sábado, 9 de março de 2024

O FEMINISMO EM 2024 ?

 


 8 de Março de 2024  POETE PROLETAIRE  

O feminismo está MORTO no Quebeque há pelo menos dez anos, desde o movimento OCCUPY provocado por Stéphane Hessel no seu famoso livro: "INDIGNEZ-VOUS!" em 2011. As feministas do Quebeque não perceberam nada. Começaram a atacar as mulheres muçulmanas? Mulheres pequeno-burguesas com casacos de pele que nos olham de cima para baixo e continuam a dizer-nos que tudo foi resolvido e que agora está tudo bem?

"ACORDAI! Como disse Marie-Claire Blais, "Pode perder-se tudo de um dia para o outro!"

No Le Devoir: Olhem à vossa volta! As coisas estão a ir de mal a pior desde o COVID, aqui e noutros lugares, especialmente para as mulheres! A começar pelas desigualdades salariais que persistem no Quebeque.

Tomemos, por exemplo, a greve do CPE negociada do lado do governo por uma feminista, como Marguerite Thatcher. Um bulldozer indiferente à miséria quotidiana destas mulheres, a maioria das quais está na rua, cartaz numa mão, criança na outra, a menos das dez, oito horas da manhã.

Estão fartas de que lhes digam NÃO por um governo cheio de si, que não tem dinheiro para os desfavorecidos da nossa sociedade injusta, mas tem muito dinheiro para os empresários, para os oleodutos, para os cortes, para os indesejáveis túneis sob o rio, para as superfábricas loucas...

Em 2020, quatro vezes mais mulheres do que homens deixaram o mercado de trabalho em consequência da pandemia. Em 2021, segundo o IRIS, a diferença entre mulheres e homens é muito maior quando se tem em conta o rendimento médio anual: 23,8% em 2019.

Estes dados precedem a "plandemia". Agora é pior! Os últimos dois anos foram particularmente duros para os empregos e os rendimentos das mulheres. Em Abril de 2022, a Oxfam indicou que o confinamento e outras más práticas associadas ao COVID-19 tinham custado às mulheres de todo o mundo pelo menos 800 mil milhões de dólares em rendimentos perdidos, o equivalente ao PIB combinado de 98 países. E esta é uma estimativa conservadora. Onde é que está esse dinheiro? Nos bolsos do 1%?

As mulheres só nos pedem um aumento de salário, porque a autonomia é sinónimo de realização profissional. Estas mulheres dedicadas dependem dela. A ministra (feminista?) quer fazer delas um exemplo político e colocar no seu lugar todas as mulheres que fazem... "trabalho de mulher".

John Mallette
Le Poète Prolétaire.

 

Fonte : https://les7duquebec.net/archives/277262

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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