A HISTÓRIA ESTÁ ESCRITA NO PRESENTE...
É a escravatura, uma prática que remonta a milhares de anos, que é um crime contra a humanidade e querer tratar as consequências, ou seja, o tráfico de escravos negros líbios, sem erradicar as causas, será totalmente ineficaz e não passará de mais uma operação de fumo e espelhos.
Também vale a pena ouvir o ponto de vista de Kemi Seba, que em apenas 5 minutos disse tudo, denunciando: "a cobardia dos nossos chefes de Estado africanos, a negrofobia do mundo árabe, a hipocrisia das nações ocidentais, os verdadeiros incendiários deste planeta". A mobilização contra a escravatura na Líbia continua. No sábado, foi a vez da capital belga ver uma enorme multidão reunir-se em frente ao Palácio da Justiça para protestar contra as práticas de escravatura na Líbia. Avic da YT International Video Network de Kemi Seba ► https://www.youtube.com/watch?time_continue=271&v=ZUoES3-eCMs
E pode ver este vídeo do programa Africa24 em que intervém Patrick Mbeko, cientista geopolítico e
escritor do seu livro Patrick Mbeko: Objectivo Kadhafi ► Objetivo Kadhafi, 42 anos de guerras secretas contra o
Líder da Jamahira Árabe Líbia
Patrick Mbeko, neste vídeo, afirma,
com razão, que a indignação geral é perfeitamente hipócrita porque não só o
fenómeno é bem conhecido, como veremos mais adiante, como sob Kadhafi foi
perfeitamente controlado. Recorda, de passagem, que desde 2011 que o problema
dos soldados negros líbios denunciados pela NATO como pró-Kadhafi tinham sido
alvo de tortura, abusos e tráfico de seres humanos.
O que ninguém desconhecia; O
FIGARO DE 05/09/2011 REPORTAGEM – Suspeitos de serem antigos
mercenários de Kadhafi, muitos imigrantes subsarianos estão a ser visados. A
caça a Kadhafi transforma-se frequentemente numa caça aos negros. Dos cerca de
sessenta detidos nas celas da esquadra de Furnaj, a leste de Tripoli, quarenta
são negros de origem africana. "Kadhafi trouxe mercenários de toda a
África negra, a quem deu a nacionalidade líbia", explica Fathi, um
engenheiro de construção civil que desempenha as funções de comissário auxiliar
temporário. "Vejam, aqui estão os cartões que encontrámos nos
prisioneiros!" Fonte Le Figaro de
05/09/2011
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Vejamos
a Líbia antes da
CRIMINOSA intervenção da NATO liderada pela França de Sarkozy e a Grã-Bretanha e o que se tornou desde então: Um vórtice
de entropia ao serviço do caos da NOM... E, para compreender o drama líbio, é
preciso voltar à sua origem: a sociedade líbia, que emergiu do "Livro
Verde" de Kadhafi. É preciso relacioná-la, não idealizá-la, mas Kadhafi
teve o mérito de abrir o caminho, embora haja margem para melhorias, claro.
Neste Livro Verde, eis o que ele diz, entre outras coisas, logo no início, em "Poder para o Povo": "Nos regimes políticos ditos democráticos, instala-se uma ditadura sob aparências democráticas. Esta é a verdade sobre os regimes políticos que dominam o mundo atual. A sua falsificação da verdadeira democracia é clara: são regimes ditatoriais." ... "Mas a verdadeira democracia só pode ser estabelecida pela participação do próprio povo e não pela actividade de substitutos (...) É direito do povo proclamar um novo princípio: nenhum substituto para o poder do povo!" ... "É evidente que a representação do povo é uma farsa!” Depois, a seguir, nos outros partidos: "O partido político é a ditadura contemporânea. Hoje é o mais recente aparelho ditatorial...". Diz também e prova-o com o "caso do financiamento da campanha presidencial de Sarkozy" em 2006/2007: "Além disso, os partidos podem ser comprados ou corrompidos a partir de dentro e de fora". Sobre o marxismo e os partidos comunistas, diz o seguinte no Livro Verde: "O partido constituído em nome de uma classe transforma-se automaticamente num substituto dessa classe, uma transformação espontânea que continua até se tornar o herdeiro do inimigo de classe da sua própria classe." "Os congressos populares são o único meio de democracia popular. Qualquer outro sistema é uma forma antidemocrática de governo.... O poder popular só tem uma face, e o poder popular só pode ser realizado de uma forma: através de congressos e comités populares"... "A solução final para o problema do trabalho assalariado é aboli-lo, libertando o Homem da escravidão em que o mantém. É preciso voltar à lei natural que organizou as relações humanas muito antes do aparecimento das classes, dos governos e da legislação positivista. A lei natural é o critério, a referência e a única fonte das relações humanas. Ela deu origem a um socialismo natural baseado na igualdade dos factores de produção e assegurou a repartição mais ou menos equitativa dos produtos da natureza entre os indivíduos"... "Para assegurar a sua felicidade, o homem deve ser livre e só pode sê-lo sendo senhor das suas necessidades. Aquele que é senhor das necessidades de outrem dita-lhe a sua lei, explora-o e pode reduzi-lo à escravatura, apesar de qualquer legislação que o proíba." NÃO É ESTE O CERNE DA QUESTÃO? "O proprietário dispõe da tua liberdade e priva-te da tua felicidade.
Estes princípios tinham sido postos em prática na Jamariya líbia e foi isso que a NATO destruiu por necessidade geopolítica e para eliminar o potencial emancipatório do continente africano. Nem tudo era perfeito, longe disso, e o próprio Kadhafi tinha tido uma carreira caótica, mas a Líbia tinha-se tornado o país mais justo do continente africano e financeiramente independente, o pior de todos para a oligarquia.
A destruição desta estrutura pela violência extrema da intervenção externa mergulhou o país de novo numa guerra comunitária alimentada e dirigida pelo Ocidente. O facto de a escravatura ter ressurgido não é de modo algum surpreendente: ela é o símbolo, juntamente com o trabalho assalariado como substituto de uma ditadura moderada, do antagonismo social que tem de ser abandonado em favor da complementaridade, a única fonte universal de união para a fluidez de um movimento social.► MANIFESTO PARA AS SOCIEDADES DA SOCIEDADE
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Sabemos pela pesquisa do
Dr. A. Ezzat que o Profeta do Islão e a maioria dos seus
primeiros companheiros, conhecidos em árabe como Sahabah, possuíam escravos. A
escravidão era uma tradição autêntica na antiga Arábia que floresceu durante
séculos muito depois da morte do profeta Maomé. O que o Islão fez foi
institucionalizar a escravidão em vez de aboli-la completamente, o que não era
esperado da última das religiões "abraâmicas". [...] Na verdade, os
árabes, especialmente os judeus árabes, foram os primeiros comerciantes de
escravos na história da humanidade. Muito antes dos portugueses e espanhóis, os
árabes tinham sido pioneiros no comércio de escravos da África Oriental e
Central. Os árabes vendiam africanos como escravos na antiga Arábia e também os
traficavam para a Pérsia, Índia, África Oriental e Setentrional e para a Grécia
Ocidental. Foi o tráfico de escravos árabes que inaugurou o tráfico de
escravos europeu no século XVIII. Fonte ► https://queonossosilencionaomateinocentes.blogspot.com/2023/07/analise-do-dr-ashraf-ezzat-sobre.html
Mas se Ezzat menciona o facto de tudo isto ter
tido origem na antiga Arábia/Iémen, poderia ser mais explícito quanto à
escravatura actual em questão, que não é essencialmente de base religiosa, se o
é no que diz respeito ao Islão, a origem é a mesma: a seita wahhabi
(qualificada de herética pelos seus pares muçulmanos) na Península Arábica,
aliada de facto e historicamente, como demonstrou Ezzat, ao judaísmo e, mais
tarde, ao sionismo - e por que razão não o dizem agora? Esta é a mesma seita
que foi cooptada para fins geopolíticos pelo Império Britânico e depois pelo
Império Anglo-Americano (que assumiu uma componente sionista no processo)
quando o Império Otomano se desmembrou em 1917 e posteriormente. Não deixa de
ser notável o facto de, em 1917, se ter assistido à declaração de Balfour e
que, ao mesmo tempo, entre 1916 e 1918, um oficial de inteligência britânico
Thomas E. Lawrence, conhecido como "Lawrence da Arábia", liderou uma grande revolta árabe contra os
turcos, em benefício do Império Britânico, que continuou a instrumentalizar os
reis que eles colocaram no poder na península. O petróleo a isso obriga... A
City de Londres em acção... E ainda é assim nos dias de hoje ► O Império
Anglo-Americano-Cristosionista abre as apostas no Médio Oriente
Ezzat devia continuar a ligar os
pontos... Ele fica aquém, por muito pertinente que seja a sua análise, não deve
generalizar, aquilo a que se refere é também muito específico de uma determinada
seita e de uma determinada casta social, sempre a mesma. É preciso que
isto fique claro para evitar a confusão que é tão fácil hoje em dia.
Dito isto, todas as religiões e todos os Estados são inerentemente esclavagistas, e é justo dizer que a abolição da escravatura, tal como todos os grandes êxitos políticos e sociais, teve sempre origem em movimentos populares laicos.
Alguns estão bem posicionados, como eu, devido à minha acção de desbaptismo em recusa da doutrina cristã da descoberta [recusei o meu certificado de baptismo, uma vez que a Igreja Católica Romana se recusa a apagar os nossos nomes dos registos baptismais, em recusa da doutrina cristã da descoberta. Ficheiro completo AQUI], para saber que a Igreja Católica Romana e o seu líder de saia emitiram decretos (bulas) para a "escravidão perpétua" de "pagãos, sarracenos e outros inimigos de Cristo"... E se o protestantismo, tal como o judaísmo, fossem esclavagistas;
É uma constante religiosa e estatista. Note-se, no entanto, que nem os
celtas nem os antigos alemães praticavam a escravidão. Nem os ameríndios, excepto
as sociedades divididas e estatistas, como os incas, astecas e maias!
Isto porque nenhuma religião, ou fé,
queria proibir ou abolir a escravatura e só uma luta contínua e exclusivamente
secular levou à abolição da escravatura por lei. Que é necessário propor
um novo paradigma rompendo
com pressupostos racistas e eugenistas que sempre prevalecem de que o homem que não é branco é inferior e como Jules Ferry afirmara em França em 1885,
que as raças superiores
têm direito em relação às raças inferiores.
É a partir do momento em que decidimos,
juntos, estabelecer uma sociedade orgânica o mais igualitária possível, fora do
Estado e das suas instituições, uma vez que é esclavagista por natureza, e em
conexão com os povos indígenas de
todos os continentes, que esses pressupostos desaparecerão por si mesmos.
Este é o princípio fundador de um novo paradigma SEM DEUSES NEM SENHORES –
SEM ARMAS, ódio ou violência.
Então, como podemos acreditar que um Macron, um Trump ou mesmo um Trudeau liderarão concertações para declarar a
escravidão na Líbia um crime contra a humanidade?
Emmanuel Macron descreveu esta
quarta-feira como um "crime contra a humanidade" a venda de migrantes africanos como
escravos na Líbia, revelado pelo canal norte-americano CNN. Este tráfico
"alimenta os crimes mais graves" e as "redes terroristas".
"Gera 30 mil milhões de euros por ano, infelizmente afecta 2,5 milhões de
pessoas – e 80% das vítimas são mulheres e crianças", disse. O chefe de
Estado confirmou o anúncio feito pouco antes pelo chefe da diplomacia,
Jean-Yves Le Drian, de que a França estava a tomar a "iniciativa no
Conselho de Segurança" da ONU ao solicitar uma reunião sobre este assunto.
Fonte BFM TWC
ONU =
Nações Unidas;
Acha que a ONU está habilitada a tratar deste assunto? Isso significaria que
teria de julgar os seus próprios pares (Pais Fundadores) por terem praticado a
escravatura e por terem tido Potus que possuíam escravos; Jefferson, Washington...
Os americanos são o único povo, com excepção dos bóeres, que, de que há memória viva, exterminou totalmente a população indígena da terra onde se instalou". Frantz Fanon
Fanon acrescenta, numa nota de rodapé do seu livro "Pele Negra, Máscaras Brancas", de onde e sobre o qual é retirada esta citação: "De passagem, assinalemos que as Caraíbas sofreram o mesmo destino às mãos dos aventureiros espanhóis e franceses".
Pedir à ONU que investigue ou mesmo julgue a escravatura na Líbia como um crime contra a humanidade não pode ter qualquer valor e, tendo em conta a sua incompetência, querer julgar crimes cometidos em escolas residenciais para índios em toda a ilha da Grande Tartaruga desde 1820 de forma documentada até 1980 nos EUA e 1996 no Canadá com o único pressuposto de "matar o nativo/aborígene para salvar o homem branco".
Os responsáveis por estes crimes contra a humanidade
estão ao leme...
Fonte: ESCLAVAGE EN LIBYE UN CRIME CONTRE L’HUMANITÉ? – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para
Língua Portuguesa por Luis Júdice
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