17 de Agosto de 2024 Robert Bibeau
Por
Dmitry Orlov − 10 Agosto de 2024 − Source Club Orlov
Quando
o mundo inteiro estava a começar a esquecer alegremente a existência do
miserável Estado falhado anteriormente conhecido como Ucrânia, este lembrou-nos
da sua existência ao atacar a região de Kursk, na Rússia, com a qual faz
fronteira. Mais de um milhar de soldados ucranianos, muitos deles provenientes
de formações nazis testadas em combate e muitos deles retirados de partes da actual
frente de 1 000 km, ao longo da qual o lado ucraniano está agora a recuar
metodicamente, foram equipados com os restantes tanques e artilharia,
fornecidos na sua maioria pelo Ocidente nesta fase, e receberam ordens para
atacar uma parte do território russo, fracamente defendida e anteriormente pacífica,
num ataque de estilo terrorista. Foram também detectados alguns mercenários
polacos e franceses e alguns conhecidos assassinos georgianos.
Nos dois dias que se
seguiram, perderam a maior parte dos seus blindados e artilharia, bem como um
bom terço dos seus homens, as suas rotas de reabastecimento foram cortadas e
estão agora bloqueadas e à beira de serem destruídas por novas tropas russas
que foram levadas para a fronteira ucraniana. Mas o exército ucraniano perde actualmente
cerca de 2.000 homens por dia, muitas vezes devido a bombardeamentos de
precisão (as bombas da força aérea russa, um grande número das quais foram
armazenadas nos tempos soviéticos, foram recentemente equipadas com asas curtas
e sistemas de orientação de precisão), pelo que o fiasco de Kursk é um mero
incidente nas estatísticas. Por outro lado, retirar os nazis da frente
existente é susceptível de a fazer desmoronar ainda mais rapidamente.
A partir desta manhã, a Rússia introduziu um regime de excepção anti-terrorista em Kursk e em duas regiões vizinhas, o que permitirá às autoridades prescindir de certas subtilezas jurídicas para lidar com a incursão. Embora os danos causados por estes ataques tenham sido bastante limitados, a televisão estatal russa produziu relatórios pormenorizados e condenatórios sobre o assunto.
Em particular, um correspondente militar muito respeitado, Yevgeny Poddubny, sofreu queimaduras graves quando um drone kamikaze ucraniano atingiu o carro que conduzia (os operadores de drones ucranianos visam especificamente os jornalistas). Vários milhares de civis tiveram de ser evacuados das regiões fronteiriças (os ucranianos dispararam contra eles quando fugiam), estão a receber ajuda e a ser abrigados noutros locais. Muitos tiveram de deixar para trás os seus animais de estimação e gado - um aspecto que parece ter irritado mais os telespectadores russos do que qualquer outra coisa.
Embora pareça demasiado cedo para dizer qual será o resultado final da incursão de Kursk, por analogia com a incursão de Belgorod, que teve lugar há algum tempo e levou à criação de uma zona tampão do outro lado da fronteira, na região de Kharkov, somos levados a crer que a região de Sumy sofrerá o mesmo destino: Os russos vão organizar uma faixa generosa de território inimigo, completamente despovoada, maciçamente minada e cuidadosamente vigiada para detectar qualquer sinal de actividade humana e evitar novas incursões.
Dmitri Orlov
Fonte: Pourquoi les Ukrainiens ont-ils attaqué Koursk ? – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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