14 de Maio de 2023 Robert Bibeau
POR ANTOANETA ROUSSI. Sobre o chefe da
indústria da UE: Precisamos entrar em "modo de economia de guerra" –
POLITICO
Os Estados Unidos estão a retirar-se gradualmente do pântano ucraniano, onde não têm nada a ganhar. Os vassalos europeus a quem foi entregue a "batata quente" e o fardo financeiro desta guerra perdida fazem-se passar por soldados europeus "soberanistas" da "paz" no coração da ratoeira ucraniana. O proletariado europeu não tem senão desprezo por esta agiotagem bélica que em breve será chamada a desempenhar o papel de carne para canhão. Não à guerra imperialista! Sim à guerra de classes contra os fantoches políticos e os seus Estados ricos!
A União Europeia "tem agora de entrar em modo de economia de guerra", disse o seu chefe da política de defesa na quinta-feira, numa altura em que a guerra na Ucrânia obriga a Europa a reforçar as suas indústrias de segurança e defesa.
O Comissário
para o Mercado Interno, Thierry Breton, prometeu aos
participantes na cimeira da defesa da
UE mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz para continuar a reabastecer
as reservas dos países membros após o envio de armas para a Ucrânia.
"A recente guerra de agressão contra a Ucrânia alterou radicalmente o ambiente de segurança na Europa", afirmou Breton por videoconferência. Acrescentou que a Comissão Europeia está disposta a acelerar os procedimentos de adjudicação de contratos públicos, a eliminar os obstáculos à transferência de munições no mercado único e a eliminar "todos os obstáculos regulamentares" em matéria de tempo de trabalho.
Talvez gostasse da zona crepuscular da Rússia, onde a vida em tempos de guerra é quase normal
O Comissário francês reiterou o seu apelo para que a Europa aumente a sua capacidade de produção para 1 milhão de cartuchos por ano no prazo de um ano, no âmbito de um projecto de lei sobre a produção de defesa denominado "Lei de Apoio à Produção de Munições" (ASAP).
Na semana passada, a Comissão aprovou planos
para aumentar a capacidade de produção de munições da UE através da injecção de
500 milhões de euros de fundos da UE nas fábricas de cartuchos europeias para
impulsionar o fabrico de armas, a que se juntam cerca de 500 milhões de euros
de co-financiamento dos Estados-Membros e de outras fontes.
Micael Johansson, director executivo da empresa aeroespacial e de defesa
sueca Saab, afirmou que o objectivo de 1 milhão de munições era realista e que
a Saab poderia fornecer 400 000
munições a partir da sua fábrica sueca.
"Podemos actuar
amanhã, se a Comissão decidir quem vai comprar" as munições, afirmou.
"O Banco Europeu de Investimento também tem de se organizar e começar a
apoiar o sector da defesa."
Johansson afirmou que a Europa é "demasiado dependente" dos EUA e
que precisa de aumentar as suas capacidades soberanas: "Se actualmente
somos 70-30 dependentes dos EUA, precisamos de passar para 30-70 em termos de
capacidades soberanas".
A partir de agora, os países membros vão
começar a gastar 70 mil milhões de euros nos próximos três anos para aumentar
as suas capacidades de defesa, disse Josep Borrell, chefe dos negócios
estrangeiros da UE, aos participantes na cimeira.
"Não era fã do Presidente [Donald] Trump, mas acho que ele tinha razão
numa coisa: os europeus não estão a partilhar a sua parte do fardo" nas
despesas de defesa da NATO, declarou Borrell.
Fonte: Sans vergogne le Grand capital appel à « l’économie de guerre » en Europe – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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