(Às operárias da
COFACO)
Dinheiro
É mercadoria
Imaginada.
Dinheiro
Não se bebe
Nem se come.
Nele não se mora
Nem transporta
O que quer
que seja.
Mas
Sem dinheiro
A fome rói o corpo
E da casa põem-nos fora
Ao vento e ao frio.
Dinheiro
Com tudo troca
Se houver para trocar.
Troca o trabalhador sua força
Troca o dinheiro o burguês.
Um pelo pão prá boca.
O outro troca para
Mais sacar.
O dinheiro
Tem sempre o rosto
De quem lhe dá corpo e uso
E não é igual seu destino
Se do rei, do burguês
Ou do operário.
Operárias
Quereis mais dinheiro?
Pois fazei o que fez o burguês
E se o burguês do dinheiro fez o capital
Da sua grande revolução mundial
Por que do dinheiro não fazeis
O que com o dinheiro
Desejais?
Pedro Pacheco
S. Miguel, Açores
8 Mar 2024
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