22 de Agosto de 2023 Robert Bibeau
O debate está aceso no meio alternativo (Alt-Media), entre círculos "não alinhados" (sic) e entre a esquerda agitada. A organização BRICS – que deverá expandir-se no fim de semana (ver artigo abaixo) – forma o núcleo da segunda aliança imperialista que vai confrontar a Aliança Atlântica agrupada em torno dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia? Alguns proclamam-no a plenos pulmões (https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/07/os-brics-o-ocidente-e-nova-linha-leste.html ), enquanto outros, como Sergey Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, se defendem... apaixonadamente. (Veja: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/08/brics-confirmam-que-nao-querem.html ). Pensamos que os opositores e apoiantes desta teoria dos BRICS que impulsionam a mudança da guarda no coração da economia imperialista mundial têm ambos razão como propusemos num editorial de Julho passado: https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/07/da-nato-aos-brics-passando-pela-ocs-o.html . A superpotência chinesa e o seu aliado russo utilizarão todos os meios possíveis para reagrupar a comunidade internacional em torno da sua hegemonia.
tag.No entanto, nem a China nem a Rússia se deixarão
arrastar para uma ruptura apressada e um confronto desesperado com o campo das
potências imperialistas ocidentais. O eixo Pequim-Moscovo tem outros canais organizacionais
para "treinar" os seus aliados (CEI, SCO). Podemos esperar a
mobilização gradual e comedida das forças económicas, financeiras, monetárias,
políticas e, em última análise, militares das duas grandes alianças
imperialistas. Não deve surpreender que as guerras por procuração entre as duas
grandes alianças se estejam a multiplicar no Médio Oriente – África – Ásia
Central – América Latina e Sudeste Asiático. O mundo passará por várias guerras
genocidas obrigatórias como na Ucrânia (https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/08/guerra-na-ucrania-de-castelnau.html
e https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/08/a-guerra-da-ucrania-arrasta-se-e-fica.html
antes que a guerra
mundial global nos seja imposta... Esperemos que até lá a classe proletária se
tenha preparado para a insurreição (https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/08/da-insurreicao-popular-revolucao.html
)
Revista de Imprensa: Sputnik África (17 de Agosto de 2023)*
Mais de 40 países já confirmaram a sua participação na cimeira dos BRICS em
Joanesburgo, que começará dentro de 5 dias (começou hoje – NdT). Entre os
convidados estão todos os líderes africanos e representantes de organizações
internacionais. No entanto, nenhum líder ocidental foi convidado. A agenda da
cimeira promete ser movimentada.
A África do Sul, que detém a presidência rotativa dos BRICS, sediará
a XV cimeira da organização na
próxima semana. O evento terá lugar de 22 a 24 de Agosto em Joanesburgo.
Enquanto isso, a Sputnik faz um balanço dos participantes e da agenda do
evento.
Estados-Membros
Os Chefes de Estado ou de Governo dos cinco Estados-Membros – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – participarão na cimeira. Enquanto o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, o líder chinês, Xi Jinping, o presidente brasileiro, Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, participarão pessoalmente, o presidente russo, Vladimir Putin, participará por videoconferência.
A delegação russa será chefiada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros,
Sergey Lavrov. O mestre do Kremlin fará um discurso em 23 de agosto, de acordo
com Anil Sooklal, embaixador itinerante da África do Sul nos Brics.
Os convidados
Com o acordo dos outros membros do BRICS, Cyril Ramaphosa convidou 67 líderes da África e do Sul global. Eles "representam todos os continentes e regiões do Sul Global", segundo a ministra sul-africana das Relações Exteriores, Naledi Pandor.
Foram igualmente convidados 20 outros representantes de organizações
internacionais. Entre eles estão o Secretário-Geral das Nações Unidas, o
Presidente da Comissão da União Africana e o Presidente do Novo
Banco de Desenvolvimento dos BRICS. Foram também convidados líderes
de várias organizações regionais e sub-regionais africanas. A delegação da ONU
já confirmou a sua presença.
Actualmente, 41 países confirmaram a sua participação, e esperam-se mais,
segundo Anil Sooklal.
A
Bielorrússia participará pela primeira vez. Por outro lado,
nenhum líder ocidental foi convidado. O presidente francês, Emmanuel
Macron, planeava
participar na cimeira como observador, mas a possibilidade
provocou uma reacção mista dos Brics, com a Rússia a dizer que a presença seria
"inadequada".
A agenda da cimeira
No primeiro dia da cimeira, 22 de Agosto, terá lugar um fórum de negócios, com os Chefes de Estado a dirigirem-se aos participantes na sessão final, ao fim da tarde. Em seguida, os líderes dos BRICS reunir-se-ão à porta fechada. A ordem de trabalhos é aberta e poderão trocar impressões sobre qualquer assunto que considerem necessário", explicou Anil Sooklal.
Em 23 de Agosto, realizar-se-ão duas sessões. Durante a primeira, os líderes dos Estados-Membros, juntamente com 10 representantes de cada delegação, debaterão a geopolítica, as questões de segurança, as finanças e a economia. A segunda sessão, pública, reunirá representantes do Conselho Empresarial, da Aliança Empresarial das Mulheres e do Novo Banco de Desenvolvimento.
No final da cimeira, os chefes dos Estados-Membros adoptarão uma declaração final.
Quem quer aderir aos BRICS?
O alargamento dos BRICS é uma prioridade na agenda, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Mais
de 40 países manifestaram o desejo de aderir aos BRICS, 23 dos
quais o fizeram oficialmente, de acordo com Naledi Pandor. Vários países
africanos estão incluídos nesta lista, nomeadamente, Argélia, Marrocos,
Etiópia, Egipto, Senegal e Nigéria.
Além disso, há Estados como Argentina, Turquia, Arábia Saudita, Emirados
Árabes Unidos, Irão e Indonésia. "A lista de países é longa", segundo
Anil Sooklal.
*Fonte: Sputnik África
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa
por Luis
Júdice
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