Dia 10 de Março de 2024 a burguesia vai levar a cabo mais um dos seus Carnavais eleitorais. Com tal iniciativa pretende o capital resolver a crise sistémica e irresolúvel do modo de produção capitalista, da qual resultou o colapso do governo de António Costa.
Eleições burguesas são isso mesmo: enganar os eleitores dizendo-lhes que, em democracia, são eles que escolhem os seus líderes, quando eles já foram previamente escolhidos por quem detém o poder político e económico, os tais cerca de 2.000 bilionários que detêm mais de 90% da riqueza gerada por quem só tem a sua força de trabalho para vender.
Aos operários e seus aliados – os restantes escravos assalariados – só lhes resta o caminho da Revolução, o caminho da sua autonomia enquanto classe. Nestas, como em quaisquer outras eleições animadas pelo Carnaval burguês, a burguesia é profusa e imaginativa na música e animação que lhes oferece durante o período eleitoral, mas aqueles que se propõem ao acto eleitoral estão eleitos mesmo antes da votação.
O VOTO OPERÁRIO, REVOLUCIONÁRIO E COMUNISTA deve ser a resposta a colocar no boletim de voto. Como desprezo para com os Partidos e personalidades – da direita e da extrema-direita fascista, aos socialistas da treta, passando pelos falsos comunistas, até aos que se arrogam de extrema-esquerda – todos eles fantoches e lacaios da burguesia que aceitam animar este Carnaval eleitoral.
Dia 10 de Março de 2024 – e em todos os Carnavais eleitorais organizados pela burguesia – a classe operária em particular, os escravos assalariados em geral, devem escrever nos boletins de voto, a vermelho e letras maiúsculas se possível, com vigor, VIVA A REVOLUÇÃO COMUNISTA! Devem demonstrar aos seus exploradores o quão elevada está a sua consciência de classe e demonstrar-lhes que já não dispostos a saltar perante os golpes de chicote, disfarçados de música para tolos, com que lhes enfeitam a exploração.
Devem demonstrar que têm absoluta consciência de que não mais se deixarão enganar e que rejeitam um Carnaval que lhes tem prometido a terra do mel e do leite em abundância, mas que, terminado o Carnaval eleitoral, a burguesia e os seus lacaios de serviço, voltam ao negócio do costume – explorá-los, assassiná-los – nome eufemístico que dão aos “acidentes de trabalho” -, retirar-lhes toda a dignidade, sujeitá-los à precariedade, à miséria, à humilhação, à discriminação, seja de género, seja racial, seja de que natureza for.
Face à iminência da guerra inter-imperialista, face ao programa transhumanista em curso, face à eminência de uma devastadora e mortal guerra mundial inter-imperialista – já em curso -, face à ditadura travestida de “democracia”, percursora de todo o tipo de ditaduras, à classe operária restam apenas duas opções – e nenhuma delas é votar naqueles que a exploram, antes a roubam sem dó nem piedade. Uma é continuar a dobrar a cerviz , ajoelhar-se perante o poder da burguesia capitalista e imperialista e servir de carne para canhão para as suas guerras. A outra é organizar-se, preparar levantamentos populares demonstrativos do vigor e da unidade da classe, percursores das revoluções comunistas de amanhã, percursores da guerra cívil revolucionária, única forma de combater a guerra inter-imperialista que já desponta no horizonte.
VIVA A REVOLUÇÃO COMUNISTA!
Luis Júdice
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