24 de Junho
de 2024 Robert Bibeau
1. Breve
história. Cronologia
1918-1920: As
primeiras forças dos EUA e Aliados travaram a guerra contra a Rússia soviética.
Fonte: Os
Estados Unidos estão em guerra com a Rússia há mais de 100 anos | Mondialisation – Centre de
Recherche sur la Mondialisation
Isso aconteceu exactamente dois meses após a Revolução de Outubro, em 12 de
Janeiro de 1918, e durou cerca de dois anos. (role para baixo, secção 2)
Forças dos EUA em Vladivostok, 1918
O Projecto
Manhattan (1939-1945)
Lançado em 1939, com a participação do Reino Unido e Canadá.
Desenvolvimento da bomba atómica. (ver secção 3 abaixo)
Operação Barbarossa lançada por Hitler em Junho de 1941.
Há evidências de que os Estados Unidos e o seu aliado britânico pretendiam
ver a Alemanha nazi vencer a guerra na Frente Oriental para destruir a União
Soviética:
Truman, então senador
dos EUA, disse que queria ver soviéticos e alemães "matarem o maior número possível"
entre si, uma atitude que o New York Times mais tarde chamou de "política
firme". O Times já havia publicado as observações de Truman em 24 de Junho
de 1941 e, portanto, é altamente provável que as suas opiniões não escapassem
da atenção soviética. (Shane Quinn, Global Research, Março de 2022)
A Operação Barbarossa, lançada por Hitler em Junho de 1941, teria
fracassado desde o início sem o apoio da Standard Oil of New Jersey (de
propriedade dos Rockefeller), que regularmente entregava grandes quantidades de
petróleo ao Terceiro Reich.
O Trade with the Enemy Act (1917), oficialmente implementado depois de os
Estados Unidos terem entrado na Segunda Guerra Mundial, não impediu a Standard
Oil of New Jersey de vender petróleo para a Alemanha nazi. Isto apesar da
investigação do Senado em 1942 sobre a US Standard Oil.
Fevereiro de
1945: Conferência de Ialta. Encontro entre Roosevelt, Churchill e Estaline.
Roosevelt, Churchill e Estaline reuniram-se em Yalta no início de Fevereiro
de 1945, principalmente com o objectivo de negociar a ocupação pós-guerra da
Alemanha e do Japão.
O plano secreto de Winston Churchill de ataque à União Soviética logo após
a Conferência de Ialta.
Este plano previa um ataque maciço dos Aliados em 1 de Julho de 1945 por
forças britânicas, americanas, polacas e alemãs – sim, alemãs – contra o
Exército Vermelho. O objetivo era expulsar o Exército Vermelho da Alemanha
Oriental ocupada pelos soviéticos e da Polónia, ...
Em Junho de 1945, os conselheiros militares de Churchill advertiram-no
contra a implementação deste plano,
Foi abandonado em Junho de 1945.
12 de Abril
de 1945: Conferência de Potsdam.
O Presidente Harry Truman e o Primeiro-Ministro Winston Churchill aprovam o
bombardeamento atómico do Japão.
Bombardeamento de Hiroxima e Nagasáqui.
6 a 8 de Agosto de 1945
15 de Setembro de 1945: Plano da
Terceira Guerra Mundial. "Varrer a União Soviética do mapa"
Cenário para a
Terceira Guerra Mundial elaborado pelo Departamento de Guerra dos EUA.
Um plano para bombardear 66 cidades da União Soviética com 204 bombas atómicas, enquanto os EUA e a URSS eram aliados. O plano secreto (desclassificado em 1975) elaborado durante a Segunda Guerra Mundial foi tornado público menos de duas semanas após o fim oficial da Segunda Guerra Mundial, a 2 de Setembro de 1945 (role para baixo).
1949 : A União Soviética anuncia o teste da sua bomba nuclear.
2.A Guerra
Esquecida de 1918-20: Invasão da União Soviética pelos Estados Unidos e seus
Aliados
Em termos históricos,
os Estados Unidos e os seus aliados ameaçam a Rússia há mais de 105 anos, desde
a Primeira Guerra Mundial, com o envio de forças americanas e aliadas contra a
Rússia Soviética em 12 de Janeiro de 1918 (dois meses após a revolução de 7 de
Novembro de 1917, que deveria apoiar o exército imperial russo).
A invasão da Rússia pelos aliados americanos e britânicos em 1918 é um acontecimento marcante na história russa, muitas vezes deturpado como parte de uma guerra civil.
Durou mais de dois anos e exigiu a mobilização de mais de 200.000 soldados, incluindo 11.000 americanos e 59.000 britânicos. O Japão, aliado da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, enviou 70.000 soldados.
Tropas dos EUA em Vladivostok, 1918
Tropas de ocupação dos EUA em Vladivostok 1918
Tropas americanas e aliadas em
Vladivostok em 1918
Desde que a primeira bomba atómica foi lançada sobre Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945, a humanidade nunca esteve tão perto de conseguir o impensável. Todas as salvaguardas da época da Guerra Fria, que considerava a bomba nuclear como uma "arma de último recurso", foram eliminadas.
Há também a história secreta da doutrina americana sobre a guerra nuclear.
Desconhecido do público em geral, o primeiro plano americano para um ataque nuclear contra a União Soviética foi formulado pelo Departamento de Guerra dos EUA no auge da Segunda Guerra Mundial e confirmado em documentos "Top Secret" a 15 de Setembro de 1945, quando os Estados Unidos e a União Soviética eram aliados.
Há um elemento de ilusão política e paranoia na formulação da política externa dos EUA. O cenário de catástrofe contra a União Soviética está a ser preparado no Pentágono há quase 80 anos.
O Projeto Manhattan. "Varrer a União Soviética do mapa"
Apenas seis semanas
após os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, o Departamento de Guerra dos
EUA tornou público, em 15 de Setembro de 1945, um plano secreto para bombardear 66 cidades
da União Soviética com 204 bombas atómicas.
O plano de Setembro de 1945 era "varrer a União Soviética do
mapa" numa época em que os Estados Unidos e a URSS eram aliados.
Como confirmado por documentos desclassificados, Hiroshima e Nagasaki
serviram como um "ensaio geral" (ver referências: detalhes históricos
e análise abaixo).
A ameaça dos EUA de guerra nuclear
contra a Rússia foi formulada há mais de 76 anos, em Setembro de 1945, quando
os EUA e a União Soviética eram aliados.
Consistia num "plano da Terceira Guerra Mundial" de guerra
nuclear contra a URSS, visando 66 cidades com mais de 200 bombas atómicas.
Este projecto diabólico, como parte do Projeto Manhattan, foi fundamental
para desencadear a Guerra Fria e a corrida armamentista nuclear.
Mapa das 66 áreas urbanas soviéticas estratégicas a serem bombardeadas com
206 bombas atómicas (desclassificadas em Setembro de 1945)
Conclusões
Sem o plano de Setembro de 1945 para "varrer a União Soviética do
mapa" (66 áreas urbanas e mais de 200 bombas atómicas), nem a Rússia nem a
China teriam desenvolvido armas nucleares.
Não teria havido corrida ao armamento nuclear.
Michel Chossudovsky
Artigo original em inglês:
A América está em guerra com a Rússia há mais de 100 anos,
16 de Junho de 2024.
Tradução: Mondialisation.ca
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Fonte: Les États-Unis sont en guerre contre la Russie depuis plus de 100 ans – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
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