6 de Dezembro, 2023
Mohammed VI no palácio de Mohammed Ben Zayed a 4 de Dezembro. D. R..
Por Karim B. – O rei de Marrocos
acaba de efectuar uma visita de dois dias a Abu Dhabi. A visita culminou com
uma declaração conjunta sobre um certo número de projectos a financiar
unilateralmente pelos Emirados Árabes Unidos em benefício de um Marrocos que
vive da mendicidade e da prostituição diplomática. O pano de fundo da visita de
Mohammed VI ao seu mentor, o subcontratante do regime nazi de Telavive,
Mohammed Ben Zayed, foi o financiamento para encorajar a ocupação ilegal do
Sahara Ocidental, em troca da submissão total de Rabat aos Al-Nahyans.
Os
dois regimes chegaram oficialmente a acordo sobre uma série de pacotes
financeiros que "combinarão capitais, empréstimos concessionais,
empréstimos comerciais competitivos, mecanismos de financiamento inovadores e
subvenções", lê-se no comunicado. Na realidade, o documento assinado pelas
duas partes parece menos um tratado conjunto do que um reconhecimento de dívida
e uma promessa de aplicação de um roteiro que o rei cessante Mohammed VI está a
ser ditado para salvaguardar a monarquia que quer legar ao seu filho Hassan,
mas à qual o seu irmão Rachid, apoiado pela maioria dos makhzen e do exército,
também aspira. Uma guerra secreta de sucessão que se trava longe das
preocupações da esmagadora maioria dos marroquinos, que se debatem com o peso
da pobreza.
Mohammed
Ben Zayed pretende investir onde as empresas europeias se retiraram, em
cumprimento da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que
proibiu qualquer actividade económica nos territórios saharauis ocupados. É
Dakhla que os Emirados Árabes Unidos têm em mira, precisamente a pedido de
Mohammed VI, que vê desaparecerem milhares de milhões de dólares. Os
petrodólares dos Emirados serão utilizados para o "desenvolvimento"
do aeroporto de Dakhla, o "desenvolvimento" do porto desta cidade
saharaui ocupada, que será gerido pelos emiratis, e o
"desenvolvimento" de projectos turísticos e imobiliários, e, por fim,
o projecto de gasoduto que Marrocos, arrogante e endividado até ao pescoço em
106 mil milhões de dólares, não podia evidentemente financiar.
É
fácil compreender as acusações repetidas e justificadas dos nossos colegas do El-Khabar contra os Emirados Árabes
Unidos, acusados de conspirar contra a Argélia. Numerosas fontes tinham
relatado os planos do trio diabólico Marrocos-Israel-Emirados para prejudicar o
nosso país devido à sua posição aberta face à normalização e à traição e aos
crimes contra a humanidade cometidos pela entidade sionista em Gaza. Crimes
bárbaros que o makhzen marroquino e a família dirigente dos Emirados, vassalos
do Estado hebreu, fingem denunciar mas que, na realidade, são cúmplices
directos dos massacres que ali se desenrolam com total impunidade.
K. B.
Fonte original
deste artigo: Le régime vassal d’Abu Dhabi confirme sa
complicité avec l’Etat voyou du Maroc - Algérie Patriotique
(algeriepatriotique.com)
Retirado de: Gaza: pourquoi Biden et Netanyahou veulent maintenir une tension continue – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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