domingo, 31 de março de 2024

ENTRE OS COLONOS DE PAPEL, TEMOS DE NOS MANTER UNIDOS!

 


 31 de Março de 2024  JBL 1960 

É verdade!

Já nem sequer podemos fazer genocídios, roubar terras e pilhar recursos em paz!

Onde quisermos, quando quisermos e como quisermos...

Bem, não!


Olá colonos de papel = A festa acabou!!

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A Austrália corteja os sul-africanos brancos “perseguidos”,

Pretória enfurecida

FRANÇA SOIR | 15/03/2018 |URL do artigo ► http://www.francesoir.fr/actualites-monde/laustralie-courtise-les-sud-africains-blancs-persecutes-pretoria-enrage

A Austrália irritou a África do Sul ao declarar-se disposta a acolher os agricultores sul-africanos brancos, considerados "perseguidos" num país violento e dividido por um recente projecto de reforma agrária que visa "corrigir as desigualdades" do apartheid.

Para o governo conservador australiano, os agricultores brancos sul-africanos estão a "enfrentar condições atrozes" devido à violência criminosa de que são alvo e à política de redistribuição de terras anunciada por Pretória.

Segundo a polícia, 74 agricultores foram mortos entre 2016 e 2017 na África do Sul, quase todos brancos, de acordo com a organização AfriForum, porta-voz desta minoria.

Os agricultores brancos da África do Sul "precisam de ajuda de um país civilizado como o nosso", disse o ministro australiano dos Assuntos Internos, Peter Dutton, ao The Daily Telegraph na quarta-feira.

Estes agricultores poderiam ser elegíveis para um visto ao abrigo da categoria "perseguição interna" ou "humanitária", argumentou.

Esta posição contrasta radicalmente com a política extremamente dura da Austrália em relação aos requerentes de asilo, nomeadamente do Iraque, da Somália e do Afeganistão, que lhe valeu a ira das organizações de defesa dos direitos humanos.

A parcialidade de Camberra provocou imediatamente a ira do governo de Pretória e das organizações de agricultores africanos.

"Não há razão para acreditar (...) que os sul-africanos estejam em perigo por causa do seu governo", disse a ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros, Lindiwe Sisulu. "Esta ameaça simplesmente não existe".

"Continuamos a ser uma nação unida, tanto negra como branca", acrescentou o porta-voz do governo, Ndivhuwo Mabaya.

 

A questão altamente sensível da propriedade da terra na África do Sul está a desencadear paixões, com a esmagadora maioria das explorações agrícolas (72%) ainda pertencentes à minoria branca (8%), quase um quarto de século após a queda oficial do regime racista.

Fonte

– "Cidadãos de segunda classe" –

"É um assunto emocional", declarou à AFP Neo Masithela, presidente da Associação dos Agricultores Africanos (Afasa).

Neo Masithela lamentou que a atitude "altamente ofensiva" de Camberra contribua para a "divisão" da África do Sul, numa altura em que as tensões raciais continuam a envenenar a "nação arco-íris".

Para "corrigir as desigualdades" herdadas do apartheid, o novo presidente Cyril Ramaphosa comprometeu-se a "acelerar" a redistribuição de terras, sob pressão do seu partido Congresso Nacional Africano (ANC) e da oposição radical de esquerda, os Combatentes da Liberdade Económica (EFF).

É urgente, caso contrário "este problema vai explodir nas nossas mãos", avisou o chefe de Estado na quarta-feira.

O método ainda não está definido, mas Ramaphosa prevê a "expropriação de terras sem indemnização", desde que, insiste, não "desestabilize a economia".

"O tempo da reconciliação acabou", disse recentemente o inflamado líder do EFF, Julius Malema, que apela regularmente a invasões de terras.

A minoria branca está preocupada. Tanto que o Presidente Ramaphosa apelou à razão.

Antes do advento da democracia em 1994, "muitas pessoas estavam tão ansiosas que começaram a aprovisionar. Nós estamos a dizer que não é altura para isso", afirmou na quarta-feira, garantindo que as terras não serão confiscadas ilegalmente.

- Racismo anti-branco

Muitos agricultores brancos têm em mente o fracasso retumbante da reforma agrária no vizinho Zimbabué, que mergulhou o país numa crise económica muito grave.

Neste coro de indignação provocado pela Austrália, o AfriForum congratulou-se com a mão estendida por Camberra aos agricultores brancos, que acusa as autoridades do país de os tratarem como "cidadãos de segunda classe".

A ONG espera que a proposta australiana "sirva de aviso" à África do Sul.

Nas últimas três décadas, cerca de meio milhão de sul-africanos brancos já deixaram o país, de acordo com as estatísticas oficiais. E a Austrália está no topo da lista de destinos.

A Compass Migration, uma empresa sul-africana que facilita o processo de saída de pessoas do país, admite que recebe diariamente pedidos de agricultores brancos. Há alguns anos, isso não acontecia.

"Alguns foram vítimas de ataques e estão preocupados com o seu futuro", afirma à AFP o seu diretor, Ryan van Niekerk. "Estamos numa situação única em que existe racismo contra os brancos".

No início deste mês, Julius Malema explicou que queria derrubar o presidente da câmara de Port Elizabeth (sudeste) porque é "um homem branco". "Cortámos as cabeças da brancura", afirmou.

Autor(es): Por Béatrice DEBUT – Joanesburgo (AFP) For FRANCE SOIR DU 15/03/2018 ► http://www.francesoir.fr/actualites-monde/laustralie-courtise-les-sud-africains-blancs-persecutes-pretoria-enrage

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Além do facto de que é uma reminiscência do caso Bundy em Malheur, Oregon, que terminou com a morte de Lavoy Finnicum, enquanto os manifestantes exigiam a restituição "ao povo" das terras federais em Malheur Park e que eu tratei neste post de recapitulação ► Oregon of Misfortune

Esta proposta dos australianos de papelque comemoram a cada 26 de Janeiro o seu orgulho em ter matado o aborígene para salvar o homem brancopara salvar o traseiro dos africâneres "a enfrentar condições atrozes" faz total sentido para esses descendentes dos colonos/invasores/exterminadores.

A Austrália está sob o domínio total da Doutrina Cristã Americana dos Descobrimentos, que é a base do colonialismo.

"Os americanos são o único povo, com excção dos bôeres, que, na memória viva, varreram totalmente a população nativa do solo (da época) onde se estabeleceram." ► Franz Fanon ► PDF de "Pele Negra, Máscaras Brancas" »


Portanto, se chegou o momento da descolonização, não se pode falar em pedir o assassínio dos africânderes, como o FEP faz, por exemplo, com este slogan; Um revolucionário deve tornar-se uma máquina de matar a frio motivada por puro ódio...

Pois se é verdade que os africâneres (ex-bôeres) que se definem como os Novos Africanos de uma população branca nascida na África do Sul e que fala africâner são apenas COLONOS de papel, os Nativos Africanos/Aborígenes e Primeiras Nações, Povos Originários, não podem transformar-se em carrascos para recuperar as suas terras...

E seguindo o exemplo dos próprios nativos americanos e ajudados pelos legalistas da colonização, podemos entender o sistema jurídico da opressão colonial para melhor desmantelá-lo, porque é a mesma Primavera em acção em todo o Império Anglo-Americano-Cristo-Sionista, incluindo Austrália, Nova Zelândia, África do Sul... Desde pelo menos 1492, e que levou à eliminação de 100 milhões de indígenas!

Não basta?

No entanto, não se trata de rendição!

Apenas para romper com o pressuposto racista e eugénico de que o homem que não é branco é inferior e pior que "as raças superiores têm direito em relação às raças inferiores" e tornar condição sine qua non a esperança de desencadear um novo paradigma em conexão com os povos indígenas de todos os continentes.

Demonstremos a nossa capacidade de substituir o antagonismo que vigora há milhares de anos e que, aplicado a diferentes níveis da sociedade, impede a humanidade de abraçar a sua tendência natural para a complementaridade, factor de unificação da diversidade num grande todo sócio-político orgânico: a sociedade das sociedades.

Não voltemos a ser bárbaros; Isso é uma coisa deles...

 

Fonte: ENTRE COLONS DE PAPIER, FAUT BIEN SE SERRER LES COUDES! – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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