quarta-feira, 8 de maio de 2024

Os operários não têm pátria: combatamos a guerra com a unidade de classe e a luta de classes!

 


 Maio 8, 2024  Robert Bibeau 


Por NWBCW Committe, Montreal

A guerra em Gaza é produto do imperialismo, tal como o são as guerras na Ucrânia, no Afeganistão, no Iraque, na Síria e os cerca de cinquenta outros conflitos que actualmente grassam pelo planeta.

O imperialismo é filho do capitalismo, e o fluxo constante de atrocidades bárbaras a que assistimos todos os dias é a verdadeira face do sistema actual. Toda a conversa sobre "direitos humanos", "democracia", "ordem internacional baseada em regras", etc., não consegue esconder esse facto.

Israel e o Hamas são ambos peões no tabuleiro de xadrez imperialista. Israel nasceu da vitória do imperialismo aliado na Segunda Guerra Mundial e foi inicialmente apoiado pela URSS e pelos Estados Unidos. Com o início da Guerra Fria, tornou-se o posto avançado maciçamente financiado e armado do imperialismo ocidental no Médio Oriente. Mas o domínio dos EUA sobre a região e o comércio do petróleo está agora ameaçado pelos imperialismos rivais da Rússia e da China. O Hamas foi financiado pelo Qatar em 30 milhões de dólares por mês (com o apoio de Israel, que esperava desta forma colocar as facções palestinianas umas contra as outras e minar a perspectiva de uma solução de dois Estados). O Hamas foi também armado pelo Irão, que formou uma aliança de facto com a Rússia e a China contra os Estados Unidos.

A guerra em Gaza, tal como a da Ucrânia, está a ser travada sob a bandeira do nacionalismo. A verdade é que não existe uma única nação palestiniana nem uma única nação israelita. Todas as nações estão divididas em classes e falar da nação palestiniana ou israelita significa realmente falar dos Estados da classe capitalista palestiniana ou israelita. A classe operária não tem qualquer interesse em apoiar os seus exploradores em nenhum dos dois Estados, como o demonstraram as amargas lutas de classes travadas no passado na Palestina e em Israel.

O nacionalismo é a mentira utilizada para convencer os operários a morrer pelos seus exploradores e a esquecer os seus interesses de classe. As diferentes faces do esquerdismo e mesmo secções do anarquismo incitam-nos a apoiar um lado ou o outro em nome do "anti-imperialismo" ou do "mal menor". Mas a guerra em Gaza, a guerra na Ucrânia e todas as outras são guerras inter-imperialistas; não há nenhum lado anti-imperialista nestas guerras. O que estas guerras representam são passos em direcção a uma guerra mundial em que as principais potências imperialistas mobilizarão os operários para se confrontarem.

A única verdadeira luta anti-imperialista é a luta contra o próprio capitalismo, e a única forma de nos opormos às guerras imperialistas é através da luta de classes.

Foram as revoluções na Rússia e na Alemanha que puseram fim à Primeira Guerra Mundial. Apesar dos obstáculos, a unidade de classe e a luta de classe de todos os sectores da classe operária - qualquer que seja a sua origem nacional, qualquer que seja o lado das guerras em que se encontrem - é a única forma de impedir o mergulho na barbárie que os nossos governantes estão a preparar para nós e que pagaremos, e já estamos a pagar, com o nosso suor e sangue.

As TIC e o IGCL apoiam internacionalistas que formam grupos locais "No War But the Class War" (“Não à Guerra a não ser a Guerra de Classes”) para intervir na luta de classes, expondo a ligação entre os ataques às nossas condições de vida e de trabalho e a vontade de fazer guerra. Participe. Nós dizemos: Nenhuma outra guerra senão a guerra de classes!

Para informações: NWBCW Montreal Committee

NWBCWmontreal@gmail.com                                                              


Fonte: Les travailleurs n’ont pas de patrie : Combattons la guerre par l’unité de classe et la lutte de classe ! – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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