20 de Agosto de 2022 Robert Bibeau
Os preços do petróleo caíram fortemente na
segunda-feira, com os dados sobre o consumo e a produção industrial na China a
levantarem receios de um consumo lento por parte do maior importador de crude
do mundo.
Por volta das 09:20 GMT (11:20 em Paris), o barril de
Brent do Mar do Norte para entrega em Outubro perdeu 3,26% para 94,94 dólares.
O barril do West Texas Intermediate (WTI) para entrega
em Setembro caiu 3,63% para 88,65 dólares.
Em Julho, as vendas a retalho e a produção industrial
na China registaram um abrandamento inesperado, devido à recuperação do
Covid-19 e a uma crise imobiliária que penalizou fortemente a actividade.
A fraqueza da economia chinesa "pesa no petróleo,
e há poucas hipóteses de uma recuperação no curto prazo", disse Bjarne
Schieldrop, analista da SEB.
Considera "claramente que a fraca procura chinesa explica a queda dos preços do petróleo desde Junho".
Os mercados estão também a acompanhar as negociações
em torno do acordo nuclear iraniano, o que pode levar ao fim das sanções a este
membro-chave da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Os obstáculos permanecem e o Irão exige
"garantias" em certos pontos, segundo um diplomata citado pela
agência de notícias oficial Irna.
"Até que um acordo seja assinado, nada deve ser
dado como certo", avisa Craig Erlam, analista em Oanda, que prevê que a pressão sobre os preços do
petróleo se intensificaria se as negociações fossem bem sucedidas.
Depois de ter subido no início do ano, à medida que a
procura foi retomada com o fim dos confinamentos e o início da invasão russa da Ucrânia, os
preços caíram mais de 20% desde o início de junho.
A subida dos preços no início do ano permitiu à
gigante petrolífera saudita Aramco obter um lucro recorde de 48,4 mil milhões
de dólares no segundo trimestre, disse este domingo.
Fonte: Le pétrole recule après des données décevantes en Chine – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice
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