sábado, 6 de julho de 2024

EU SOU UM INTELECTUAL (por Paul Laurendeau)

 


 Julho 6, 2024  Ysengrimus 

O intelectual é um criado de patins no drive-in crepuscular da nossa Weltanschauungs em mutação....

YSENGRIMUS — O "eu" do título deste livro não deve induzir em erro. Não se trata de um exercício autobiográfico egocêntrico. Trata-se, antes, do que eu (ou outra pessoa...) faço como intelectual enquanto intelectual. Falando tanto em deve ser como em tem de ser, a conversa propõe um pequeno organon do intelectual, sob a forma de uma deontologia portátil. A acompanhar-me neste exercício intelectivo, descritivo e crítico, está um intelectual de outrora, desvanecido mas ainda verde, um certo Paul Valery (1871-1945). A sua definição de intelectual abre o cenário na introdução. A obra aborda quatro grandes temas.

 A INTELECTUALIZAÇÃO. A relação implícita que os intelectuais estabelecem com os seus conhecimentos e as suas crenças estabiliza-se, perdura, existe e é ponderada no seu interior. É assim desde os tempos e espaços longínquos do antigo universo mental semi-consciente dos sonhos nocturnos.

 FORMULAÇÃO. O intelectual equilibra os seus conhecimentos e as suas crenças organizando-os numa conceptualização que recorre ao conhecimento directo e indirecto, à abstracção intermédia e à racionalidade ordinária. O raciocínio hipotético-dedutivo e o raciocínio lógico-dedutivo implicam uma coordenação íntima do pensamento verbal e da linguagem.

 CONFRONTAR. Os intelectuais confrontam-se entre si. Frequentemente animada, a troca de ideias é menos um combate pugilístico entre pessoas eminentes do que a manifestação interactiva profunda e crucial das grandes contradições internas, factualmente inerentes às realidades naturais e históricas.

 DISSOLVER-SE. O intelectual persiste. Não se nega a si próprio. Mas o tempo voa e o nosso carácter cresce em estatura. Ele passa a apreciar o que é velho e o que dura. Insolúvel na fidelidade às suas lealdades, mas quebradiço pela fragilidade inerente a todas as coisas, acabará por se dissolver, parcial ou totalmente, na torrente da História.

ÍNDICE DETALHADO 

EU SOU UM INTELECTUAL. Trata-se do que eu (ou outra pessoa...) faço como intelectual na minha qualidade de intelectual. Falando tanto em deve ser como em tem de ser, a conversa propõe um pequeno organon do intelectual, sob a forma de uma deontologia portátil. A acompanhar-me neste exercício intelectual, descritivo e crítico está um certo intelectual de outrora, envelhecido mas ainda verde, um certo Paul Valery (1871-1945). A sua definição de intelectual abre caminho, à guisa de introdução.

INTELECTUALIZAR. A relação implícita que os intelectuais estabelecem com os seus conhecimentos e as suas crenças estabiliza-se, perdura, existe e pesa neles. É assim desde os tempos e espaços longínquos do antigo universo mental semi-consciente dos sonhos noturnos.

Acreditar. O impacto das crenças antigas. Nutrição versus sono. Prioridade da crença. O sono metabólico e o sono REM. O sono REM é importante para o descanso. É preciso dormir bem, tal como é preciso comer bem. O álcool, a canábis e o sono. Sonhar é acreditar. Sobre os sonhos. Matar-se como sonhador. A crença e os sonhos. O idealismo subjectivo de Berkeley. A função processual dos sonhos. O sono REM não é só para os bebés, é também para os reformados. O sono do camarada... O sonho é individual, a crença é colectiva. Crença e conformismo. Dúvida metódica. Património intelectual e património material. Crenças sobre o passado. Crenças sobre o presente. Crenças sobre o futuro, sobre a hipótese. Contra o pessimismo. Ponderação das crenças. O intelectual é um céptico táctico. Sobre o sabonete Banquise, as crenças que suscitou no seu tempo e as resistências intelectuais e materiais que as nossas avós encontraram. O sabão e o conhecimento. O intelectual desafia as crenças. Criticar um assunto não significa necessariamente dominá-lo. Para harmonizar o encontro entre crença e conhecimento.                              

O conhecimento. Nós sabemos. O espelho deformador do conhecimento continua a ser um espelho. Para a tese da reflexão. O saber vem da praxis. O filósofo não é mais conhecedor do que o seu cozinheiro. Os constrangimentos maiêuticos do filósofo sobre o conhecimento. O meharista cujo camelo encontrou os oásis. O conhecimento nasce das perguntas e não das respostas. De onde vêm as novas ideias? De onde vem a ficção? As novas ideias não nascem de um mundo ideal. O descobridor individual é determinado pelo seu aparelho intelectual colectivo. A visão do materialismo histórico sobre a génese do conhecimento. A incompreensão social das ideias novas. A polarização do colectivo face às novas ideias. Verdadeiras e falsas novidades. O agnosticismo de Kant. Demonstrar versus mostrar. O mundo é infinito ou finito? Hegel versus Kant. Saber que não se sabe, isso é saber. O princípio da barata do conhecimento. O agnosticismo filosófico é uma rendição do conhecimento. Sobre a descoberta da água morna. Sobre a abstracção intermédia. Contra o mito cartesiano e spinoziano da clareza. Um pequeno exemplo matemático da crise da clareza. A realidade é complexa e muitas vezes aleatória. Era uma vez um rei desconfiado que tinha dois filhos imprevisíveis. Antecipar o inesperado. Conhecer é aprender. Arqueologia e filologia. Encontrar Troia. Não encontrar Sodoma e Gomorra. A hipótese e o regresso à praxis da hipótese. Conhecer é viver. O conhecimento como emergência histórica.

FORMULAR. O intelectual pondera os seus conhecimentos e crenças organizando-os numa conceptualização que mobiliza o conhecimento directo e indirecto, a abstracção intermédia e a racionalidade ordinária. O raciocínio hipotético-dedutivo e o raciocínio lógico-dedutivo implicam uma coordenação íntima do pensamento verbal e da linguagem.

Conceptualizar. O intelectual conceptualiza. Produzir uma generalização. A conceptualização é um órgão. A experiência. O conhecimento directo. A praxis como prioridade filosófica. O conhecimento provém das sensações. Prioridade ao conhecimento empírico. Lenine sobre o vidro. O conhecimento concreto é selectivo. Da pragmática. O intelectual e o manual nem sempre coincidem. Crer para compreender. O mundo do conhecimento directo é um artefacto de classe. Brecht e um dos seus actores que faz de varredor de rua. O conhecimento indirecto. O dogma escolástico. Um escolástico quis um dia saber se a superfície da lua era lisa ou rugosa. A primazia do experimental sobre o escolástico. Galileu e os que pensavam como ele. A durabilidade pós-escolástica do conhecimento indirecto. O conhecimento livresco. Contra o culto do livro. Os três tipos de conhecimento livresco. A informação factual. Informação confirmada. Novas informações. Argumento de autoridade. É muito difícil mudar de opinião. Conhecimento indirecto e conceptualização. Doctus cum libro. O conhecimento indirecto nem sempre é fiável. Raciocínio. O intelectual é muito mais do que um compilador de conhecimentos. Toda a gente é um intelectual. O raciocínio hipotético-dedutivo e a necessidade de levar à acção. Encontro as minhas chaves no inverno como Schliemann encontrou Troia. O raciocínio lógico-dedutivo e as virtudes explicativas necessárias, mas limitadas, que gera. Hipóteses e debates sobre a morte de Napoleão. A indução. A inteligência artificial na história da tecnologia Os riscos do raciocínio. Os encantos do raciocínio. Os juízos de valor a priori. O alarmismo. Já não se pode falar de nada. Os meus comentários sobre um pequeno partido de direita do Quebeque que me fizeram parecer o seu promotor. Já não pensamos, julgamos. Por tomar um partido fundamentado. Contra a falsa neutralidade positivista. É preciso raciocinar correctamente.

Verbalizar. Os limites da linguagem. Demasiada linguagem. O desejo de substituir a linguagem por formas gestuais ou aéreas. Abstracção e linguagem intermédias. Demasiada linguagem. A fixação da linguagem. O mito do límpido e a negligência da riqueza do vago. Mitologia das linguagens artificiais. Posso falar-vos de uma chave de fendas. Se vos falar de uma ferramenta, será diferente. Não há abstracção intermédia sem linguagem. Raciocínio e linguagem. Debates semânticos. Os conflitos de terminologia são sempre debates de ideias. O politicamente correcto e o termo que o designa. Evitar a palavra para fixar melhor a coisa. Verbalizar um conceito enriquece-o. Tomar partido e verbalizar. Os intelectuais que dizem eu. O eu é outro e não é realmente eu. O ego é qualquer coisa. Eu sou um intelectual, mas não sou o único. É preciso falar do que se conceptualiza. Contra o jargão do intelectual. Não imitar verbalmente as disciplinas especializadas. Verbalizar significa também impor a sua autoridade. Já não me curvo perante a leviandade dominante. Pedantismo, como acção do falinhas mansas. O pedantismo é a acção do falso erudito. O pedantismo, o bonitinho e a falta de jeito da autoridade do intelectual. Psitacismo. A insegurança linguística. Meditemos sobre o comportamento verbal do sub-oficial Claudius Bouilleurdecrus. Manter uma linguagem simples e compreensível. Evitar o efeito de conivência, que é demasiado alusivo. Evitar o discurso didático, que é demasiado explícito. Ouvir os grandes intelectuais falar em vídeo, tal como um músico ouve os grandes virtuosos tocar. Impor verbalmente as suas prioridades. O intelectual no púlpito e o intelectual no bar. A instauração progressiva da autoridade da palavra intelectual. Cuidado com as autoridades que gritam. Escrevamos no nosso vernáculo e não numa língua imperial. Não há autoridade linguística ou gramatical. O que conta são as coisas que dizemos. Efeitos da submissão e do conformismo verbal. Em tempos, muitas figuras históricas menores foram sempre corrigidas verbalmente pelas autoridades do seu tempo. Censura. Quando o debate começa.

CONFRONTAR. O intelectual confronta-se com os seus pares. Frequentemente animada, a troca de ideias é menos um combate pugilístico entre pessoas eminentes do que a manifestação interactiva profunda e crucial das grandes contradições internas, factualmente inerentes às realidades naturais e históricas.

Debate. O debate intelectual como negociação. O insulto como expediente. O ataque ad personam. Anda a beber e a consumir cannabis. Anda com más companhias intelectuais. Mussolini e a ideia de que queria que os comboios chegassem a horas. De Le Pen e dos plutocratas. Há que avaliar a ideia como uma ideia. O ataque ad hominem. É um falacioso e um sofista. Quer tagarelar o complexo e o simples ao mesmo tempo. Contradiz-se a si próprio. Uma contradição periférica desacredita-o completamente. Esta querida contradição como instrumento de descrédito. O ataque ad rem. Ir ao cerne do debate. Mais uma vez sobre o infinito e o finito. De novo sobre o saber e o não saber. De volta a Kant e Hegel. Problemas ontológicos e problemas gnoseológicos. Temos de lutar ad rem. O conhecimento funciona colectivamente. A tensão entre perguntas e respostas. Disciplinas contemplativas e disciplinas normativas. Disciplinas da pergunta e disciplinas da resposta. O ensino como tensão entre o contemplativo e o normativo. Filosofia versus pedagogia. A contribuição da pergunta, a contribuição da resposta e o truque pedagógico.Debate de doutrinas e luta de classes. Debate doutrinário e luta de classes. A doutrina intelectual como um negócio lucrativo. A luta entre a esquerda e a direita. Compreender o adversário tomando de empréstimo os seus quadros metodológicos. O conservadorismo é um sintoma social. A esquerda condescendente não educa a direita rude. O preconceito intelectual de classe. A música. Música não é canção. Separar a canção, a dança e o cinema da música. A ausência de emoção na música. A música não significa nada. Música versus efeitos sonoros. A música figurativa existe apenas de forma anedótica. A música como uma forma de arte sensorial. As reminiscências sociais na música. A música é livre de semântica. Paul Valéry sobre a música e a falta de impacto do seu argumento de autoridade. Este desenvolvimento imparável sobre a música não o convencerá, no entanto. É muito difícil mudar de opinião. As ideias recebidas prevalecem muitas vezes. As ideias novas vêm do mundo. Vamos discutir.

Negar. É preciso negar. Do Diccionário de Ideias Recebidas. Negar o conformismo dominante. O mundo não é o que parece. Negar para purificar o conhecimento. Contra o snobismo negacionista. Negar não abstractamente, mas concretamente. Para discutir algo. Publicidade e propaganda. Negar não é recusar o debate. A existência abstracta do poder deve ser negada. A atitude dos "grognards" de Bonaparte. A determinação é a negação. Quando nega, o intelectual está sozinho. Mas não é bem assim... porque o seu segmento sociológico também lá está. A negação do conformismo dominante cria conflitos. A exactidão de uma ideia raramente é a sua conformidade. Inovar é negar. Da dimensão criativa de um certo conformismo. A invenção do cinema. A fórmula dos irmãos Lumière. A fórmula de Thomas Edison. Edison negou-a, mas perdeu a curto prazo. Os irmãos Lumière não a negaram, mas perderam a longo prazo. A ampliação contemporânea da fórmula de Edison. Rumo a um novo paradigma. A força de negação nem sempre é progressiva. Os transportes públicos. Comboio versus automóvel. Sobre a autonomia negadora dos trajectos ferroviários e terrestres. A negação nem sempre é vencedora. A existência material de afirmações e negações. A negação da negação é uma mudança qualitativa. Sobre a negação da negação no Islão ou as guerras de apostasia. Quando o Islão é restabelecido por um certo Khalid ibn al-Walid, já não é qualitativamente o mesmo. Quando a Ummah se tornou um império como qualquer outro. O coração partido. A natureza pouco conhecida das guerras de apostasia e a discrição muçulmana sobre elas. Quando uma grande religião é espiritualmente negada nas suas determinações materiais. A negação intersubjectiva e a negação objectiva. Sobre o gosto e o desgosto. Negação intersubjectiva e debate. Não, isto não é negação. O falso ambientalismo contemporâneo. Veados na Ilha da Floresta. Negando os veados e negando tê-los negado. O movimento de negação intersubjectiva como camuflagem florestal para o movimento de negação objectiva. Quando a negação se torna negação. Terei dito tudo sobre isto? Não.

DISSOLVER-SE. O intelectual persiste. Não se nega a si próprio. Mas o tempo voa e o nosso carácter cresce em estatura. Ele passa a apreciar o que é velho e o que dura. Insolúvel na fidelidade às suas lealdades, mas quebradiço pela fragilidade inerente a todas as coisas, acabará por se dissolver, parcial ou totalmente, na torrente da História.

Não negueis. Rir-nos-emos do intelectual. Da ironia. Contra a ironia. A ironia turva a compreensão. É uma poluição gnoseológica. O humor é diferente da ironia. Contra os agradecimentos irónicos. A favor de um simples agradecimento. Não sejamos irónicos. Eles estão a rir. Deixemo-los rir. O riso como reflexão crítica. Antoine Culioli a gozar com uma passagem da minha tese de doutoramento, durante a minha defesa. Quando os meus dois filhos fazem troça de mim. A dimensão ad rem do humor. Intelectuais, riam e riam de vós próprios. Os nossos gozadores fazem parte de nós. Aquele que se ri de nós, compreende-nos. Rir-se de alguém é rir-se ao espelho. O humor como compreensão do mundo. A coloração ideológica dos humoristas. O humorista é um pensador blindado. O humorista coerente não se nega a si próprio. O que é a negação? A falsa inevitabilidade da negação. Como se negar-se a si próprio fosse acomodar-se. Uma melhor compreensão do renegado intelectual. Sobre o cantor popular Charles Cabochard e a sua carreira artística. Fase dois, fase um e fase zero do renegado intelectual. Charles Cabochard pode ter-se negado a si próprio para se encontrar. Para regressar ao seu primeiro amor. Aquele que bebeu, beberá. O renegado intelectual é a marioneta de um tempo. O intelectual renegado foge de si próprio. Como intelectual, não quero negar-me a mim próprio. Manter-me firme. O comunismo. O comunismo na Rússia no século passado. Propagandistas burgueses contra o comunismo. A América do Norte não negou o comunismo, apenas o combateu. A Rússia negou o comunismo. O que é que conseguiu trinta anos depois? O neo-capitalismo russo e a sua falta de responsabilidade social. Negar o comunismo foi mais doloroso do que combatê-lo. O renegado não melhora a sua situação. A ideia fundamental do comunismo continua viva e de boa saúde. Não devemos negar o nosso património intelectual. Como se pode fazer isso sem se tornar um reaccionário? Não componhas. Faz com que o ideal dê frutos. Para perpetuar a ideia comunista por outros meios. Não estou a procurar, estou a encontrar. Não te negues a ti mesmo. Mentir não é negar. A ficção e a mentira. Noam Chomsky, renegado intelectual supremo. Da vasta implantação renegada da gramática gerativa transformacional de Chomsky. Não sejas como Noam Chomsky.

Não insistas. Desiste de insistir. Das minhas netas. Sobre a neta do outro Paul. O medo que o intelectual tem do atraso. Os intelectuais têm de saber abrandar. A ortografia francesa. Eu, da minha geração, pensei que tinha esclarecido a questão. Gauvreau, da geração do meu pai, pensava que tinha esclarecido a questão. Mas a questão continua a ser debatida. É preciso saber deixar ir. Questões antigas e questões imediatas. O intelectual é menos actualista agora do que na sua juventude. Contra o juvenilismo. Recuar sem divagar. Este livro procura ilustrar este facto. É preciso persistir sem insistir. Quando os meus filhos me chamam boomer e eu sou da geração Jones. O envelhecimento da luta soberanista quebequense. O intelectual deve conhecer o seu lugar na história. Passar o testemunho e reconhecer os que já passaram. Guillaume de Lorris e Jean de Meung, no Roman de la Rose (Romance da Rosa). Intervenção à la Jean de Meung. Jean de Meung subverte irreversivelmente Guillaume de Lorris. Christine de Pisan amplia o debate sobre o Roman de la Rose. É preciso compreender o que acontece quando um pensador segue outro. Paul Valéry e Paul Laurendeau. Fazem-se cadeiras, não se sabe quem se vai sentar nelas. Passar o testemunho significa saber quando se é actor e quando se é público. Disciplinas intelectuais e artísticas em que sou actor. Disciplinas intelectuais e artísticas em que sou um membro do público. Uma possível mistura das duas. Não vou insistir nestes pontos. Do violino de Ingres, Le loisir n'est pas un passe-temps. De Rousseau. Compreender a profundidade dos acontecimentos intangíveis. Compreender o grande movimento histórico que nos determina, no nosso tempo. O que é que podemos fazer? O que é que podemos esperar? O capitalismo está a dar os últimos passos. A luta de classes não disse a sua última palavra. A racionalidade do conhecimento está a avançar. O intelectual individual de elite está acabado. O intelectual colectivo contemporâneo. Do meu canalizador e da sua sublime capacidade de não me impor a sua visão do mundo. Intelectual, estás a morrer porque tinhas razão. Não insistas.

Paul Laurendeau, EU SOU UM INTELECTUAL, na ÉLP éditeur, 2023, formatos ePub, Mobi, papel, 233 p.

 


Fonte: JE SUIS UN INTELLECTUEL (par Paul Laurendeau) – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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