19 de Junho de 2024 Robert Bibeau
Por Manlio Dinucci
O Presidente Biden autorizou a Ucrânia a "efectuar ataques limitados
no interior da Rússia com armas de fabrico americano", afirmaram responsáveis
dos EUA. Alguns aliados dos EUA já tinham ido mais longe. Há várias semanas, a
Grã-Bretanha autorizou a Ucrânia a utilizar os seus sistemas de mísseis de
longo alcance Storm Shadow para ataques em qualquer parte da Rússia, e a França
e a Alemanha adoptaram recentemente a mesma posição.
A decisão anunciada pelo Presidente Biden deve-se, em particular, à pressão
exercida pelo Secretário de Estado Anthony Blinken para eliminar as restricções
à utilização de armas americanas pela Ucrânia. O Secretário-Geral da NATO,
Stoltenberg, foi encarregado de anunciar previamente a decisão de Washington
aos aliados europeus. Falando no Conselho da União Europeia, declarou: "Ao
abrigo do direito internacional, a Ucrânia tem o direito à auto-defesa. E o
direito à auto-defesa também inclui atingir alvos militares legítimos dentro da
Rússia".
Ao mesmo tempo, a Polónia anunciou a compra de mísseis de longo alcance aos
Estados Unidos e declarou-se "pronta a receber armas nucleares da
NATO". O mesmo se passa com a Suécia: acabada de aderir à NATO, declarou
estar "pronta a receber armas nucleares americanas em caso de
guerra".
A França testou um novo míssil nuclear lançado do ar e afectou 13% do seu
orçamento militar à construção de armas nucleares.
Os alvos na Rússia contra os quais se dirigem os mísseis de longo alcance
fornecidos pelos Estados Unidos e por outros países da NATO à Ucrânia são
demonstrados pela informação divulgada por Kiev de que "um drone ucraniano
atingiu um segundo radar militar russo de longo alcance". Trata-se de um
radar de alerta precoce concebido para identificar mísseis balísticos, incluindo
mísseis hipersónicos, e planadores até 10.000 km de distância.
É impossível que o exército ucraniano, por si só, seja capaz de efectuar um
ataque deste tipo nas profundezas do território russo. O exército ucraniano
está em dificuldades crescentes, de tal forma que Kiev aprovou uma lei que
permite que os prisioneiros de direito comum, incluindo os criminosos, sejam
recrutados nas prisões e enviados para a frente de combate em troca da sua
liberdade.
Além disso, um ataque deste género requer uma rede de satélites militares
de que a Ucrânia não dispõe. Quem leva a cabo este tipo de ataques contra a
Rússia são, de facto, as forças dos EUA e as forças da NATO sob comando
americano. Países como a Itália, que "hospedam" armas nucleares
americanas em violação do Tratado de Não Proliferação, encontram-se na linha da
frente de um confronto nuclear com a Rússia que é mais perigoso do que o da
Guerra Fria.
Breve resumo da
revista de imprensa de Grandangolo de sexta-feira,
31 de Maio de 2024 às 21h30 no canal de TV Byoblu.
https://www.byoblu.com/category/grandangolo-pangea/
Fonte: GRANDE MANOEUVRES DE GUERRE EN EUROPE SOUS COMMANDEMENT USA – les 7 du quebec
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis
Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário