8 de Março de 2024 POETE PROLETAIRE
O feminismo está MORTO no Quebeque há pelo menos dez anos, desde o movimento OCCUPY provocado por Stéphane Hessel no seu famoso livro: "INDIGNEZ-VOUS!" em 2011. As feministas do Quebeque não perceberam nada. Começaram a atacar as mulheres muçulmanas? Mulheres pequeno-burguesas com casacos de pele que nos olham de cima para baixo e continuam a dizer-nos que tudo foi resolvido e que agora está tudo bem?
"ACORDAI! Como disse Marie-Claire Blais, "Pode perder-se tudo de um dia para o outro!"
No Le Devoir: Olhem à vossa volta! As coisas estão
a ir de mal a pior desde o COVID, aqui e noutros lugares, especialmente para as
mulheres! A começar pelas desigualdades salariais que persistem no Quebeque.
Tomemos, por exemplo, a greve do CPE negociada do
lado do governo por uma feminista, como Marguerite Thatcher. Um bulldozer
indiferente à miséria quotidiana destas mulheres, a maioria das quais está na
rua, cartaz numa mão, criança na outra, a menos das dez, oito horas da manhã.
Estão fartas de que lhes digam NÃO por um governo
cheio de si, que não tem dinheiro para os desfavorecidos da nossa sociedade
injusta, mas tem muito dinheiro para os empresários, para os oleodutos, para os
cortes, para os indesejáveis túneis sob o rio, para as superfábricas loucas...
Em 2020, quatro vezes mais mulheres do que homens deixaram o mercado de
trabalho em consequência da pandemia. Em 2021, segundo o IRIS, a diferença
entre mulheres e homens é muito maior quando se tem em conta o rendimento médio
anual: 23,8% em 2019.
Estes dados precedem a
"plandemia". Agora é pior! Os últimos dois anos foram particularmente
duros para os empregos e os rendimentos das mulheres. Em Abril de 2022, a Oxfam
indicou que o confinamento e outras más práticas associadas ao COVID-19
tinham custado às mulheres de todo o mundo pelo menos 800 mil milhões de
dólares em rendimentos perdidos, o equivalente ao PIB combinado de 98 países. E
esta é uma estimativa conservadora. Onde é que está esse dinheiro? Nos bolsos
do 1%?
As mulheres só nos pedem um aumento de salário, porque a autonomia é
sinónimo de realização profissional. Estas mulheres dedicadas dependem dela. A
ministra (feminista?) quer fazer delas um exemplo político e colocar no seu
lugar todas as mulheres que fazem... "trabalho de
mulher".
John Mallette
Le Poète Prolétaire.
Fonte : https://les7duquebec.net/archives/277262
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário