terça-feira, 28 de maio de 2024

Manon Aubry, coveiro da questão social, ocupa um espaço político (esquerda crítica) que não assume!

 


 Maio 28, 2024  Robert Bibeau  


Por Brigitte Bouzonnie.

24 de Maio de 2024

Num tweet de 24 de Maio de 2024, Manon Aubry trata Jordan Bardella como "coveiro da questão social" (sic). Que profunda hipocrisia! Manon Aubry ocupa um espaço político (esquerda crítica, dita "social"), que ela absolutamente não assume! Também ela e todos os líderes da França Insubmissa, a começar por Mélenchon, dando continuidade ao triste legado de Mitterrand, são puros coveiros da questão do desemprego em massa e dos salários que nunca foram levantados. De uma luta política, onde a defesa das classes populares é cuidadosamente descartada, ao cemitério do impensado. E falo por experiência:

No início de 1989, registou-se uma explosão sem precedentes de desemprego em massa em França: 90 525 candidatos a emprego em Janeiro, 85.045 em Fevereiro. Membro do Partido de Esquerda desde a sua criação em Asnières, em Novembro de 2008, escrevi imediatamente dois artigos denunciando a extensão da destruição social iniciada por Sarkozy e pelos grandes patrões franceses. Este é também o resultado da crise do sub-prime de 2008, que viu o despedimento de 600.000 trabalhadores. Ao longo do ano, escrevo e envio mais de 50 artigos sobre o aumento do desemprego para o jornal PG "A Gauche", dirigido por François Delapierre. Nenhum deles é publicado. Esta recusa mostra, melhor do que qualquer confissão que os líderes do PG alguma vez farão, o quanto os líderes do PG traíram a questão social e as classes populares, as principais vítimas do desemprego e dos salários que nunca foram aumentados.

2°)- Em 2017, o programa da França Insubmissa foi brutalmente suprimido a favor de um programa de centro-esquerda. Os deputados da França Insubmissa embolsaram o dinheiro do financiamento da vida política francesa: 22 milhões entre 2017 e 2022. Mas, em troca, são obrigados a manter uma linha "Macron compatível". Como diz delicadamente Corbière: "devemos criticar Macron, mas não muito"! Como resultado, a questão social, mal abordada no programa L'Avenir En Commun, é brutalmente atirada para o cemitério dos reprimidos. Vendo isso, deixo o PG e o FI para sempre, onde ainda fui activista durante dez anos.

3°)-Chegam as eleições europeias de 2019: Manon Aubry já está à frente da lista. Nem uma única vez pronuncia a palavra "social" na sua campanha, recusando-se categoricamente a sair da União Europeia, cujo espartilho de tratados de comércio livre condena, infelizmente, os povos europeus, incluindo o povo francês, à austeridade para toda a vida: O resultado foi que, no final, mal conseguiu 6,5%: uma pena de prisão. Em frente às câmaras, Mélenchon está furioso e não esconde isso!

4°)- Na campanha eleitoral para as eleições europeias de 2024, Manon Aubry continua ela própria, ainda à frente da lista, -Mélenchon não está realmente ressentido-. Assim, Aubry, de repente, da noite para o dia, faz da "questão social" o seu vago tema da campanha de 2024, fingindo mesmo sentir pena de uma empresa que está a fechar. Aubry descobre falsamente a questão social, já que Maria Antonieta interpretou a agricultora no Trianon. Está a agir por puro oportunismo, só para ser eleita, para arrecadar os 15 mil euros mensais ganhos por cada eurodeputado. Em termos de sondagens, a manobra não está a arrancar: mantém-se com 7% das intenções de voto, ou seja, +0,5% face à sua pontuação em 2019.

Pior ainda, não há dúvida de que, uma vez eleita, na segunda-feira seguinte, esquecerá para sempre os funcionários demitidos, que fingiu defender em frente às câmaras!

5º)- A grande hipocrisia de Aubry é fazer-nos acreditar que ela está a fazer um trabalho "social", sem nunca questionar o artigo 123 do TCE, que limita os gastos a um défice de 3%. Este artigo, que se tornou a "regra de ouro" de Bruxelas, sela o destino de milhões de trabalhadores franceses, alemães, italianos e espanhóis, condenando-os à austeridade vitalícia, ou seja, à miséria mais negra. Mas sobre o artigo 123 do TCE, silêncio radiofónico por parte da mundialista Aubry, imposto no campo político francês por Georges Soros.

Abaixo Manon Aubry, uma europeísta de choque, remotamente guiada pelo mundialista e bilionário Soros!

Abaixo Aubry, coveira da questão social, de forma alguma sincera na sua pseudo "luta" para defender os trabalhadores!

 

Fonte: Manon Aubry, fossoyeuse de la question sociale, occupe un espace politique (gauche critique) qu’elle n’assume pas! – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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