7 de Dezembro de
2023 Robert Bibeau
Por Brandon Smith − 29 de Novembro
de 2023 − Fonte Alt-Market
Se não conhece uma pequena organização
chamada Conselho para o Capitalismo
Inclusivo, não se preocupe, a maioria das pessoas nunca ouviu falar dela. O
grupo foi formado no auge da crise do Covid; à medida que o medo instilado
pelos funcionários do governo e os meios de comunicação social espalhavam as
notícias, a maioria do público estava bastante distraída. O CIC representa
essencialmente tudo o que os teóricos da conspiração têm vindo a denunciar há
anos, reunido numa entidade orwelliana, com música de piano dramática e uma
máscara de filantropia humanitária.
A principal
função do Conselho é centralizar a maioria ou a totalidade das grandes empresas
(as que têm influência mundial) e associá-las aos governos numa rede que coloca
a ideologia acima da procura do lucro. Alguns poderão argumentar que as
empresas deveriam adoptar um conjunto comum de valores em vez de andarem por aí
como tubarões a devorar tudo aquilo a que conseguem deitar a mão. Mas quem é
que escolhe o conjunto de valores que os colossos empresariais seguem?
O CIC é um corpo físico que representa o lado da acção do conceito ESG. Supõe-se que crie incentivos e punições para o mundo corporativo com base na sua conformidade com os valores do mundialismo e do socialismo de fachada, bem como na sua subserviência à agenda climática. Já escrevi extensivamente sobre esta questão, mas o meu artigo "O que é o 'Conselho para o Capitalismo Inclusivo'? Esta é a Nova Ordem Mundial" é provavelmente a melhor visão sobre o grupo e suas intenções.
A ideia é simples: conseguir que a maioria das empresas se alinhe com a ordem política de extrema-esquerda. Uma vez feito isso, eles forçarão essas empresas a usar as suas plataformas e exposição pública para doutrinar as massas. Vimos esta estratégia em acção nos últimos anos, com muitas empresas a produzirem um fluxo constante de produtos, conteúdos mediáticos e marketing que estão repletos de propaganda a favor da diversidade, da justiça e da inclusão, para não falar de propaganda anti-ocidental e anti-conservadora.
Essas empresas estão tão mergulhadas no formato DEI e ESG que muitas delas estão dispostas a alienar a maioria dos seus clientes e perder lucros significativos. Os últimos vestígios da economia de mercado são assim destruídos, porque a motivação do lucro foi substituída por uma motivação política.
Porque é que as empresas escolheriam fazer parceria com tal organização se elas têm que microgerir constantemente as suas operações? Isto não lhes deve ser apresentado como uma escolha, mas sim como um requisito inevitável. Quem entra no baile tem os melhores lugares à mesa da cabala; Aqueles que se juntam à organização tardiamente correm o risco de serem esmagados sob o peso de uma burocracia socialista opressora.
Mas a escolha também
pode ser voluntária, com a promessa de que os líderes corporativos receberão
papéis de governança ampliados após o "grande reinício" do capitalismo
de que o Fórum Económico Mundial tantas vezes fala.
Tenha em mente que a
única maneira de essas empresas sobreviverem depois de serem rejeitadas pela
maioria do público é fazer parcerias com governos, receber um monopólio estatal
e ser apoiadas por subsídios perpétuos. Eles podem até supor que, enquanto
continuarem a servir a religião woke, serão recompensados com o status
de "woke
demais para falhar".
Mussolini definiu uma
vez o encontro entre o poder corporativo e o poder governamental como o modelo
original do fascismo. O Conselho para o Capitalismo Inclusivo é a expressão
viva desta semente autoritária.
O grupo é liderado por Lady Lynn de Rothschild, da famosa dinastia
Rothschild, e expandiu-se para incluir um exército de parceiros corporativos,
parceiros governamentais, parceiros da ONU e até mesmo o Vaticano. Um dos
elementos-chave da agenda mundialista que é frequentemente mencionada é a
inteligência artificial (IA), bem como a sua suposta capacidade de virar tudo
de pernas para o ar na nossa sociedade e economia para sempre. Embora as
capacidades da IA sejam amplamente superestimadas, as elites parecem pensar que
é algum tipo de dispositivo divino que vai refazer o mundo. Lady Rothschild
falou recentemente com a imprensa para promover um argumento interessante e
revelador:
A IA, tal como as alterações climáticas,
está rapidamente a tornar-se uma nova desculpa fabricada para a centralização mundial. O TPI e instituições
como o Fórum Económico Mundial e a ONU têm vindo a defender há alguns anos que
"alguém" precisa de
intervir para moderar a IA para que nenhum governo abuse do seu poder aparentemente
ilimitado. Noutras palavras: problema, reacção, solução.
Os mundialistas criam
um problema do nada (IA), depois sugerem que é um benefício (ou ameaça) muito
maior para a humanidade do que realmente é, antes de oferecer os seus serviços
como árbitros justos e benevolentes da tecnologia e seus efeitos. A própria
Rothschild sugere isso na entrevista quando diz que os "capitalistas" terão que
reorientar as suas prioridades para causas sociais na esteira da IA. Como eu
disse antes, é apenas ESG de uma forma
diferente.
Gostaria de sublinhar
o tom de desdém da reacção de Rothschild quando os mercados livres são
abordados no debate. Estas
pessoas odeiam qualquer noção de mercado livre. O sistema de Adam
Smith foi desenvolvido em resposta directa aos abusos do controle
mercantilista. Os dois conceitos excluem-se mutuamente. Não pode haver livre
mercado (ou liberdade) dentro de um império mercantilista centralizado. Não
pode haver livre mercado e socialismo dentro da mesma economia. E para ser
claro, o sistema que temos hoje nos Estados Unidos NÃO é um sistema de livre
mercado, é um antigo sistema de mercado livre que tem sido lentamente minado ao
longo do tempo.
Os mercados livres já são justos. As elites corporativas interferem nessa
equidade quando fazem parcerias com governos para manipular o sistema a seu
favor e obter vantagens indevidas. As desigualdades que Rothschild descreve
como uma desculpa para a centralização foram, na verdade, criadas por elites
como a dela. O CIC e a agenda Great Reset não são nada além de ferramentas para
consolidar o poder corporativo e de elite para sempre.
Cabe a eles decidir quais os negócios que prosperam ou morrem. São eles que
decidem os valores sociais do próximo século. Devem ditar a forma como os
recursos do mundo são utilizados e quem tem permissão para aceder aos mesmos. E
os governos garantirão que estão protegidos da ira do povo se o povo vir a sua
tomada hostil do poder.
O mais insultuoso? Quem criticar ou atacar esta invasão ideológica da nossa
vida económica será acusado de ser um monstro. Afinal, o CIC só quer salvar a
humanidade de si mesma, não é? Se você quiser detê-los, tem que ser algum tipo
de vilão egoísta que prioriza a liberdade individual sobre o bem comum.
A grande pergunta que
os mundialistas não querem que façamos é: o que os qualifica para determinar o
bem comum? Por que se considera que eles devem ser os árbitros de tudo? Mesmo a
crise de estagflação que enfrentamos hoje é um resultado directo da intervenção
de governos e bancos centrais, que injectaram triliões de dólares em dinheiro
fiduciário para resgatar empresas "grandes demais para falir" das suas
próprias práticas desastrosas. Por que razão havemos de lhes confiar a nossa
protecção social, ou qualquer outra coisa?
Os mundialistas
responderão a este argumento com IA. Dirão que a IA é o mediador "objectivo" final porque não
tem lealdade emocional ou política. Eles argumentarão que a IA deve se tornar o
aparelho decisório de facto da civilização humana. Agora você entende porque é
que Rothschild está tão interessada em liderar a criação de uma estrutura
regulatória mundial para a IA – quem controla as funções da IA, quem programa o
software, acaba por controlar o mundo, enquanto usa a IA como proxy. Se algo
der errado, eles podem simplesmente dizer que foi a IA que tomou a decisão, não
eles.
Este é o governo sombra
perfeito; um mago tecnocrático que usa a fumaça e os espelhos de um fantoche de
IA para governar o planeta, removendo toda a responsabilidade e afastando toda a
rebelião. De facto, como pode a população discutir ou revoltar-se contra um
algoritmo sem rosto flutuando no éter digital?
Brandon Soares
Este artigo
foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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