Por Khider Mesloub e Robert Bibeau.
Nos Estados Unidos,
para perpetuar o seu poder, que agora faz parte de uma lógica de permanente
confronto armado internacional, ilustrada pela sua guerra por procuração
travada contra a Rússia; para fortalecer e consolidar a economia de guerra em
preparação para o confronto final contra a China (o verdadeiro aspirante à
hegemonia mundialista), a facção burguesa democrática belicista, totalmente
subserviente ao complexo militar-industrial, deve evitar o retorno à Casa
Branca do perigoso
teórico da conspiração Donald Trump... Aquele que gostaria de pular a etapa
russa e enfrentar o dragão chinês directamente.
Como todos sabem, o clã Trump, conhecido como Partido Republicano, prometeu
que acabará com a guerra por procuração na Ucrânia se voltar à Casa Branca em
2024. Mas essa perspectiva desorientaria totalmente a agenda militarista da facção
democrática burguesa actualmente no comando do Estado americano.
O objectivo de Washington é continuar a sua guerra por procuração e
desgaste contra a Rússia, aliada da China, até a aniquilação total do poder
militar russo e o colapso da sua economia. A continuação da guerra na Ucrânia
também permite aos Estados Unidos enfraquecer profunda e duradouramente o
capital europeu, especialmente a Alemanha, que em breve herdará o fardo
(partilhado com a França) de liderar e financiar o esforço de guerra da NATO contra
a Rússia. O objectivo secundário desta manobra é enriquecer consideravelmente
os capitalistas do complexo militar-industrial norte-americano, cuja carteira
de encomendas não para de crescer. Por conseguinte, esta tripla agenda deve ser
mantida, custe o que custar. Inclusive pela eliminação judicial, ou mesmo
física, dos opositores, segundo altos dirigentes dos EUA.
Desde 24 de Fevereiro de 2022, data da
eclosão da guerra russo-ucraniana, o medo assombroso da facção democrática
burguesa instalada na Casa Branca é a reeleição de Donald Trump, o campeão da
guerra frontal e imediata contra a China – o verdadeiro aspirante. É por isso
que os democratas especulam, por intermédio de advogados e juristas pagos, para
fabricar acusações contra o ex-presidente.
Recorde-se que Biden e os seus comparsas, envolvidos numa guerra judicial, utilizaram uma lei anti-máfia para acusar o pugilista Trump, campeão do campo belicista republicano.
Acusado de tentar manipular o resultado das eleições presidenciais de 2020,
o procurador invocou curiosamente a lei sobre extorsão e conspiração criminosa,
que se aplica geralmente ao crime organizado, para acusar o antigo Presidente.
Uma lei sobre a criminalidade organizada, utilizada nomeadamente contra os
bandos e que prevê penas de cinco a vinte anos de prisão.
No final, após dois anos e meio de uma acção judicial sem tréguas, numa
corrida contra o tempo, a manobra jurídica dos democratas não deu em nada. Após
três acusações em menos de seis meses contra Donald Trump, que estava em
campanha para as primárias republicanas, a facção burguesa democrata,
determinada a privá-lo de uma vitória presidencial que seria fatal para os seus
interesses imediatos, levou a melhor sobre o antigo presidente. Foi
condenado... e depois perdoado pelo Supremo Tribunal.
Vale a pena recordar que Donald Trump foi descrito como psicopata e sociopata,
logo que foi eleito em Janeiro de 2017. A tomada de posse de Trump na Casa
Branca também causou pânico na esquerda. Demonizado, Trump foi, durante todo o
seu mandato, comparado a Hitler pela esquerda americana e mundial e pelos media
a soldo. “É o fim de uma era!” “Dentro de um ano, a América será uma ruína fumegante!”
“Não demorará seis meses até ele começar uma guerra!”. Trump é um fascista mas
não é um nazi.
No entanto, Trump é o único dos últimos seis presidentes dos Estados Unidos a não ter iniciado uma guerra... preferindo realizar assaltos comerciais e financeiros contra os concorrentes do capital americano (incluindo a China, claro).
De facto, concretamente, sob a presidência
de Donald Trump, marcada por uma política simbolizada pelos slogans fascistas
frequentemente entoados, "America first", "Make America
great again", os Estados Unidos não lançaram uma nova guerra militar entre Janeiro de
2017 e Janeiro de 2021 e preferiram continuar as já em curso.
Recorde-se também que
Donald Trump foi descrito pelos jornalistas a soldo como um aventureiro e
irresponsável, um megalómano instável, imprevisível, propenso à violência e à
vingança, capaz de ameaçar todas as empresas que operam internacionalmente com
represálias e sanções se prejudicassem os interesses dos EUA... No entanto,
Donald Trump, o imprevisível, tinha anunciado as suas políticas económicas
agressivas durante as eleições e manteve-as durante todo o seu mandato.
Foi sob a presidência do democrata Joe Biden que o aventureirismo irresponsável se caracterizou pela utilização de milhares de sanções (contra a Rússia, em particular). Desde Fevereiro de 2022, ao abrigo das controversas leis extra-territoriais dos EUA, centenas de indivíduos, empresas, navios e aviões russos e outros (franceses, alemães, canadianos) em toda a Europa, Médio Oriente e Ásia foram colocados na lista negra e multados pelos Estados Unidos. Além disso, centenas de milhares de milhões de dólares russos investidos no estrangeiro foram confiscados pelos patrocinadores da máfia americana e da NATO. Joe Biden é o primeiro corsário dos tempos modernos, logo à frente de Donald Trump... são todos iguais.
O capital americano, em processo de militarização e em preparação para a Terceira Guerra Mundial, "custe o que custar", quer absolutamente evitar a reeleição da camarilha republicana de Donald Trump.
Este sábado, 13 de Julho, foi um jovem fanático, armado com uma arma semi-automática,
que atacou Donald Trump metralhando-o, não para o imortalizar, mas para
eliminar a alternativa belicista: Donald Trump e a sua trupe de acrobatas.
https://zb10-7gsop1v78.bitchute.com/nnwlaOOuDM1W/QBCzhgWLQREx.mp4
De facto, Donald Trump, candidato republicano nas eleições presidenciais, foi alvo de uma tentativa de assassinato no meio de um comício eleitoral. O ex-presidente dos EUA foi ferido no ouvido direito. O atirador, que foi convenientemente morto a tiro pelos serviços de segurança depois de disparar vários tiros, foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Curiosamente, o atirador está registado como eleitor republicano. Um eleitor republicano, recentemente na puberdade, decide executar o candidato republicano que, transformado em herói, provavelmente vencerá esta frágil mascarada eleitoral. https://les7duquebec.net/?s=mascarade+%C3%A9lectorale
O comício em Butler
foi o último antes da convenção republicana que começou na segunda-feira em
Milwaukee, Wisconsin, no final da qual Donald Trump será oficialmente nomeado
como candidato do Partido Republicano para a charada eleitoral norte-americana
de 2024. https://les7duquebec.net/?s=%C3%A9lection
PARA ALÉM DESTE ASSUNTO:
A
América estava a menos de um centímetro do desastre sociopolítico
(substack.com)
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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