quarta-feira, 31 de julho de 2024

Palestina - Acha que estão a ver os Jogos Olímpicos em GAZA?

 


 31 de Julho de 2024  do 

https://mai68.org/spip3/spip.php?article907

 


Medalha de Ouro por Genocídio

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Jogos Olímpicos de Paris 2004 - Ri-me imenso da primeira vez que vi a sequência de Maria Antonieta

Não queria ver o inútil desfile de barcos no Sena e muito menos o das “estrelas” que se prostituíram nos Jogos Olímpicos do ditador Macron. Ainda assim, procurei uma análise desta abertura dos Jogos Olímpicos e encontrei uma na CNEWS da altura que mostra um episódio que, aparentemente, foi contestado por muita gente. A sequência de Marie-Antoinette. Bem, fiquei surpreendido, agradavelmente surpreendido, surpreendido ao ponto de me esquecer que se tratava dos Jogos Olímpicos e do genocídio de Macron... e ri-me imenso.

Uma banda de heavy metal prostitui-se nos Jogos Olímpicos de Macron!

 

Vídeos: https://mai68.org/spip3/spip.php?article896

Se você quiser comparar a qualidade do baterista desta banda de heavy metal com a de um baterista de verdade que nunca se prostituiu em nenhuma Olimpíada, clique aqui:

http://mai68.org/spip/spip.php?article12154

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Em 2024, a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris teve o que merecia: chuva!

Se pensarmos que algumas pessoas tiveram de pagar até 1600 euros por ela!

Em comparação, o espectáculo da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, foi grandioso (vídeo no artigo).

Na altura, os ingleses diziam que receavam não conseguir fazer em 2012 melhor do que os chineses fizeram em 2008!

Hoje, sabemos que em Paris fizemos muito pior do que os ingleses!

A "inclusão" das minorias é boa; Mas a grande maioria tornou-se uma minoria que não está "incluída".

Na verdade, é como se a potência ocidental quisesse forçar-nos a tornarmo-nos membros de uma dessas minorias oficiais para sermos aceites.

https://mai68.org/spip3/spip.php?article893

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Mensagem de apoio à sabotagem na rede SNCF enviada à imprensa

 


Qual a diferença entre covid e as Olimpíadas?

Não há qualquer diferença. Em ambos os casos, é uma propaganda perpétua absoluta que toda a gente tem de engolir, é tudo o que se ouve na rádio. Só temos de nos concentrar numa coisa: os Jogos Olímpicos hoje, o Covid ontem. Em ambos os casos, estamos a ser conduzidos para a estupefacção total.

A diferença é que ontem era preciso ter medo até ao terror e hoje é preciso alegrarmo-nos até ao orgasmo.

Faz lembrar o 1984 de Orwell, com os seus dias alternados de amor e ódio, em que todos tinham de participar ou enfrentar o pior.

Felizmente, a resistência veio perturbar a festa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e acordou-nos um pouco. As linhas de TGV foram sabotadas para que nos apercebêssemos simplesmente disso:

“Chamam-lhe festa? Nós vemo-lo como uma celebração do nacionalismo, uma encenação gigantesca da subjugação das populações pelos Estados”.

Por isso, não resisto ao prazer de anexar a mensagem que estes denunciantes conseguiram fazer chegar a um público que começa agora a crescer.

Tudo de bom para vós,

do
http://mai68.org/spip3

Um grande obrigado à revista Reporterre que concordou em entregar esta mensagem na íntegra.

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Sabotagem de linhas de comboio de alta velocidade algumas horas antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Chamam-lhe festival? Para nós, trata-se de uma celebração do nacionalismo, uma produção gigantesca da subjugação das populações pelos Estados.

Sob o pretexto da diversão e do convívio, os Jogos Olímpicos constituem um campo de ensaio para a gestão policial das multidões e o controlo generalizado dos nossos movimentos.

Como todos os grandes eventos desportivos, são também uma oportunidade para venerar os valores que estão na base do mundo do poder e do dinheiro, da competição generalizada, do desempenho a todo o custo e do sacrifício em nome do interesse e da glória nacionais.

A injunção para nos identificarmos com uma comunidade imaginária e apoiarmos o lado a que supostamente pertencemos não é menos nociva do que o incitamento permanente a vermos a nossa salvação na saúde da nossa economia nacional e na força do nosso exército nacional.

Actualmente, são necessárias doses cada vez maiores de má fé e de negação para não ver todo o horror gerado pela sociedade de consumo e pela procura do chamado “bem-estar à moda ocidental”. A França gostaria de utilizar este grande acontecimento como uma montra da sua excelência. Só poderá iludir-se com o seu papel virtuoso aqueles que decidiram colocar antolhos (palas) e que o toleram. A esses, dirigimos o nosso mais profundo desprezo.

A influência da França depende da produção de armas, cujo volume de vendas faz dela o segundo maior exportador mundial. O Estado orgulha-se do seu complexo militar-industrial e do seu arsenal “made in France”. Espalhar os meios de terror, de morte e de devastação pelo mundo para garantir a sua prosperidade? Cock-a-doodle-doo!

Para desgosto dos crédulos que ainda acreditam nas fábulas democráticas, o Estado francês também utiliza a sua panóplia repressiva para enfrentar a sua própria população. Para reprimir os motins que se seguiram ao assassinato de Nahel pela polícia, em junho de 2023, ou para tentar travar a revolta anti-colonial de Kanaky, recentemente. Enquanto existir, o Estado nunca deixará de o utilizar para combater aqueles que desafiam a sua autoridade.

As actividades das empresas francesas no mundo tornam cada vez mais evidente a devastação social e ambiental provocada pelo sistema capitalista. A devastação necessária para reproduzir a organização social actual e a inerente ao progresso científico e tecnológico. Um progresso que vê na cadeia de catástrofes passadas, presentes e futuras apenas uma oportunidade para dar um salto em frente.

A Total continua a pilhar e a despojar novas regiões em busca de petróleo e de gás de xisto (África Oriental, Argentina, etc.). Sob a capa do seu novo rótulo verde, a indústria nuclear e a exportação do know-how francês neste domínio asseguram, mais cedo ou mais tarde, um planeta irradiado e, portanto, literalmente inabitável. Para os promotores do átomo, não passa de mais uma crise a gerir. Não podem prescindir da sua cooperação com o Estado russo, através do seu gigante Rosatom, e do apoio do seu exército para esmagar a revolta do Cazaquistão em 2022, um importante fornecedor de urânio. O minério que alimenta os 58 reactores franceses.

Qual é então o custo humano, social e ambiental de alguns privilegiados viajarem depressa e longe no TGV? Demasiado elevado. O caminho de ferro não é uma infraestrutura insignificante. Sempre foi um meio de colonização de novos territórios, um pré-requisito para a sua devastação e um caminho pronto para a extensão do capitalismo e do controlo estatal. A construção da linha Tren Maya no México, na qual a Alstom e a NGE estão a colaborar, é um bom exemplo disso mesmo.

E o que dizer das baterias eléctricas, essenciais para a chamada “transição energética”? Falem disso, por exemplo, aos trabalhadores da mina de Bou-azeer e aos habitantes dos oásis desta região marroquina que estão a pagar o preço desta corrida ao ouro do século XXI. A Renault extrai os minerais necessários para aliviar a consciência dos ecologistas das metrópoles, à custa de vidas sacrificadas. Falemos dos “povos da floresta” da ilha de Halmahera, no nordeste da Indonésia, os Hongana Manyawa, que desesperam por ver a floresta onde vivem destruída no altar da “transição ecológica”. O Governo francês, através da Eramet, está a participar na devastação de terras anteriormente preservadas. Do mesmo modo, não quer largar a rocha da Melanésia para continuar a extrair o precioso níquel.

Ficaremos por aqui no inventário impossível das actividades mortificantes e predatórias de cada Estado e de cada economia capitalista. Isso não ajudaria em nada a romper com uma vida monótona e deprimente, com uma vida de explorados, e a enfrentar a violência dos Estados e dos líderes religiosos, dos chefes de família e das patrulhas de polícia, dos patriotas e das milícias patronais, bem como a dos accionistas, dos empresários, dos engenheiros, dos projectistas e dos arquitectos da devastação em curso.

Felizmente, a arrogância dos detentores do poder continua a ser confrontada com a cólera dos oprimidos rebeldes. Dos motins à insurreição, em manifestações e revoltas ofensivas, passando pelas lutas quotidianas e pela resistência clandestina.


Que ressoem neste dia a sabotagem das linhas de TGV que ligam Paris aos quatro cantos da França, os gritos de “mulher, vida, liberdade” do Irão, as lutas dos amazónidas, o “nique la france” (“foda-se a França” – de um tema rap – NdT) da Oceânia, o desejo de liberdade do Levante e do Sudão, os combates que continuam atrás dos muros das prisões e a insubordinação dos desertores de todo o mundo.

Àqueles que criticam estes actos por estragarem as estadias dos turistas ou por perturbarem a partida das férias, dizemos que ainda é muito pouco. Tão pouco comparado com o acontecimento em que queremos participar e que pedimos com todo o nosso coração: a queda de um mundo baseado na exploração e na dominação. Nessa altura, teremos motivos para festejar.

Uma delegação inesperada

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Tudo de bom para vós,
do
http://mai68.org/spip3

 

Fonte: Palestine – Croyez-vous qu’ils regardent les JO à GAZA ? – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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