13 de Maio de
2023 Robert Bibeau
Acabámos de regressar de uma viagem de estudo à Síria, a convite de Adnan Azzam, escritor e presidente do Movimento Internacional para a Soberania dos Povos.
Fomos a Damasco, Alepo, Suwyda e pudemos constatar as consequências desastrosas do embargo imposto à República Árabe da Síria pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A continuação da guerra no plano económico está condenada ao fracasso, porque o povo sírio, longe de se resignar, permanecerá fiel às suas tradições, à sua cultura e à sua liberdade.
Mas as condições de
vida do povo sírio, devido aos efeitos devastadores do embargo e às
consequências do recente terramoto no norte do país, estão a tornar-se cada vez
mais difíceis. Os bebés e as crianças são as primeiras vítimas das sanções
económicas.
A falta de
medicamentos, de alimentos, de bens de primeira necessidade, de electricidade e
de aquecimento é o destino diário do povo sírio. Vimos que, em Alepo, as
condições de vida dos habitantes são muito difíceis. O recente terramoto só
veio agravar a situação.
- Será que temos o direito de deixar que esta situação intolerável continue sem pestanejar?
- Será que temos o
direito de olhar para o outro lado sem nos questionarmos?
- Será que temos o
direito de não nos manifestarmos contra esta perseguição que já dura há mais de
10 anos?
- Temos o direito de
não apelar aos nossos dirigentes para que ponham termo a estas mortes
desnecessárias?
Se, oficialmente, as
sanções americanas e europeias não dizem respeito à ajuda humanitária, as suas
consequências são, no entanto, dramáticas, porque nenhum banco ou empresa se
atreve a exportar equipamento para hospitais ou medicamentos para a Síria por receio
das sanções dos Estados Unidos. Os Estados Unidos praticam a
extraterritorialidade legal, que penaliza fortemente todas as relações com os
Estados objecto de embargo. Por fim, esta situação comporta também o risco -
conhecido e calculado pelos promotores do embargo - de criar distúrbios civis
de gravidade variável.
80% dos sírios vivem abaixo do limiar da pobreza. Os preços dos géneros alimentícios aumentaram 133%. O que está a acontecer em solo sírio é um crime contra a humanidade.
Este desrespeito
intolerável pela vida humana tem de acabar imediatamente. A França, o país dos
direitos humanos, deve demonstrar a sua vocação e afirmar os seus valores
humanistas.
Exigimos solenemente o
fim imediato do embargo que está a matar de fome o povo sírio. As mortes e os
sofrimentos inúteis de bebés e crianças devem cessar IMEDIATAMENTE e
IMPERATIVAMENTE.
Signatários deste texto:
Sr. Adnan Azzam. Presidente do
Movimento Internacional pela Soberania dos Povos.
Membros:
General Dominique Delawarde
Capitão Pierre L.Plas
Sr. Alexandre Garacotche
Mrs Halima Merabet
Sra. Dominique
Mouillard
Sr. Ignace Lovel
Sr. Aïssa
Sra. Geneviève
Squifflet
Sr. Claude Janvier
Sr. Philippe Cuttat
Contacto: mispdanslemonde@proton.me
A fonte original deste artigo é Mondialisation.ca
Copyright © Collectif, Mondialisation.ca, 2023
Fonte: Stop à l’embargo mortel en Syrie! – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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