, sem sentir remorsos. Ou assumir a responsabilidade por eles (o exército israelita não bombardeou um hospital e depois atribuiu-o ao Hamas?). Os sionistas não têm fé nem lei, são desprovidos de escrúpulos e de empatia.
De facto, Israel, habitada por uma maioria de sociopatas, tornou-se uma escola de crimes e de crimes de guerra. Um laboratório de experiências genocidas encomendado pelo Ocidente.
Nesta colónia criada pelo Ocidente no Médio Oriente, os israelitas, que se julgam finalmente livres, respeitados pelos seus inimigos hereditários europeus que os ostracizaram e genocidaram durante séculos, tornaram-se, sem o saberem, as "cobaias" do Ocidente. Todas as novas técnicas de guerra e políticas militaristas e de segurança são desenvolvidas e testadas neste campo de treino ocidental, chamado Israel, um país posicionado como um peão ao serviço dos interesses americanos.
No entanto, esta colónia está ameaçada pelo despovoamento colonial. Inquestionavelmente, como venho proclamando há quase 40 anos, ao criarem o seu Estado colonial na Palestina em 1948, os sionistas cavaram a sua própria sepultura. Israel tornou-se o lugar mais perigoso para os judeus. O que é que a criação deste Estado sionista simboliza, senão a mais recente criação do grande gueto judeu do mundo, implantado numa terra que durante séculos não teve um "lar judeu". Uma terra habitada há séculos por palestinianos de todas as religiões.
Como escreveu em 1972 o
activista anti-sionista israelita Arie Bober, membro de um colectivo chamado O
Outro Israel: "Longe de oferecer um refúgio aos judeus perseguidos do
mundo, o Estado sionista está a conduzir tanto os novos imigrantes como os
antigos colonos a um novo holocausto, mobilizando-os numa empresa colonial e
num exército contra-revolucionário contra a luta das massas árabes pela
libertação nacional e a emancipação social."
O sionismo, antítese do judaísmo pacífico de há mil anos, transformou a religião hebraica num projecto político racista e colonialista, filho do imperialismo capitalista e cristão europeu, e transformou a maioria dos judeus pacíficos e apolíticos que se instalaram em Israel em sociopatas, criminosos de guerra e genocidas.
A verdade é que o sionismo, último vestígio do colonialismo ocidental e última ideologia supremacista europeia, para além de gerar o anti-semitismo, é inimigo dos seguidores do próprio judaísmo. E, claro, da humanidade. O sionismo contém no seu ADN o militarismo e o supremacismo, tal como o nazismo.
Por isso, só a derrota do sionismo como ideologia fascista pode curar os seguidores da religião judaica em Israel da sua patologia psicopática infecciosa, que aliás contraíram através do contacto com os europeus na época da pandemia, e salvar a honra da religião judaica, que foi pervertida pelos blasters sionistas.
Khider MESLOUB
O meu nome é Avigail Abarbanel*. Nasci em 1964 em Telavive e cresci em Bat Yam. Frequentei a escola primária Yitzhak Sadé em Bat Yam e terminei os meus estudos secundários em Ort Yad Singalovsky. Tive a sorte de receber uma excelente educação no Israel dos anos 70, e a escola foi uma experiência positiva na minha vida. No entanto, era um sistema educativo muito sionista que, sem o sabermos, nos estava a preparar a todos para sermos cidadãos leais do Estado de Israel e para dedicarmos as nossas capacidades e talentos, toda a nossa vida, à protecção do país.
Deixei Israel em 1991 e mudei-me para a Austrália. Vivi em Sydney durante sete anos e depois mais onze anos em Camberra. Concluí dois terços de um BA na Universidade de Bar-Ilan, no âmbito do programa combinado de ciências sociais. Concluí o meu BA (Hons) em Política na Universidade Macquarie em Sydney. De seguida, estudei psicoterapia individual e relacional no Jansen Newman Institute em Sidney e fiz um ano extra de terapia Gestalt no Illawarra Gestalt Center em Wollongong.
Na altura, não me apercebi, mas já estava a sair da
doutrinação sionista em que tinha sido educada. Comecei por ser uma
"esquerdista suave" que não compreendia bem a história de Israel mas
não gostava da injustiça cometida contra os palestinianos.
Em 2001, no início da segunda Intifada, renunciei à
minha cidadania israelita. A partir daí, passei a defender mais abertamente os
direitos dos palestinianos. Mas foram precisos mais alguns anos para completar
o caminho até à renúncia ao colonialismo dos colonatos israelitas, o que
significou tornar-me anti-sionista.Fonte AVIGAIL ABARBANEL:
"A resistência não vem do nada. Se há resistência, é porque há opressão.
(vidéo_1h37′) – VIVA A REVOLUÇÃO (mai68.org)
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário