29 de Agosto de 2023 Robert Bibeau
China: esta nova medida de Pequim para tentar revitalizar a sua economia
Enquanto o seu
"milagre" parece estar a terminar, a China anunciou a redução para
metade do imposto sobre as transacções bolsistas.
A China anunciou neste domingo, 27 de Agosto, a redução pela metade do imposto sobre transacções no mercado de acções.
LEXPRESS.fr com a AFP. Publicado
em 27/08/2023.
A medida era aguardada com grande expectativa pelos parasitas da bolsa e das finanças. No domingo, 27 de Agosto, a China anunciou a redução para metade do imposto sobre as transacções bolsistas. O objectivo é restaurar a confiança na segunda maior bolsa do mundo, num contexto de abrandamento económico. A redução, que entrará em vigor na segunda-feira, é a primeira desde 2008.
"Para dinamizar o mercado de capitais e aumentar a confiança dos investidores, o imposto de selo sobre as transacções de valores mobiliários será reduzido para metade a partir de 28 de Agosto", afirmaram o Ministério das Finanças e a autoridade fiscal num comunicado conjunto. Até à data, o imposto era de 0,1%.
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Ultimamente, os mercados bolsistas da China continental têm sido abalados
pela má saúde da economia nacional, com elevado desemprego jovem, queda das
exportações e uma crise da dívida imobiliária. Recentemente, é a situação da
promotora Evergrande,
sobre-endividada, que tem manchado um pouco mais a imagem chinesa. Também disse
no domingo que ampliou as suas perdas no primeiro semestre, apesar de uma dívida
total ligeiramente menor. As suas perdas líquidas no período de Janeiro a Junho
totalizaram 33 mil milhões de yuans (4,53 mil milhões de dólares), de acordo
com um comunicado no site da Bolsa de Valores de Hong Kong.
Se a sua descida ao inferno é emblemática da
crise imobiliária na China, não é o único a passar por
dificuldades. O
Country Garden, há muito conhecido por ser financeiramente sólido,
não conseguiu no início de Agosto pagar dois juros de empréstimos.
"Um ponto de não
retorno"
O índice CSI 300 das principais capitalizações das bolsas de valores de
Xangai e Shenzhen caiu cerca de 4% em 2023, após dois anos consecutivos de
queda, de acordo com a agência de informações financeiras Bloomberg. Esta
queda é em parte explicada pela falta de uma grande recuperação económica
da pandemia
de Covid-19, uma vez que as autoridades ainda estão relutantes em envolver-se
num verdadeiro plano de recuperação. "Agora está claro que o primeiro
trimestre de 2020, marcado pelo início da pandemia, representou um ponto de não
retorno para a economia chinesa", analisou recentemente o economista Adam
Posen no L'Express.
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Jinping, a vaca leiteira da China acabou-se
Enquanto as luzes económicas da China estão vermelhas, os observadores
navegam à vista, por falta de acesso aos dados oficiais. "Um estudo
recente mostrou que, desde que Xi Jinping chegou ao poder, o número de dados actualizados
pelo Instituto Nacional de Estatísticas foi dividido por três!", lamentou
François Rimeu, estratega da
empresa de gestão La Française AM. O exemplo mais recente é a suspensão
da publicação
da taxa de desemprego dos jovens entre os 16 e os 24 anos. De
acordo com o último relatório publicado, rondava os 21%. Uma indefinição
organizada que assusta os investidores.
Visita de Xi Jinping a Putin: "China vê Rússia como
sua companheira de equipa"
Fonte: La solution chinoise à la crise du capitalisme…favoriser le parasitisme financier! – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para
Língua Portuguesa por Luis Júdice
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