Julho 29, 2024 Olivier Cabanel
OLIVIER CABANEL — Um dos meus artistas favoritos, Julos Beaucarne,
costumava cantar: “Investigadores que procuram, nós encontramos; investigadores
que encontram, nós procuramos”.Link
Tomemos como
exemplo Gillis Patrick Flanagan.
Nasceu a 11 de outubro de 1944 em Oklahoma City.
Aos 5 anos, era capaz de desmontar e voltar a montar electrodomésticos.
Um ano mais tarde, o seu pai teve a boa ideia de lhe dar um laboratório de química.
Aos 12 anos, inventou um detector de foguetes guiado à distância, utilizando peças sobresselentes de equipamento de rádio amador. A sua invenção custou 5 dólares.
O seu detector era capaz de registar a descolagem e a explosão de foguetões e bombas atómicas até 13.000 km de distância e, por esta invenção, recebeu o primeiro prémio no domínio da electrónica.
Infelizmente para ele, o Pentágono confiscou a sua invenção e proibiu-o de a utilizar.
Aos 19 anos, fez parte da equipa do programa de voos espaciais Gemini, trabalhando para a NASA nos computadores de combate Gemini.
A revista Life nomeou-o um dos “cem jovens mais importantes dos Estados Unidos”.link
Após 20 anos de investigação, conseguiu reproduzir a lendária água de Hunza
sob a forma de um concentrado de energia cristalina.link
Em 1997, foi nomeado Cientista do Ano pela Associação Internacional para a
Nova Ciência, graças às mais de 300 patentes que depositou. link
Vamos até França e conhecemos Guy
Nègre.
Ele é o inventor de um veículo que funciona com ar comprimido.
Já passaram quase vinte anos desde que inventou este motor e bateu a todas as portas possíveis em França.
Não obteve resposta.
Por isso, dirigiu-se ao grupo indiano Tata Motors e assinaram um contrato em 2007.
Actualmente, a Tata Motors é o número 1 no mercado de veículos comerciais e o número 2 no mercado de automóveis de passageiros na Índia.
São 4 milhões de veículos.
Actualmente, a Tata Motors e Guy Nègre, com a sua empresa MDI, estão a
trabalhar na melhoria do motor a ar comprimido.link
No Salão Automóvel de Genebra de 2009, foi apresentado o Air Pod.
Este carro, movido por um motor de ar comprimido, pode transportar 3 pessoas e tem uma autonomia de 200 km.
Custa 6.000 euros.
Demora 1,30 minutos a encher o depósito e custa meio euro para percorrer 100 km.link
É pena que o nosso governo, que se diz interessado na protecção do ambiente
e na redução dos gases com efeito de estufa, não tenha tido em conta esta
invenção da “poluição zero”.
O leitor informado objectará que, para que este rótulo seja respeitado, a energia eléctrica utilizada para o carregamento deve ser limpa e renovável (solar, metano, etc.), porque se esta energia for nuclear, o termo “poluição zero” deixaria de ser apropriado.
Entretanto, no dia em que a Tata vender em França o carro de ar comprimido de Guy Nègre, um certo Borloo poderá começar a comer a sua gravata.
Mas falemos do automóvel.
O veículo mais sofisticado da General Motors é o conceito Chevrolet Volt.
Este carro utiliza um motor a gás para produzir eletricidade adicional e as fontes de energia são ilimitadas: gasolina, claro, mas também etanol, biodiesel, metano e até hidrogénio.
O inventor deste carro revolucionário é um nigeriano chamado Jelani Atiyu. link
Este africano de 47 anos, casado e pai de dois filhos, começou a trabalhar
para a General Motors em 1997.
A recente eleição do Presidente Obama vai, sem dúvida, dar um grande impulso a esta invenção.
Continuemos em África para descobrir uma mulher inventora que, estou certo, vai causar furor.
Ela inventou o primeiro preservativo “anti-violação”.
Sonette Ehlers é uma sul-africana que concebeu um preservativo feminino com “espinhos” que penetram na pele do pénis do violador durante um ataque.
Chama-se RapeX.
No seu país, mais de 50.000 violações foram registadas num único ano.
Extra-oficialmente, segundo as associações, este número pode ser multiplicado por 4.link
A comissão jurídica do país estimou recentemente que foi cometida uma
violação em cada 26 segundos, elevando o número de agressões sexuais para mais
de 1,5 milhões.
O debate está aberto, porque, como dizia um velho amigo africano: “as barrigas cheias pensam da mesma maneira”.
Fonte: De la fuite dans les idées – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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