RENÉ — Este texto é publicado em parceria com a www.madaniya.info.
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Este artigo é publicado por ocasião do Dia Internacional dos Direitos da
Mulher.
Em homenagem à Mulher, metade da Humanidade, que não tem cessado, século após século, de dar a vida, quando o seu equivalente masculino tem dado a morte há milénios com as sucessivas guerras desencadeadas nos quatro cantos do planeta.
Um terço das mulheres árabes sofreu
assédio sexual no local de trabalho, em comparação com 1/6 dos homens
Quarenta por cento (40%) das mulheres jornalistas de 20 países árabes foram
vítimas de assédio e apenas metade, ou seja, 20%, decidiram denunciá-lo
publicamente.
O jornal libanês Al Akhbar publicou estas estatísticas em 2 de Fevereiro de 2022, com base num extenso inquérito realizado por uma equipa de mulheres do jornal em colaboração com a City University of London e o International Press Institute, uma organização da UNESCO.
Participaram no inquérito 526 jornalistas do Líbano, da Jordânia, do Egipto e da Palestina, bem como jornalistas da Rússia, da África do Sul, do Sudeste Asiático e da América Latina.
A taxa mais baixa de participação registou-se no mundo árabe:
§ 59% sofreram assédio verbal.
§ 19% assédio físico
§ 15% relataram esse comportamento ao supervisor.
§ 48% dos meios de comunicação tomaram medidas nesse
sentido.
§ Participaram na pesquisa 85 directores de media, sendo
51 mulheres.
§ 27% consideram o assédio um problema real;
§ e 43% delas foram expostas ao assédio.
As mulheres são as que mais sofrem assédio, tanto na imprensa quanto no seu dia a dia.
O inquérito tinha um objectivo específico: sensibilizar os meios de
comunicação social para este fenómeno, a fim de formar os leitores e amplificar
os esforços colectivos para desenvolver mecanismos de luta contra o assédio
sexual e favorecer a emergência de uma revolução moral.
Para o falante de árabe, anexa-se o link
O Líbano, que viveu duas guerras civis (1958 e 1975-1990), e 49 outros países, em cooperação com as Nações Unidas, assinaram uma declaração para acabar com a violência sexual em conflitos na conferência internacional "Prevenir a violência sexual em conflitos", realizada em 28 e 29 de Novembro de 2022 no Reino Unido.
Os países que participaram na cimeira comprometeram-se, por conseguinte, a
tomar as medidas necessárias para combater a desigualdade de género e a
estigmatização das vítimas, bem como a garantir a existência de leis nacionais
para processar os autores de tal violência.
Para ir mais longe no mesmo tema, veja estes links
§ https://www.madaniya.info/2016/02/24/le-hit-parade-des-lupanars-du-monde-arabe/
§ https://www.madaniya.info/2018/02/12/monde-arabe-generation-perdue-de-violence/
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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